Futebol
'É a voz do povo', diz Cafu sobre vaia a Dilma na abertura
No Rio, capitão do penta reconhece que a saia-justa em Brasília 'pegou mal'
Giancarlo Lepiani, do Rio de Janeiro
Presidente Dilma é vaiada durante a abertura da Copa das Confederações
(Ivan Pacheco )
"Ninguém quer ver a nossa presidente vaiada. Ela comanda o nosso país. É
que tem sempre os do contra, é assim no Brasil", disse Lucas
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A Fifa evitou comentar o assunto, até porque o presidente da entidade, Joseph Blatter, também foi vaiado - principalmente quando cobrou o torcedor pelo comportamento hostil à presidente. "Amigos do futebol, onde está o respeito, onde está o fair play?", perguntou, irritado, provocando uma vaia ainda maior. Entre os jogadores da seleção brasileira, Lucas - um atleta acostumado a ser aclamado pelo público nos jogos do Brasil, em que sempre tem seu nome gritado quando está no banco - saiu em defesa da presidente antes de deixar o estádio em Brasília. "Ninguém quer ver a nossa presidente vaiada. Ela comanda o nosso país. É que tem sempre os do contra, é assim no Brasil", disse o jogador. No momento em que foi vaiada, Dilma apareceu nos telões do estádio ao lado de Blatter, ambos de pé nas tribunas, com microfones em mãos. Fora da cena, do outro lado da presidente, estava o cartola José Maria Marin - que, curiosamente, vinha sendo isolado pelo governo justamente em função de sua impopularidade.
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Marin tentou diversas vezes chegar a Dilma nos últimos meses, mas não foi recebido pela presidente, que não queria ter sua imagem associada à do presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo. Durante o jogo, trocaram algumas palavras e se cumprimentaram depois do primeiro gol. A interação entre os dois, porém, foi bastante limitada. Dilma também dividia a tribuna de honra com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que apareceu para o jogo do Brasil não com o uniforme da equipe de Felipão, mas sim com uma camisa da seleção de vôlei, com marca (Olympikus) e patrocinador (Banco do Brasil) concorrentes dos parceiros oficiais do evento (Adidas e Itaú) e da CBF (Nike e Itaú). Ao lado de Gleisi estava o controverso presidente da Federação Alagoana de Futebol de Alagoas, Gustavo Feijó, escolhido por Marin para ser o chefe da delegação brasileira na competição.
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