quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Você que gosta de trilha, aqui está umas as mais perigosas aprecie.

Confira imagens das 10 trilhas eleitas mais perigosas do mundo

 
Huayna Picchu, Peru:
A cidadela de Machu Picchu fica ainda mais incrível quando é vista desde o topo do Huayna Picchu, montanha que serve como pano de fundo do famoso cartão-postal. Mas o caminho, reservado para um número limitado de turistas diariamente, é íngreme e perigoso. As velhas escadarias da época dos Incas são escorregadias e traiçoeiras, principalmente na hora de descer e fazer o caminho de volta
 
The Maze, Estados Unidos:
The Maze, que significa O Laberinto em inglês, é como é conhecida a área mais remota do Parque Nacional de Canyonlands, no estado americano de Utah. Ali, caminhos sem saída em meio a incontáveis formações rochosas são um verdadeiro desafio para os aventureiros, que se arriscam em trilhas para curtir adrenalina e belos visuais
 
Monte Hua Shan, China:
Há vários séculos que peregrinos sobem até templos espalhados pelos cinco picos do Monte Hua Shan, no centro da China, encarando trilhas íngremes. Mas nenhuma delas é tão perigosa e assustadora quanto a trilha da montanha Sul, feita de escadarias verticais talhadas na pedra e pranchas estreitas que deixam os turistas a poucos passos de precipícios de centenas de metros, protegidos apenas por correntes de aço fixadas na rocha
 
Trilha de Kokoda, Papua Nova Guiné:
Durante a 2ª Guerra Mundial, a Trilha de Kokoda foi palco de sangrentas batalhas entre soldados japoneses e australianos. O caminho ficou abandonado até a década passada, quando voltou a ser usado. Mas, desta vez por aventureiros que levam até 11 dias para percorrer cerca de 100 quilômetros entre os arredores de Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné e o vilarejo de Kokoda. Para fazer o caminho, eles encaram calor extremo, chuvas tropicais e doenças em meio a uma vegetação abundante
 
Grouse Grind,  Canadá:
O Canadá tem uma imensa natureza selvagem, encontrada na extensão de seu grande território; inclusive sem precisar ir longe demais das grandes cidades do país da América do Norte. Perto de Vancouver, a curta trilha conhecida como Grouse Grind é uma das mais íngremes do mundo subindo de 0 a 1000 metros em menos de 3 quilômetros, incluindo nada menos do que 2.830 degraus, em um caminho onde muitos aventureiros se perdem e precisam ser resgatados
 
Travessia do Norte Drakensberg, África do Sul:
A Travessia do Norte de  Drakensberg passa pelo norte da Cordilheira homônima, na África do Sul em uma das trilhas mais belas e também mais perigosas do planeta. Ao longo de 65 quilômetros da Travessia, os aventureiros passam por vastos penhascos e desfiladeiros numa altura de três mil metros, com passagens complicadas e estreitas e queda de grande
 
Cascade Saddle, Nova-Zelândia:
A Nova-Zelândia tem uma infinidade de paisagens estonteantes com florestas, picos nevados e lagos cristalinos. Muitas belas paisagens como estas encontram-se no Parque Nacional de Monte Aspiring, na ilha sul do país. No parque também está situada a trilha conhecida como Cascade Saddle, que passa por florestas e montanhas em um caminho de 17 quilômetros que leva dois dias para ser realizado e deixa muitas vítimas em razão de quedas e escorregões em suas pedras
 
Aonach Eagach, Escócia:
O Aonach Eagach é um pico emblemático da Escócia e oferece algumas das belas paisagens do país. Para chegar ao topo, é preciso pegar uma trilha de seis quilômetros com ladeiras escorregadias, rochas difíceis de transpor e uma visibilidade muito limitada nos abundantes dias de neblina na Escócia
 
Trilha de Kalalau, Havaí:
Situada na belíssima costa de Na Pali, um dos trechos mais estonteantes do Havaí, na ilha de Kauai, a trilha de Kalalau oferece visuais incríveis e termina em uma praia intocada. Mas ao longo de seus 35 quilômetros, o caminho paradisíaco pode virar um inferno com a chegada repentina de fortes chuvas que causam queda de grandes pedras e aluviões que transformam o caminho numa verdadeira armadilha
 
Caminito del Rey, Espanha:
Localizado no desfiladeiro de El Chorro, na região espanhola de Málaga, o Caminito del Rey é uma estreita passagem entre os penhascos a uma altura de quase 40 metros acima do chão. O caminho de concreto e aço tem cerca de três quilômetros de extensão e foi construído para facilitar o deslocamento de funcionários de uma planta hidrelétrica há mais de um século. Oficialmente, a passagem encontra-se fechada ao público em razão de seu péssimo estado de conservação, mas ele ainda é frequentado por aventureiros em busca de emoções fortes

