domingo, 31 de julho de 2011

A parti de agora a pressão vai ser grande em cima dele, lamentavél mesmo mais não se pode evitar isto.

30/07/2011 - 13:43

Esporte

Bicampeão em Xangai, Cesar Cielo recebe vaias e críticas da Federação Internacional de Natação

Nadadores protestam na entraga da medalha ao brasileiro. Diretor executivo da Fina afirma que "bom advogado" resolve todos os casos de doping

Cesar Cielo chora ao vencer a final dos 50 metros borboleta no Campeonato Mundial de Natação, em Xangai, na China Cesar Cielo chora ao vencer a final dos 50 metros borboleta no Campeonato Mundial de Natação, em Xangai, na China (Mark Ralston/AFP)
Para sua defesa, Cielo contratou o advogado americano Howard Jacobs, que também defendeu outros astros do esporte envolvidos em casos de doping, como a nadadora Jessica Hardy e a atleta Marion Jones
No dia em que se sagrou bicampeão mundial nos 50 metros livre, em Xangai, o nadador brasileiro Cesar Cielo recebeu, do diretor executivo da Federação Internacional de Natação (Fina), Cornel Marculescu, uma dura crítica dirigida ao episódio recente de doping, em que o atleta terminou absolvido. Em entrevista à AFP, Marculescu também atacou a política mundial contra o doping, que é falha.
"Hoje, com o novo código, é como ir a um tribunal civil: com bom advogado você se livra; se você tiver um advogado ruim, é punido”, declarou Marculescu.
O nadador brasileiro, que acusou positivo para furosemida (um diurético) em um exame em maio, foi autorizado pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) a participar no Mundial de Xangai, onde já ganhou duas medalhas de ouro, nos 50 metros borboleta e 50 metros livre.
O dirigente da Fina não é o único descontente com a absolvição de Cielo. A entrega da medalha pela conquista da prova dos 50 metros livre, na manhã deste sábado, foi acompanhada de vaias de parte dos nadadores, contrária à participação dele no Mundial de Xangai.
"Entendo essa reação, é normal, as pessoas se sentem frustradas", comentou Marculescu, explicando que a FINA tem a intenção de levar o caso de Cielo à Agência Mundial Antidoping. Em sua decisão, o TAS ratificou a opinião da Federação Brasileira de Natação, que se limitou a advertir Cielo, sem sancioná-lo. “Quando se está num tribunal civil, com um bom advogado e uma boa argumentação, é possível influenciar o júri. O problema é que a gama (de sanções) é muito grande”, afirmou Marculescu.
O TAS manteve a simples advertência a Cielo, de 24 anos, e a dois atletas também brasileiros, Nicolas dos Santos e Henrique Barbosa. Já Vinicius Waked, o outro envolvido, recebeu punição de um ano de suspensão, por se tratar da segunda vez em que ele não seguia o regulamento antidoping.
Segundo o Tribunal, a presença de uma pequena quantidade de furosemida, uma substância que é usada para ocultar o uso de outros produtos dopantes, foi acidental e explicada porque os nadadores tomaram um complemento alimentar com cafeína. "Não é fácil explicar às pessoas que o uso de uma mesma substância pode implicar sanções desde a simples advertência até dois anos de suspensão", afirmou Marculescu.
O chefe da FINA quer pedir à AMA, instância mais alta sobre uso de substância proibidas no mundo do esporte, uma revisão das normas antidoping revisadas há dos anos e que permitem agora que os atletas escapem das sanções se conseguem demonstrar circunstâncias atenuantes.
Para sua defesa, Cielo contratou o advogado americano Howard Jacobs, que também defendeu outros astros do esporte envolvidos em casos de doping, como a nadadora Jessica Hardy e a atleta Marion Jones. Depois do caso Cielo, a Fina anunciou que voltará a fazer exames de sangue durante o Mundial de Xangai para estabelecer um "passaporte biológico" que permita detectar variações suspeitas ao longo do tempo.

Precisa dizer alguma coisa ou não????