Sondas espaciais registram atividade do Sol

Imagem 32/33: ago.2013 - O Sol liberou massa coronal (CME, na sigla em inglês) em direção à Terra nesta terça-feira (20), por volta das 5h30 (fuso de Brasília), segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). O fenômeno solar, que solta no espaço bilhões de partículas ionizadas em forma de gás e plasma magnetizado de sua atmosfera, atingiu uma velocidade de 917 km/s e pode levar entre um e três dias para atingir o nosso planeta. As partículas do CME causam distúrbios no campo magnético da Terra, afetando sistemas eletrônicos e meios de comunicações, mas não prejudicam a saúde dos seres humanos, já que não conseguem atravessar a nossa atmosfera. Elas também são responsáveis por formar as auroras que colorem os céus da região dos polos do globo
 Aqui você vê todas as fotos.
http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/02/11/terceiro-ano-do-observatorio-solar-dinamico.htm?abrefoto=32#fotoNav=33 

domingo, 18 de agosto de 2013

É isto aqui para vocês que ainda não entende e não vão mesmo entender o que não funciona de geito nenhum....

Entenda os próximos passos no julgamento do mensalão no STF


O julgamento do mensalão no STF200 fotos

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15.ago.2013 - Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, e ministro Celso de Mello chegam ao plenário para o segundo dia da retomada do julgamento do mensalão Antônio Araujo/UOL
O STF (Supremo Tribunal Federal) já rejeitou os recursos de sete condenados no julgamento do mensalão. Nas próximas semanas, os ministros irão se posicionar sobre os embargos de declaração (nome dado a um tipo de recurso nesta instância judicial) de outros 18 réus, entre eles o do ex-ministro José Dirceu. Entenda os próximos passos. 
1 - Os réus que já tiveram os seus embargos de declaração rejeitados pela Corte poderão apresentar novos recursos?

Em tese, sim. Ao final da etapa atual, será publicado um novo acórdão (documento com os votos dos ministros) e os advogados poderão recorrer contestando omissões ou pontos que não tiverem ficado claros na decisão dos magistrados.
 
2 - Em que circunstâncias a Corte pode rejeitar novos embargos?
 
Se o STF entender que a defesa, ao apresentar esses novos embargos, tenha como objetivo apenas adiar o fim do julgamento, os ministros podem proclamar que a ação transitou em julgado e não aceitar mais recursos.
 

Cronologia do mensalão

  • Nelson Jr/STF Clique na imagem e veja os principais fatos do julgamento no STF
3 - Isso já aconteceu antes?
 
Sim, no caso do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado pelo STF por peculato (crime contra a administração pública) e formação de quadrilha. Em 2010, o parlamentar foi condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, mas até então aguardava o julgamento dos recursos em liberdade.
 
Os primeiros embargos apresentados pela defesa dele foram julgados em dezembro do ano passado e negados. Ao julgar um segundo recurso em junho, o Supremo entendeu que era meramente protelatório (ou seja, que visava apenas o adiamento da decisão) e decidiu mandar prendê-lo, o que ocorreu dias depois.
 
4 - O que acontece com o mandato parlamentar dos deputados condenados?
 
No julgamento do mensalão no ano passado, o Supremo decidiu, por um placar apertado (5 a 4) que, confirmadas as condenações dos quatro deputados envolvidos, a perda de mandato seria imediata, dispensando a abertura de um processo de cassação na Casa Legislativa. A decisão gerou polêmica, abriu uma crise entre Judiciário e Legislativo e foi questionada pelos réus em seus recursos. Estes recursos ainda não foram analisados pela Corte.
 
5 - Como o STF já decidiu em casos anteriores sobre perda de mandato?
 
Recentemente, o STF julgou dois outros casos envolvendo parlamentares e teve posicionamentos diferentes. Ao condenar Natan Donadon, o Supremo não se manifestou sobre a perda do mandato dele e agora, mesmo preso, ele continua sendo deputado e se defende de um processo de cassação aberto na Câmara.
 
O outro foi o do senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado por a 4 anos, 8 meses e 26 dias de prisão por fraudes em licitações quando foi prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002. Nesse julgamento, ao contrário do do mensalão, os ministros entenderam que cabe ao Congresso a palavra final sobre a perda de mandato.
 