 29/07/2011 - 23:38

Copa do Mundo

Para o torcedor, Brasil-2014 vai ser a 'Copa da corrupção'

Uma pesquisa inédita mostra que o Mundial, por enquanto, desperta sensações profundamente negativas. Para oito em dez pessoas, país deixará imagem ruim

Giancarlo Lepiani
 
Obras do estádio Arena da Amazônia, Manaus (AM)


















Obras do estádio Arena da Amazônia, em Manaus: só 22% acham que imagem deixada pelo país entre os torcedores estrangeiros será positiva - Manoel Marques

A história das Copas do Mundo ensina que receber o torneio aumenta as chances de vitória da seleção que joga em casa. Nas últimas edições, porém, esse retrospecto vem sendo contrariado - nas últimas três décadas, apenas a França, em 1998, festejou a conquista de um Mundial como país-sede. Outro benefício atribuído à realização de uma Copa é o impulso no crescimento econômico da nação que acolhe a festa. Esse efeito positivo, no entanto, também provoca controvérsia: para muitos economistas, o reforço no PIB no ano do Mundial acaba sendo pulverizado nos anos seguintes, quando os lucros colhidos com o evento desaparecem e sobram apenas as contas deixadas pelas obras monumentais exigidas pela Fifa. Existe, ainda, outro desdobramento comum de uma Copa em casa, algo que causa um impacto mais evidente e imediato, ainda que seja mais difícil de ser mensurado. Trata-se de uma injeção poderosa de confiança e orgulho nacional, que desperta na população um clima de euforia pela chance de desfilar o sucesso de seu país diante do resto do planeta. Depois do oceano de bandeiras tricolores que cobriu a Alemanha em 2006 e do rugido das vuvuzelas que uniu a África do Sul em 2010 (leia mais no quadro no fim do texto), a Copa do Mundo corre o risco de amargar seu anticlímax em 2014 - justamente num lugar fascinado pelo futebol e, segundo consta, especialista em fazer uma grande festa. Se depender das expectativas atuais da torcida, o Mundial do Brasil será uma estrepitosa decepção, talvez até um vexame internacional. Pouca gente se sente satisfeita com a Copa. Menos gente ainda está ansiosa para ver o maior evento esportivo do planeta acontecer em seu próprio país.


Edição especial VEJA-Placar


Organização: A Copa do Mundo é agora

Artigo: Só vale mesmo pela felicidade

História: Maracanã, um colosso improvisado

Infraestrutura: Corrida contra o tempo

Seleção brasileira: Vai faltar pressão

Negócios: Na Fifa, os senhores da bola
A pouco menos de três anos para o início do Mundial, o site de VEJA recorreu a seus leitores para medir a percepção da torcida sobre 2014. Numa pesquisa de opinião realizada entre os dias 20 e 25 de julho, 1.879 pessoas de todas as regiões do país responderam a doze perguntas a respeito da Copa. Os leitores foram consultados sobre os preparativos do país, sobre o papel do poder público no evento, sobre as sensações provocadas pela realização do torneio e, claro, sobre as chances da seleção brasileira. O cenário desenhado pelos resultados da sondagem é absolutamente desastroso. Em todas as doze questões propostas, a opinião majoritária sempre foi negativa. Ainda mais alarmante para a Fifa, a CBF e o governo - os responsáveis pela escolha do país como sede, pela organização da Copa e pela realização das principais obras - é a dimensão desse pessimismo. Em nenhuma questão incluída na pesquisa há equilíbrio entre as respostas positivas e negativas. As piores opções possíveis foram assinaladas por uma sólida maioria dos participantes da sondagem. As amplas margens que separam os porcentuais favoráveis e desfavoráveis do levantamento não deixam dúvidas: hoje, a Copa do Mundo de 2014 não empolga nem cativa o torcedor, desperta temores sobre a imagem do brasileiro no exterior e provoca insatisfação por causa do gasto excessivo e pouco inteligente de dinheiro público nas obras. A 34 meses da abertura, marcada para 12 de junho, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, ainda há tempo de sobra para que essas opiniões se amenizem - principalmente se as obras enfim começarem a avançar de verdade. É de se esperar, aliás, que o brasileiro se anime um pouco mais quando o clima da Copa começar a ser sentido. Até agora, entretanto, o Mundial é um fiasco, conforme revelam os números detalhados a seguir.

► Um dos principais argumentos dos defensores dos benefícios da realização da Copa do Mundo no Brasil é a oportunidade rara de mostrar as virtudes do país ao resto do mundo. Em alta no cenário econômico e com relevância crescente na comunidade internacional, o Brasil poderia aproveitar o Mundial para se reinventar diante das outras nações, deixando para trás sua velha imagem do país de um futuro que nunca chega. Para 78% dos participantes da pesquisa, porém, os torcedores que virão ao país em 2014 voltarão para casa com uma percepção ruim do Brasil. Só duas entre cada dez pessoas acreditam que a imagem geral da Copa do Mundo será positiva.

► Os Mundiais de futebol costumam causar associações positivas na cabeça dos torcedores - mesmo quando sua seleção não é a campeã. Palavras como "vitória", "festa" e "sucesso", por exemplo, são frequentemente relacionadas com a experiência de participar de uma Copa. Conforme os leitores, no entanto, há outros termos - muito mais negativos - que se encaixam melhor no contexto da Copa de 2014. Entre as seis palavras propostas pela pesquisa, três eram negativas e três, positivas. A campeã disparada foi talvez a mais forte e grave opção apresentada. Com a convicção geral de que haverá desvio de dinheiro público, superfaturamento de obras, troca de favores entre os envolvidos na organização e desperdício de recursos, o termo "corrupção" foi citado por sete entre cada dez pessoas para definir a Copa do Mundo no Brasil. Talvez por isso mesmo, o segundo termo mais citado é outro que carrega sentido muito negativo. "Decepção", para 12% dos participantes da pesquisa, é a palavra do Mundial. Provavelmente uma referência a tudo aquilo que o brasileiro esperaria de uma Copa em casa - como "festa" (o termo citado por 7%), "sucesso" (3%) e "vitória" (apenas 2%).

► Foi a primeira promessa quebrada da Copa do Mundo no Brasil: quando o país foi escolhido para sediar o torneio, o governo e a CBF tentaram contornar as críticas pelo altíssimo gasto necessário para fazer um Mundial dizendo que, aqui, todas as obras nos estádios seriam realizadas pela iniciativa privada ou através de parcerias com o poder público. Logo ficou bem claro, no entanto, que isso seria impossível. E começou o festival da gastança de verbas públicas na construção e na reforma dos palcos da Copa. Esse expediente, porém, só ganha a aprovação de 15% dos participantes da pesquisa. Os outros 85% são contra gastar dinheiro público em campos de futebol. A reprovação é ainda maior quando se trata de despejar altas quantias de dinheiro - público ou não - para construir novos estádios em cidades que já têm algum grande palco para jogos de futebol. É o que vai acontecer em São Paulo, por exemplo - o Estádio do Morumbi, tradicionalíssimo palco do futebol brasileiro, poderia ser reformado, mas foi preterido para que o Corinthians recebesse dinheiro público para construir um novo estádio, cujo valor final pode ficar na casa dos 800 milhões de reais. Recife é outro exemplo de cidade que já tem estádio mas ganhará um novo campo só por causa da Copa. Como os investimentos parecem estar concentrados nos estádios, a população desconfia de que pouco sobrará da Copa como real benefício para seu dia-a-dia. Um terço dos participantes da pesquisa acredita que haverá um legado positivo para o país, sem contar os campos de futebol. Os outros dois terços acham que não existirá avanço na infraestrutura, segurança e outros aspectos que poderiam ser beneficiados pela Copa.

► Além da corrupção e do gasto desnecessário de dinheiro público, outra grande preocupação do torcedor desde que a Fifa anunciou que a Copa aconteceria no Brasil é o risco de que as obras prometidas para 2014 não fiquem prontas a tempo. E os últimos meses ajudaram a consolidar esse temor: a própria Fifa manifestou publicamente sua irritação com a demora no início das obras em vários estádios. Os notórios atrasos no começo das reformas e construções tornaram-se a grande dor de cabeça dos organizadores da Copa. Hoje, só 12% dos participantes da pesquisa proposta pelo site de VEJA acham que tudo o que foi prometido ficará pronto em 2014. Para os outros 88%, a Copa começará com obras inacabadas ou improvisadas. E a culpa, para a grande maioria, será do próprio poder público. Para 79%, um possível fracasso do Mundial no Brasil deverá ser atribuído ao governo federal. A CBF organizou a candidatura da Copa e comanda o Comitê Organizador Local, mas é apontada como responsável por um eventual fiasco por apenas 14%. A Fifa, que entregou ao Brasil a chance de sediar a Copa e agora faz intermináveis cobranças ao país, seria a culpada de acordo com 4% dos leitores.