A mudança aconteceu por conta dos votos de dois ministros (Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso), recém-chegados ao STF. Como estão aptos para julgar os recursos, a posição deles poderá interferir na decisão da Corte em relação aos deputados da ação penal do mensalão.
 

RECURSOS DO MENSALÃO

  • Arte/UOL Clique na imagem e saiba como cada ministro votou nos recursos dos réus
6 - Quando a defesa poderá apresentar esses novos embargos?
 
Pelo regimento, o acórdão deve ser publicado 60 dias corridos após o fim do julgamento. Assim que for publicado o novo acórdão, será reaberto um prazo de cinco dias para os advogados recorrerem. No entanto, a defesa dos réus pode pedir que esse prazo seja estendido, como aconteceu na primeira etapa do julgamento em que foram concedidos dez dias.
 
7 - Quando os réus condenados a regime fechado podem ser presos?
 
Ninguém será preso até o plenário do STF determinar que o processo contra aquele réu transitou em julgado, ou seja, que não aceitará mais recursos.
 
Na mesma sessão em que for decretado o trânsito em julgado, o relator da ação pode determinar o cumprimento do mandado de prisão ou encaminhar a tarefa para uma vara de execução, sem aguardar a publicação de novo acórdão. Depois, ficará a cargo das varas de execução acompanhar o cumprimento da pena e determinar progressão de regime (de fechado para semiaberto, por exemplo) após certo tempo.
 
8 - Que outros recursos os condenados poderão apresentar?
 
Os ministros ainda irão decidir se vão aceitar ou não os embargos infringentes, nome dado aos recursos com poder de reverter uma condenação. A polêmica envolvendo esses embargos é que eles estão previstos no regimento interno do STF, de 1980, mas não na legislação posterior, de 1990, que regulamentou os procedimentos do STF. Assim, há ministros que entendem que são cabíveis e outros que discordam, como o presidente da Corte, Joaquim Barbosa.
 
9 - Quais réus têm direito a apresentar embargos infringentes?
 
Somente quem tiver sido condenado por um placar apertado (com ao menos quatro votos favoráveis) tem direito a apresentar esse tipo de recurso. Dos 25 réus do mensalão, apenas 11 se encaixam nessa situação em relação a alguns crimes pelos quais respondem.
 
São eles: José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil), José Genoino (ex-presidente do PT), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Marcos Valério (publicitário apontado como operador do esquema), Ramon Hollerbach (ex-sócio de Valério), Cristiano Paz (ex-sócio de Valério), José Roberto Salgado (ex-dirigente do Banco Rural) e Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural) por formação de quadrilha, além de João Paulo Cunha (deputado federal), João Cláudio Genú (ex-assessor do PP) e Breno Fischberg (ex-sócio da corretora Bônus Banval) por lavagem de dinheiro.
 
10 - Depois do trânsito em julgado, é possível a defesa recorrer de alguma maneira?
 
Os advogados dos réus poderão ainda pedir revisão criminal, que é a abertura de uma nova ação. Pela lei, no entanto, será admitida a revisão somente em casos específicos, como quando, após a decisão condenatória, descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.
 
Quen save aqui você entenda ou fique sem entender toda essa história da carochinha......
 

A verdade é que eles jamais se envolveram em cartel, e participação de esquemas não adiante perguntar a eles pois irão sempre negar até depois da morte, isto que se mostra é MIRAGEM.......

16.Ago.13 - 20:40 |  Atualizado em 18.Ago.13 - 18:22

Todos os homens do propinoduto tucano

Quem são e como operam as autoridades ligadas aos tucanos investigadas pela participação no esquema que trafegou por governos do PSDB em São Paulo