► Apesar da situação alarmante dos estádios projetados para o Mundial - dos doze, só quatro estão dentro do prazo, e outros três estão muito atrasados -, esse não é o principal foco de preocupação dos torcedores no caminho até 2014. Acostumados com uma rotina de atrasos e apertos nos aeroportos, eles apontaram a aviação civil como setor que mais provoca temores no momento. Entre as quatro opções apresentadas na pesquisa, os aeroportos foram apontados pela metade das pessoas como o grande problema do país a três anos do evento. Das doze sedes, oito têm aeroportos que operam acima de sua capacidade ideal. A conclusão das obras em boa parte deles tem prazos perigosamente próximos da época da Copa - em sete aeroportos, há o risco real de que o ano de 2014 comece com os terminais ainda em reforma ou construção. A segunda opção mais votada pelos leitores também tem ligação direta com o cotidiano das pessoas: as falhas do transporte urbano são vistas como principal problema por 29% dos participantes da pesquisa. Os estádios são apontados como o ponto crítico dos preparativos para 2014 por 18% dos participantes da pesquisa. O quesito rede hoteleira é motivo de preocupação para apenas 1%.

► Quando se trata de um país absolutamente fascinado por tudo o que se refere a futebol, era de se esperar que a volta da Copa do Mundo depois de mais de seis décadas provocasse uma enorme euforia entre os torcedores. Além da chance de ver sua seleção tentar o hexa jogando em casa, o Brasil receberá as maiores equipes do planeta, assistirá a grandes clássicos e acolherá torcedores de todas as partes do mundo. Esse cenário, entretanto, só empolga uma entre cada quatro pessoas. Para os outros três quartos, a realização da Copa no Brasil não provoca qualquer ansiedade. Da mesma forma, a chegada da maior festa do futebol ao país provoca algum tipo de sensação positiva em apenas 27% dos leitores que responderam à pesquisa. Os outros 73% afirmam que não estão satisfeitos com o fato de o país receber a Copa.

► O ceticismo sobre a competência das autoridades na tarefa de organizar uma Copa do Mundo já era de se prever. Igualmente esperadas - talvez não com doses tão elevadas de pessimismo - eram as dúvidas em torno do sucesso da empreitada brasileira em 2014. Mas pelo menos no quesito bola rolando era razoável projetar uma resposta mais confiante dos participantes da pesquisa. A expectativa da torcida, porém, é terrível também no âmbito esportivo. Apesar de ser a grande favorita a erguer o inédito sexto título mundial, a seleção brasileira, por enquanto, não convence. O time vai jogar com o apoio das arquibancadas e conta com uma geração talentosa, formada por atletas capazes de desequilibrar qualquer partida. Ainda assim, só 17% apostam no triunfo brasileiro na finalíssima, marcada para 13 de julho de 2014, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Para os outros 83%, o estádio reconstruído a um custo de 1 bilhão de reais servirá de palco para a festa de alguma outra seleção.

► As duas Copas que precedem o Mundial do Brasil foram muito diferentes entre si. A de 2006, na Alemanha, aconteceu dentro de um contexto muito mais favorável, num país com estádios modernos e confortáveis, infraestrutura impecável e tradição na realização de grandes competições esportivas. A de 2010, na África do Sul, teve uma organização muito mais complicada. Só havia dois estádios próximos do grau de exigência da Fifa - todos os outros foram construídos do zero ou totalmente remodelados. Também faltavam a experiência em sediar eventos desse porte e um sistema de transporte capaz de aguentar a demanda de uma Copa. Os dois Mundiais foram bem sucedidos - cada um à sua maneira, dentro de suas possibilidades. Para os participantes da pesquisa do site de VEJA, o Brasil não fará um trabalho tão bom quanto alemães e sul-africanos. Só 7% dizem que a Copa de 2014 será melhor que a de 2006. Para 85%, nosso Mundial será pior que o dos alemães. Na comparação com os sul-africanos, a desvantagem é menor, mas ainda assim ficamos atrás. Só 14% acham que o Brasil fará uma Copa melhor do que a última. Para pouco mais da metade, ela será pior que a de 2010.

Pátrias de chuteiras: a Copa do Mundo e o orgulho nacional

Receber a grande festa do futebol internacional costuma trazer um clima de euforia ao país-sede

2010: o ronco das vuvuzelas

O maior evento esportivo já realizado num país do continente negro levantou a autoestima dos sul-africanos no ano passado. Apesar dos temores sobre a violência e os atrasos nas obras, a Copa deu certo. Nas arquibancadas, nada de apartheid: torcedores brancos e negros ficaram lado a lado empurraram sua seleção, menos de duas décadas depois do fim do regime de segregação racial.

Esta é para arquitetos.