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas

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Na última semana, as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público mostraram a abrangência nacional do cartel na área de transporte sobre trilhos. A tramoia, concluíram as apurações, reproduziu em diversas regiões do País a sistemática observada em São Paulo, de conluio nas licitações, combinação de preços superfaturados e subcontratação de empresas derrotadas. As fraudes que atravessaram incólumes 20 anos de governos do PSDB em São Paulo carregam, no entanto, peculiaridades que as diferem substancialmente das demais que estão sendo investigadas pelas autoridades. O esquema paulista distingue-se pelo pioneirismo (começou a funcionar em 1998, em meio ao governo do tucano Mário Covas), duração, tamanho e valores envolvidos – quase meio bilhão de reais drenados durante as administrações tucanas. Porém, ainda mais importante, o escândalo do Metrô em São Paulo já tem identificada a participação de agentes públicos ligados ao partido instalado no poder. Em troca do aval para deixar as falcatruas correrem soltas e multiplicarem os lucros do cartel, quadros importantes do PSDB levaram propina e azeitaram um propinoduto que desviou recursos públicos para alimentar campanhas eleitorais.
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Ao contrário do que afirmaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra na quinta-feira 15, servidores de primeiro e segundo escalões da administração paulista envolvidos no escândalo são ligados aos principais líderes tucanos no Estado. Isso já está claro nas investigações. Usando a velha e surrada tática política de despiste, Serra e FHC afirmaram que o esquema não contou com a participação de servidores do Estado nem beneficiou governos comandados pelo PSDB. Não é o que mostram as apurações do Ministério Público e do Cade. Pelo menos cinco autoridades envolvidas na engrenagem criminosa, hoje sob investigação por terem firmado contratos irregulares ou intermediado o recebimento de suborno, atuaram sob o comando de dois homens de confiança de José Serra e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: seus secretários de Transportes Metropolitanos. José Luiz Portella, secretário de Serra, e Jurandir Fernandes, secretário de Alckmin, chefiaram de perto e coordenaram as atividades dos altos executivos enrolados na investigação. O grupo é composto pelos técnicos Décio Tambelli, ex-diretor de operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria de Transportes Metropolitanos, José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da CPTM, Ademir Venâncio, ex- diretor de engenharia da estatal de trens, e os ex-presidentes do metrô e da CPTM, José Jorge Fagali e Sérgio Avelleda.
Segundo documentos em poder do CADE e Ministério Público, estes cinco personagens, afamados como bons quadros tucanos, se valeram de seus cargos nas estatais paulistas para atender, ao mesmo tempo, aos interesses das empresas do cartel na área de transporte sobre trilhos e às conveniências políticas de seus chefes. Em troca de benefícios para si ou para os governos tucanos, forneciam informações privilegiadas, direcionavam licitações ou faziam vista grossa para prejuízos milionários ao erário paulista em contratos superfaturados firmados pelo metrô. As investigações mostram que estes técnicos do Metrô e da CPTM transitaram pelos governos de Serra e Alckmin operando em maior ou menor grau, mas sempre a favor do esquema.
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Um dos destaques do quinteto é José Luiz Lavorente, diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em um documento analisado pelo CADE, datado de 2008, Lavorente é descrito como o encarregado de receber em mãos a propina das empresas do cartel e distribuí-las aos políticos do PSDB e partidos aliados. O diretor da CPTM é pessoa da estrita confiança de Alckmin. Foi o governador de São Paulo que o promoveu ao cargo de direção na estatal de trens, em 2003. Durante o governo Serra (2007-2008), Lavorente deixou a CPTM, mas permaneceu em cargos de comando da estrutura administrativa do governo como cota de Alckmin. Com o regresso de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes, em 2011, Lavorente reassume o posto de direção na CPTM. Além de ser apontado como o distribuidor da propina aos políticos, Lavorente responde uma ação movida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que aponta superfaturamento e desrespeito à lei de licitações. O processo refere-se a um acordo fechado por meio de um aditivo, em 2005, que possibilitou a compra de 12 trens a mais do que os 30 licitados, em 1995 e só seria valido até 2000.
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O ex-diretor de Operação do Metrô e atualmente coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da secretaria de Transportes Metropolitanos, Décio Tambelli, é outro personagem bastante ativo no esquema paulista. Segundo depoimentos feitos por ex-funcionários da Siemens ao Ministério Público de São Paulo, Tambelli está na lista dos servidores que receberam propina das companhias que firmaram contratos superfaturados com o metrô e a CPTM. Tambelli é muito próximo do secretário de Transportes, Jurandir Fernandes. Foi Fernandes que o alçou ao cargo que ocupa atualmente na administração tucana. Cabe a Tambelli, apesar de estar na mira das investigações, acompanhar e fiscalizar o andamento da linha quatro do metrô paulista, a primeira obra do setor realizada em formato de parceria público-privada. Emails obtidos por ISTOÉ mostram que, desde 2006, Tambelli já agia para defender e intermediar os interesses das empresas integrantes do cartel. Na correspondência eletrônica, em que Tambelli é mencionado, executivos da Siemens narram os acertos entre as companhias do cartel no Distrito Federal e sugerem que o acordo lá na capital seria atrelado “à subcontratação da Siemens nos lotes 1+2 da linha 4” em São Paulo. “O Ramos (funcionário do conglomerado francês Alstom) andou dizendo ao Décio Tambelli do metrô SP, que não pode mais subcontratar a Siemens depois do caso Taulois/Ben-hur (episódio em que a Siemens tirou técnicos da Alstom para se beneficiar na pontuação técnica e vencer a licitação de manutenção do metrô de Brasília)”, dizia o e-mail trocado entre os funcionários da Siemens.