Projeto: Cossu & Tedescom - Casa na Sardenha, Itália

Cercada por muros de granito numa citação à herança medieval da ilha, a casa tem cobertura em águas que partem das empenas que formam o terraço superior. Na área da varanda, ela se sustenta por duas grandes colunas de concreto

Vista de uma das escadas laterais que leva ao térreo e ao terraço da cobertura

Em um jogo de volumes e linhas, a casa se destaca na paisagem

Em um jogo de volumes e linhas, a casa destaca-se na paisagem. O guarda-corpo de granito demarca o vão da escada que leva ao subsolo 
Escada externa com acesso ao terraço da cobertura, com degraus de mármore de Orosei e revestimento em granito 
A fachada das duas suítes do térreo, que são abertas para a varanda, é revestida por blocos de granito da região. As portas-balcão curvas foram executadas em carvalho pela Pirino Infissi. No piso, mármore de Orosei, da Ideagranito

Parte da varanda frontal é protegida por laje, com duas esquadrias motorizadas que podem ser acionadas por controle remoto. Os móveis de Teka, da Ikea, têm estofados revestidos de sarja. Proposta de Cossu & Tedesco Arquitetos para uma casa na Sardenha, Itália 
Ambientada com um estar, as poltronas da Ikea, feitas de teka com estofados revestidos de sarja, contam com apoio da mesinha de centro 
Em um jogo de volumes e linhas, a casa se destaca na paisagem. O guarda-corpo de granito demarca o vão da escada que leva ao subsolo. Na área da varanda, duas grandes colunas de concreto sustentam uma das águas

Vista da varanda posterior da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, protegida pelo amplo beiral, com detalhes das janelas de teto motorizadas. Ao fundo, a rampa de acesso que sai do muro de granito

O beiral arredondado compõe com a coluna estruturada em concreto, revestido com massa e pintada

O telhado em águas e telhas de barro e o granito do revestimento remetem à arquitetura praticada na região. A curva é um gesto moderno do projeto

A aparente rusticidade da construção combina com seu entorno. A casa acomoda-se aos contornos do terreno, o que exigiu a existência de diversos níveis ligados por escadas

Grandes esquadrias simétricas proporcionam transparência ao living, o coração da casa 
Em primeiro plano, o jantar que integra o amplo living aberto para o mar. Os móveis de linhas simples, feitos de madeira teca, da Unopiu, e as paredes brancas contribuem a atmosfera clean. Proposta de Cossu & Tedesco para um casa na Sardenha, Itália

No estar da casa na Sardenha, Itália, de Cossu & Tedesco Arquitetos, mais uma vez o jogo entre o tom amadeirado e o branco. Confortável e prático, o conjunto de sofás revestidos com sarja acompanha a mesma linha do jantar. No piso foi feita uma paginação de mármore orosei e réguas de carvalho, a mesma madeira que reveste o volume da lareira que tem frontão de granito cinza sardo

O volume que guarda a lareira e a TV foi revestido com a madeira do ginepro, uma árvore encontrada no próprio terreno e que exala um aroma delicioso. O trabalho de gesso no forro marca a simetria do projeto de Cossu & Tedesco Arquitetos na Sardenha, Itália

No estar da casa na Sardenha, Itália, de Cossu & Tedesco Arquitetos, mais uma vez o jogo entre o tom amadeirado e o branco. Confortável e prático, o conjunto de sofás revestidos com sarja acompanha a mesma linha do jantar. No piso foi feita uma paginação de mármore orosei e réguas de carvalho, a mesma madeira que reveste o volume da lareira que tem frontão de granito cinza sardo

No estar da casa na Sardenha, Itália, de Cossu & Tedesco Arquitetos, mais uma vez o jogo entre o tom amadeirado e o branco. Confortável e prático, o conjunto de sofás revestidos com sarja acompanha a mesma linha do jantar. No piso foi feita uma paginação de mármore orosei e réguas de carvalho, a mesma madeira que reveste o volume da lareira que tem frontão de granito cinza sardo

Detalhe da decoração da sala de jantar da casa na Sardenha, Itália, de Cossu & Tedesco Arquitetos

Detalhe da decoração da sala de jantar da casa na Sardenha, Itália, de Cossu & Tedesco Arquitetos

No estar da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, mais uma vez o jogo entre o tom amadeirado e o branco. Confortável e prático, o conjunto de sofás revestidos com sarja acompanha a mesma linha do jantar. No piso foi feita uma paginação de mármore orosei e réguas de carvalho, a mesma madeira que reveste o volume da lareira que tem frontão de granito cinza sardo

Na cozinha da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, bancadas e piso de mármore e móveis sob medida executados em carvalho. A luminária pendente de vidro é o modelo Romeo Moon S2, de Philippe Starck, da marca Flos; na mesa, fruteiras do modelo Mediterraneo, design de Emma Silvestris para a Alessi

Na cozinha da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, bancadas e piso de mármore e móveis sob medida executados em carvalho. A luminária pendente de vidro é o modelo Romeo Moon S2, de Philippe Starck, da marca Flos; na mesa, fruteiras do modelo Mediterraneo, design de Emma Silvestris para a Alessi

Na cozinha da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, bancadas e piso de mármore e móveis sob medida executados em carvalho. A luminária pendente de vidro é o modelo Romeo Moon S2, de Philippe Starck, da marca Flos; na mesa, fruteiras do modelo Mediterraneo, design de Emma Silvestris para a Alessi

Em um dos quartos da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, a cama com cabeceira estofada em sarja é da Ikea

Em um dos quartos da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, o teto acompanha o desenho do telhado, trazendo mais aconchego à suíte. Carvalho, nas portas e na marcenaria executada pela Savigni

Em um dos banheiros da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, a combinação carvalho e mármore se repete. A cabine multifuncional é da Jacuzzi. Cuba esculpida, e louças Duravit

Em um dos banheiros da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, a combinação carvalho e mármore se repete. As louças são da Duravit

Em um dos banheiros da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, a combinação carvalho e mármore se repete. Cabine multifuncional da Jacuzzi. Duravit e metais Ritmonio. Sob a janela, a marcenaria esconde a calefação

Em um dos quartos da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, cama com cabeceira estofada em sarja, marca Ikea. Cadeira Mr. Impossibile, em acrílico, do Phillipe Starck, Kartell. Assoalho em madeira de carvalho e esquadrias idem

Em um dos quartos da casa na Sardenha (Itália), de Cossu & Tedesco Arquitetos, destaque para porta de correr com vidro redondo

Subsolo: nesse pavimento ficam as dependências de empregados e setores de apoio

Térro: quase a totalidade do programa da casa está concentrada nesse piso. O amplo living está centralizado na planta cujas extremidades são ocupadas pelas suítes e pela cozinha

O dinheiro devia ser gasto aqui e não para quem não justifica nada.

31/07/2011 - 00h05

Miséria persiste em 30 das 200 cidades com PIB mais alto

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ANTÔNIO GOIS
PEDRO SOARES
DO RIO
Olhando apenas para a atividade econômica, o município de São Desidério parece uma ilha de prosperidade no extremo oeste da Bahia.
A intensiva produção de algodão, soja e milho faz a cidade, de 28 mil habitantes, se orgulhar de ter a segunda maior produção agropecuária do país, e o 112º PIB per capita (soma de bens e serviços produzidos, dividida pelo total de habitantes) entre os 5.564 municípios brasileiros.
Veja galeria de fotos
Essa aparente riqueza, no entanto, não se traduz em bons indicadores sociais.
Tal contradição se repete em municípios onde a riqueza é gerada por empreendimentos industriais ou lavouras de exportação que concentram renda e criam relativamente poucos empregos.

Daniel Marenco/Folhapress
Antônio Serra, 75, mora em uma casa de taipa em Porto de Brotas, comunidade de São Francisco do Conde (BA)
Antônio Serra, 75, mora em uma casa de taipa em Porto de Brotas, comunidade de São Francisco do Conde (BA)
De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, 30% da população de São Desidério, por exemplo, vive em domicílios com renda média per capita inferior a R$ 70, linha de miséria do governo federal.
Comparando o PIB per capita, o município está entre os 2% mais ricos do país. Analisando a miséria, figura entre os 20% mais pobres.
Uma análise feita pela Folha nos indicadores sociais dos 200 municípios de maior PIB per capita mostra que São Desidério não é um caso isolado. Em 30 dessas cidades, a proporção de brasileiros vivendo com menos de R$ 70 per capita fica acima da média nacional, de 9,6%.
A maioria desses municípios é de pequeno porte, mas concentra grandes empreendimentos, o que explica que o PIB per capita seja elevado.
Entre as características mais comuns deste grupo estão atividades ligadas à indústria de petróleo (dez casos), cultivo de soja ou grãos (oito) e hidrelétricas (cinco).
Segundo Júlio Miragaya, economista do Conselho Federal de Economia, essas atividades geram muita riqueza, mas empregam pouco.
José Ribeiro, economista e demógrafo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), concorda: "É importante desmistificar a ideia dos grandes empreendimentos como agentes exclusivos do desenvolvimento".
Sheila Zani, responsável pelo cálculo do PIB municipal do IBGE, faz outra ponderação: nem sempre a riqueza gerada é absorvida pela cidade. "Muitos dos empregados mais qualificados moram em grandes centros, onde a é renda absorvida."
Se não há necessariamente geração de emprego local, algumas dessas cidades ao menos deveriam se beneficiar de arrecadação maior. "Mas a gestão municipal não consegue reverter o montante expressivo de impostos na melhoria das condições de vida", diz Ribeiro, da OIT.
Em São Desidério, é fácil entender por que o PIB não se traduz em bem-estar. Há grandes fazendas com lavouras mecanizadas. Os donos moram em outras cidades e chegam de avião. A riqueza fica na mão de poucos e vai para fora da cidade.