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Outro homem do propinoduto tucano que goza da confiança de Jurandir Fernandes e de Alckmin é Sérgio Avelleda. Ele foi nomeado presidente do Metrô em 2011, mas seu mandato durou menos de um ano e meio. Avelleda foi afastado após a Justiça atender acusação do Ministério Público de improbidade administrativa. Ele era suspeito de colaborar em uma fraude na concorrência da Linha 5 do Metrô, ao não suspender os contratos e aditamentos da concorrência suspeita de formação de cartel. “Sua permanência no cargo, neste atual momento, apenas iria demonstrar a conivência do Poder Judiciário com as ilegalidades praticadas por administradores que não respeitam as leis, a moral e os demais princípios que devem nortear a atuação de todo agente público”, decretou a juíza Simone Gomes Casorretti, ao determinar sua demissão. Após a saída, Avelleda obteve uma liminar para ser reconduzido ao cargo e pediu demissão. Hoje é consultor na área de transporte sobre trilhos e presta serviços para empresas interessadas em fazer negócios com o governo estadual.
De acordo com as investigações, quem também ocupou papel estratégico no esquema foi Ademir Venâncio, ex-diretor da CPTM. Enquanto trabalhou na estatal, Venâncio cultivou o hábito de se reunir em casas noturnas de São Paulo com os executivos das companhias do cartel para fornecer informações internas e acertar como elas iriam participar de contratos com as empresas públicas. Ao deixar a CPTM, em meados dos anos 2000, ele resolveu investir na carreira de empresário no setor de engenharia. Mas nunca se afastou muito dos governos do PSDB de São Paulo. A Focco Engenharia, uma das empresas em que Venâncio mantém participação, amealhou, em consórcios, pelo menos 17 consultorias orçadas em R$ 131 milhões com as estatais paulistas para fiscalizar parcerias público-privadas e andamento de contratos do governo de Geraldo Alckmin. Outra companhia em nome de Venâncio que também mantém contratos com o governo de São Paulo, o Consórcio Supervisor EPBF, causa estranheza aos investigadores por possuir capital social de apenas R$ 0,01. O Ministério Público suspeita que a contratação das empresas de Venâncio pela administração tucana seja apenas uma cortina de fumaça para garantir vista grossa na execução dos serviços prestados por empresas do cartel. As mesmas que Venâncio mantinha relação quando era servidor público.
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A importância da secretaria Transportes Metropolitanos e suas estatais subordinadas, Metrô e CPTM, para o esquema fica evidente quando se observa a lógica das mudanças de suas diretorias nas transições entre as gestões de Serra e Alckmin. Ao assumir o governo em 2007, José Serra fez questão de remover os aliados de Alckmin e colocar pessoas ligadas ao seu grupo político. Um movimento que seria revertido com a volta de Alckmin em 2011. Apesar dessa dança de cadeiras, todos os integrantes do esquema permaneceram em postos importantes das duas administrações tucanas. Quem sempre operou essas movimentações e trocas de cargos, de modo a assegurar a continuidade do funcionamento do cartel, foram os secretários de Transportes Metropolitanos de Serra e Alckmin, José Luiz Portella e Jurandir Fernandes.
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Homem forte do governador Geraldo Alckmin, Fernandes começou sua trajetória política no PT de Campinas, interior de São Paulo. Chegou a ocupar o cargo de secretário municipal dos Transportes na gestão petista, mas acabou expulso do partido em 1993 e ingressou no PSDB. Por transitar com desenvoltura pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jurandir foi guindado a diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) em 2000. No ano seguinte, aproximou-se do então governador Alckmin, quando assumiu pela primeira vez o cargo de secretário estadual de Transportes Metropolitanos. Neste primeiro período à frente da pasta, tanto a CPTM quanto o Metrô firmaram contratos superfaturados com empresas do cartel. Quando Serra assume o governo paulista em 2007, Jurandir é transferido para a presidência da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), responsável pela formulação de políticas públicas para a região metropolitana de São Paulo. Com o retorno de Alckmin ao governo estadual em 2011, Jurandir Fernandes também volta ao comando da disputada pasta. Nos últimos dias, o secretário de Transportes tem se esforçado para se desvincular dos personagens investigados no esquema do propinoduto. Fotos obtidas por ISTOÉ, no entanto, mostram Jurandir Fernandes em companhia de Lavorente e de lobistas do cartel durante encontro nas instalações da MGE Transporte em Hortolândia, interior de São Paulo. Um dos fotografados com Fernandes é Arthur Teixeira que, segundo a investigação, integra o esquema de lavagem do dinheiro da propina. Teixeira, que acompanhou a solenidade do lado do secretário Fernandes, nunca produziu um parafuso de trem, mas é o responsável pela abertura de offshores no Uruguai usadas pelo esquema. Outro companheiro de solenidades flagrado com Fernandes é Ronaldo Moriyama ex-diretor da MGE, empresa que servia de intermediária para o pagamento das comissões às autoridades e políticos. Moriyama é conhecido no mercado ferroviário por sua agressividade ao subornar diretores do Metrô e CPTM, segundo depoimentos obtidos pelo Ministério Público.
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No governo Serra, quem exercia papel político idêntico ao de Jurandir Fernandes no governo Alckmin era o então secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Serrista de primeira hora, ele ingressou na vida pública como secretário na gestão Mário Covas. Portelinha, como é conhecido dentro do partido, é citado em uma série de e-mails trocados por executivos da Siemens. Num deles, Portella, assim como Serra, sugeriram ao conglomerado alemão Siemens que se associasse com a espanhola CAF em uma licitação para compra de 40 novos trens. O encontro teria ocorrido em um congresso internacional sobre ferrovias realizado, em 2008, na cidade de Amsterdã, capital da Holanda. Os dois temiam que eventuais disputas judiciais entre as companhias atrasassem o cronograma do projeto. Apesar de o negócio não ter se concretizado nestas condições, chama atenção que o secretário sugerisse uma prática que resulta, na maioria das vezes, em prejuízos aos cofres públicos e que já ocorria em outros contratos vencidos pelas empresas do cartel. Quem assinava os contratos do Metrô durante a gestão de Portella era José Jorge Fagali, então presidente do órgão. Ex-gerente de controle da estatal, ele teve de conviver com questionamentos sobre o fato de o seu irmão ser acusado de ter recebido cerca de US$ 10 milhões da empresa francesa Alstom. A companhia, hoje envolvida nas investigações do cartel, é uma das principais vencedoras de contratos e licitações da empresa pública.

Para conhecimento de todos aqui é um santuario onde houve e há ainda aparições e presença constante da santa da Rainha do Rosário e de São Miguel Arcanjo, um local sagrado com muita presença de uma tranquilidade enorme e uma Paz muito grande isto vem acontecendo já a 8 (oito) anos. Para quem ainda não conheçe sua localização é no Amazonas na cidade de Itapiranga, fácil acesso tamto por terra como por água.




















sábado, 10 de agosto de 2013

Incrível é faser do congreço e uma Penitenciária para os parlamentares, mais ........

10/08/2013 - 09:22

Corrupção

Câmara pode criar a (incrível) figura do deputado encarcerado no Brasil

Saiba quem são os parlamentares que compõem a vergonhosa galeria de cassados por desvios de conduta desde o fim da ditadura militar. E quem são os cinco deputados que deveriam integrar - logo - essa lista

Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
Montagem dos deputados João Paulo Cunha, José Genoino, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry
QUARTETO MENSALEIRO - Os deputados João Paulo Cunha, José Genoino, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry, todos condenados pela Justiça, mas com gabinetes na Câmara (Dida Sampaio/Dorivan Marinho/Vagner Campos/Lindomar Cruz )
Na última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) inovou ao rever sua posição sobre parlamentares condenados pela prática de crimes. Por seis votos a quatro, a Corte decidiu que caberá ao Legislativo deliberar pela cassação ou não dos políticos sentenciados pela Justiça. No extremo, o Brasil poderá se tornar um caso raro no qual deputados ou senadores poderão exercer seus mandatos durante o dia e dormir na cadeia.
Até o final do ano, é provável que a Câmara dos Deputados analise ao menos cinco processos de cassação de mandatos de deputados condenados pela Justiça. O primeiro da fila, inclusive, o ex-peemedebista Natan Donadon (RO), já cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Condenado por desviar 8 milhões de reais dos cofres da Assembleia Legislativa de Rondônia, Donadon se entregou à Polícia Federal no final de julho, mas uma placa ainda aponta como seu o gabinete 239 no Anexo IV da Câmara. Ele perdeu o direito ao salário, aos benefícios e assessores, mas, juridicamente, ainda é um parlamentar eleito pelo estado de Rondônia. A manutenção do mandato garante algumas (poucas) regalias para Donadon: ele permanece em uma cela isolada no presídio, sem convívio com os demais detentos.
Na sequência, a tendência é que a Câmara tenha de deliberar sobre o futuro do quarteto de mensaleiros: João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Durante o julgamento do mensalão, o STF votou pela perda imediata dos mandatos. Mas, com a recente virada no posicionamento da Corte graças aos votos dos ministros novatos Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, esse cenário pode mudar: caberá, agora, aos deputados decidirem sobre os mandatos dos quatro mensaleiros. Ou seja, dado o histórico de corporativismo e complacência com desvios éticos, tudo pode acontecer.
O último parlamentar que perdeu o mandato na Câmara foi em 2006. O ex-presidente do PP Pedro Corrêa (PE), que comandava o partido quando o mensalão operava a todo vapor, deixou o Congresso pelas portas dos fundos junto com José Dirceu (PT-SP) e Roberto Jefferson (PTB-RJ). Desde então, foram abertos 89 processos de cassação de mandatos no Conselho de Ética. Todos os congressistas saíram ilesos. O maior exemplo da blindagem dos parlamentares aconteceu em 2006, na chamada Máfia dos Sanguessugas: 69 deputados envolvidos no esquema de desvio de verba pública para compra de ambulâncias escaparam de punições - a maioria foi poupada em plenário e, alguns, optaram por renunciar aos mandatos e poder disputar as eleições seguintes.