É como já se sabe já começou errado gastando dinheiro atoa, mais que podemos fazer veja em baixo como foi.

30/07/2011 - 20h02

Governo e patrocinadores tentam 'camuflar' falhas no primeiro evento da Copa no Brasil

Bruno Freitas, Ricardo Perrone e Thales Calipo
No Rio de Janeiro
Cinco dias e R$ 30 milhões de dinheiro público depois, o Brasil passou pelo primeiro grande teste da Copa do Mundo de 2014. E o resultado só não foi pior porque o Comitê Organizador Local (COL) contou com o precioso auxílio de alguns de seus patrocinadores e, principalmente, das três esferas governamentais.

Sorteio das eliminatórias da Copa

Foto 19 de 31 - Atacante santista Neymar sorteia os países das eliminatórias africanas para a Copa de 2014 Mais AFP
A começar pelo dinheiro para realizar o sorteio preliminar do Mundial, primeiro grande evento do torneio que aconteceu no país, neste sábado, na Marina da Glória. Para garantir que a cerimônia acontecesse no Rio de Janeiro, os governos municipal e estadual tiveram de abrir os cofres e pagaram R$ 15 milhões cada. O dinheiro foi para a Geo Eventos, ligada à Rede Globo, e responsável pela organização.

CERIMÔNIA DA FIFA TEM "TOM GLOBAL"

  • Enaltação de Pelé, homenagens a atletas e ex-atletas, ode à música e a cultura brasileira e a presença apagada de Ricardo Teixeira. Assim pode se resumir a cerimônia de sorteio das chaves das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014.
Nem só com verba pública foram feitas as ajudas governamentais. Apesar de a presidente Dilma não estar em sintonia com Ricardo Teixeira, o governo federal permitiu que o aeroporto Santos Dumont fosse fechado por quatro horas para que o barulho dos aviões não atrapalhasse na transmissão do sorteio.
Além disso, policiais rodoviários de todo o Brasil foram convocados para fazer a escolta dos principais dirigentes da Fifa e de uma seleta lista VIPs. Dessa forma, o presidente Joseph Blatter e o secretário-geral Jerome Valcke, por exemplo, ganharam proteção de oito batedores para circular pela cidade, esquema utilizado apenas para a presidente da República. Os demais “contemplados” (um grupo de 25 vips) tinham a companhia de quatro motocicletas, que fechavam o trânsito para a passagem da comitiva. Uma maneira de furar os congestionamentos, mesmo que isso irritasse os motoristas “comuns”.
Apesar de todos esses apoios, o sorteio ainda teve de driblar outros contratempos. E, para isso, a Fifa contou com a colaboração de seus patrocinadores. Na área da Marina da Glória, por exemplo, o sinal de telefonia celular é praticamente inexistente. A Oi, parceira do COL, instalou duas antenas próprias e, após muitas reclamações, distribuiu chips para jornalistas e convidados.
Em contrapartida, Fifa e COL também deram uma “forcinha” para os patrocinadores. Durante os cinco dias de evento, mesmo com o forte calor, não houve distribuição de água. Com isso, qualquer pessoa que estivesse com sede deveria se dirigir a uma pequena loja do McDonald’s instalada dentro do centro de imprensa e pagar R$ 2,50 por uma garrafinha.
Mesmo “amarrando” bem diversos aspectos com governos e patrocinadores, a natureza acabou sendo a grande vilã do sorteio. Neste sábado, um vendaval provocou diversos estragos, inclusive na tenda montada especialmente para a cerimônia, e obrigou os organizadores a correrem para consertar tudo, fato que ocorreu simultaneamente ao show comandado pelos apresentadores da TV Globo Fernanda Lima e Tadeu Schmidt.

Depois de todos esses problemas, o Brasil terá mais de um ano para absorver as lições e organizar novamente outro grande evento. Em 2013, o país abrigará a Copa das Confederações e o sorteio final dos grupos da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá entre os dias 12 de junho e 13 de julho.

sábado, 30 de julho de 2011

A reportagem completa do passeio.