No Senado, só dois cassados

O Senado, que por muitas décadas manteve uma imagem mais positiva do que a Câmara, passou a lidar com escândalos políticos rotineiros nos anos 2000. O primeiro parlamentar cassado pela Casa foi Luiz Estevão (PMDB-DF). Perdeu o mandato quando veio à tona sua participação no desvio milionário nas obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, em 1999.
Em 2001, dois senadores tiveram de renunciar para não perderem o mandato: José Roberto Arruda (então no PSDB) e o baiano Antônio Carlos Magalhães (PFL). Eles haviam participado da quebra do sigilo do painel eletrônico que registra as votações do Senado. No mesmo ano, Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou para não ser punido, após ser flagrado envolvido no desvio de verbas da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Em 2011, foi a vez de Demóstenes Torres (DEM-GO) perder o mandato por cassação. Ele foi flagrado mantendo conversas e negociações nada republicanas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Muitos outros casos surgiram sem que os acusados perdessem o cargo - José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL) sabem disso muito bem. Na última semana, o STF credenciou mais um candidato à cassação: Ivo Cassol (PP-RO), condenado pelo Supremo a quatro anos e oito meses de prisão. A perda do mandato será avaliada pelos senadores.
O atual presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), diz que o voto secreto em plenário é o principal culpado pelas absolvições em massa: "Enquanto não se adotar o voto aberto na Casa, vão continuar esses números ruins".
Outro exemplo recente de parlamentar absolvida em flagrante cena de corrupção foi a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha do ex-governador de Brasília, Joaquim Roriz. Ela aparece em um vídeo recebendo 50 mil reais de Durval Barbosa, delator do chamado mensalão do DEM. Por entenderem que o episódio aconteceu antes de assumir o mandato na Câmara – a cassação foi analisada em 2011 e a gravação havia sido feita em 2006 -, Jaqueline foi absolvida por seus colegas.
Também foi absolvido pelo plenário o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). Em 2005, os deputados o consideraram inocente na denúncia de que havia recebido 50 mil reais do operador do mensalão, Marcos Valério. Sete anos depois, o STF o condenou a nove anos e quatro meses de prisão. Provavelmente, Cunha voltará a ser julgado em plenário.
Os 17 cassados – Desde a redemocratização do país, apenas 17 parlamentares tiveram a degola aprovada em plenário. O caso mais emblemático aconteceu em 1994, em um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil. A CPI dos Anões do Orçamento, nome dado em alusão à estatura dos parlamentares envolvidos, descobriu um esquema de desvio de recursos do Orçamento da União para empresas relacionadas a deputados, senadores, ministros e governadores. Seis deputados envolvidos no caso foram cassados.
Outra cassação que não poderia passar impune foi a de Hildebrando Pascoal (PFL-AC). O parlamentar foi apontado como o comandante de um grupo de extermínio responsável pela morte de mais de sessenta pessoas. Não apenas a quantidade de assassinatos espanta. Em um dos casos que revelam o nível crueldade com o qual agia, ele ganhou o apelido de Homem da Motoserra – uma referência à arma utilizada no crime. Hildebrando foi condenado a mais de cem anos de cadeia.
O ex-deputado Sérgio Naya também se destaca na lista de parlamentares cassados. Ele perdeu o mandato em 1998, depois que parte do edifício Palace II, construído por uma de suas empresas na capital fluminense, desabou. Oito pessoas morreram e a tragédia poderia ter sido maior - um segundo desmoronamento ocorreu quando o prédio já havia sido evacuado. As investigações mostraram erros grosseiros na execução da obra. O concreto empregado, provavelmente produzido com areia de praia, se esfarelava facilmente. Naya foi cassado pelos colegas por um placar de 277 votos a 163.