30/07/2011 - 08h00

Livro relata a aventura de Álvaro Garnero ao redor do mundo em apenas 80 dias


Da Redação
Inspirados pelo livro “A Volta Ao Mundo em 80 Dias”, de Júlio Verne, o apresentador do programa “50 por 1” (Record) Álvaro Garnero e seu companheiro de viagem, o jornalista e fotógrafo José Antonio Ramalho, apostaram com um barman em um pub em Londres que fariam uma viagem nos mesmos moldes do personagem do romance. Juntos, os dois partiram para sua própria volta ao mundo, projeto que originou a quarta temporada do programa e o livro homônimo ao de Verne, lançado pela Editora Gaia.

A volta ao mundo de Álvaro Garnero em oitenta dias

Foto 1 de 11 - Conhecida como a "Veneza do Norte", Bruges, na Bélgica, foi um dos destinos visitados pelo apresentador Álvaro Garnero em sua aventura ao redor do mundo durante 80 dias. A empreitada originou o livro "A Volta Ao Mundo Em Oitenta Dias", escrito pelo seu companheiro de viagem, o jornalista José Antonio Ramalho Divulgação
Fotos e relatos das viagens estão dispostos em 192 páginas, divididas por destinos visitados. O roteiro completo incluiu 22 países, percorridos através de diversos meios de transporte: cargueiros, trens, motor homes, transatlânticos, ônibus e balsas – exceto avião, justamente para “seguir ainda mais o romance de Júlio Verne”, segundo o apresentador. No total, a dupla rodou mais de 40 mil quilômetros.
Saindo de Londres, Garnero e Ramalho pegaram um navio cargueiro para os Estados Unidos e lá visitaram Filadélfia, Cleveland, Seattle e cidades dos estados de Dakota do Sul. De lá, seguiram para Vancouver, no Canadá, para embarcarem em um navio que iria até o Japão em 16 dias, incluindo paradas no Alasca e na Rússia Oriental.
Depois de visitar, entre outros destinos, Tóquio e Kyoto, a dupla atravessou o mar do Japão até a cidade de Busan, na Coreia do Sul. Depois de alguns dias circulando pela Ásia, mais uma aventura: embarcar em um trem em Pequim e desembarcar em Ulan Bator, na Mongólia, 30 horas depois, tendo as Muralhas da China como cenário durante o trajeto.
  • Divulgação Foi na Finlândia, ao sair para fazer um passeio de canoa no Parque Nacional Nuuksio que a dupla de viajantes teve seu primeiro contato com a neve
O leste europeu também foi uma região bastante explorada pelos aventureiros. Eles passaram por cidades como Ecaterinburgo, Moscou, Kiev (Rússia), Chernobil (Ucrânia), Minsk (Bielorrússia), Vilnius (Lituânia), Riga (Letônia) e Talin (Estônia). Garnero e Ramalho seguiram para a Escandinávia (Dinamarca, Noruega e Suécia) e encerraram a aventura na Europa Ocidental - entre os destinos, Hamburgo (Alemanha), Eindhoven (Holanda), Gent, Bruges (Bélgica) e Paris (França).
O diferencial da empreitada ficou por conta dos meios de locomoção escolhidos pela dupla - e as aventuras originadas a partir disso -, da prática de esportes tradicionais de cada destino (como esgrima, sumô e bobsldge) e da degustação de pratos típicos (peixe Fugu e “kobe beef”, no Japão, por exemplo).
O livro serve de inspiração para viajantes que queiram se aventurar em lugares menos badalados ou curtir de uma forma não tão convencional destinos já consagrados. As belas fotos e os textos que as acompanham, com curiosidades e detalhes dos bastidores, atiçam o leitor a querer largar tudo e desbravar o mundo também.
No entanto, apesar de ter sido um projeto baseado no livro de Verne, dá para perceber que 80 dias não é o bastante para rodar o mundo, já que continentes como África e América Latina ficaram de fora, e muitas cidades foram vistas praticamente de relance. Mas, para começar a traçar seu roteiro dos sonhos, a publicação de Ramalho inspira bastante.
"A Volta Ao Mundo em Oitenta Dias" está longe de ser considerado um guia, pois não oferece informações sobre hospedagem, restaurantes, preços e outros serviços, e tampouco é direcionado a um público específico, como mochileiros ou fãs de turismo de luxo, mas justamente por isso é interessante: tem a possibilidade de agradar gregos e troianos.