Os deputados cassados desde a redemocratização

Pedro Corrêa (PP-PE) - 2006


O parlamentar pernambucano foi um dos três deputados cassados por participação no escândalo do mensalão. Ficou provado que ele ordenou que um assessor sacasse 700.000 depositados pelo publicitário Marcos Valério. Corrêa, que era presidente do partido, embolsou o dinheiro após prometer apoio ao governo Lula.  Em 2012, o ex-deputado acabou condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, mas ainda não começou a cumprir a pena.

José Dirceu (PT-SP) - 2005

Ex-ministro da Casa Civil e braço direito do ex-presidente Lula, José Dirceu foi o segundo deputado a deixar a Câmara dos Deputados devido ao caso do mensalão. Após deixar o governo, o petista reassumiu seu mandato no Congresso e não conseguiu escapar da punição. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal apontou Dirceu como o responsável por organizar e controlar o esquema ilícito de compra de apoio político no Congresso, condenando-o a dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Dirceu recorreu da decisão e ainda segue em liberdade até que a Suprema Corte conclua a análise dos recursos.  

Roberto Jefferson (PTB-RJ) - 2005

Ao denunciar o esquema do mensalão, o petebista acabou denunciando a si mesmo: reconheceu ter recebido 4 milhões de reais em nome do seu partido. Embora tenha dito que o valor se referia a dívidas de campanha, e não a compra de apoio político, foi punido - e, no ano passado, condenado pelo Supremo Tribunal Federal como um dos beneficiários do esquema de compra de apoio político pelo governo petista.

André Luiz (PMDB-RJ) - 2005


O deputado federal André Luiz, então parlamentar pelo PMDB carioca, tentou extorquir o bicheiro Carlinhos Cachoeira em 2004. O esquema era o seguinte: o parlamentar retiraria o nome de Cachoeira do relatório final da CPI da Loterj, na Asembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em troca de 4 milhões de reais. As negociações para livrar Cachoeira do indiciamento, ainda em 2004, foram gravadas e publicadas pela imprensa quando o parlamentar havia se tornado deputado federal. André Luiz foi cassado por 311 votos favoráveis e 104 contrários. Ele morreu em maio deste ano vítima de um acidente vascular cerebral.

Hildebrando Pascoal (PFL-AC) - 1999

O deputado federal Hildebrando Pascoal, assim como seus colegas do Congresso Nacional, foi cassado em plenário por quebra de decoro parlamentar. A motivação, no entanto, está longe de casos de condenação mais comuns dentro do parlamento. Hildebrando foi acusado de chefiar um grupo de extermínio responsável pela morte de mais de sessenta pessoas. O caso mais assustador lhe rendeu a alcunha de Homem da Motoserra, por causa da arma utilizada em um assassinato. Hildebrando foi condenado a mais de cem anos de cadeia.  

Talvane Albuquerque (PTN-AL) - 1999

Um dos casos mais escandalosos da história da Câmara. O deputado foi punido porque mandou matar a também parlamentar Ceci Cunha, que era da mesma coligação e acabara de ser diplomada para assumir o posto no Congresso. Três parentes de Ceci também foram mortos na chacina. Com a morte, Talvane - que era suplente - herdaria o posto da colega. E foi o que aconteceu, meses antes de ele ser cassado. O criminoso, que também chegou a ser preso por ligação com outro assassinato, perdeu o mandato por 427 votos a 29. Ele está preso, após ter sido condenado a 103 anos de prisão.

Sergio Naya (PPB-MG) - 1998

É um dos poucos parlamentares punidos por atos cometidos fora do exercício do mandato. Foi cassado após o desmoronamento do edifício Palace II, no Rio de Janeiro, construído por uma de suas empresas. Oito pessoas morreram na tragédia, causada pela utilização de material de péssima qualidade na obra. O concreto empregado, provavelmente produzido com areia de praia, se esfarelava com facilidade. Naya foi cassado pelos colegas por um placar de 277 votos a 163. Chegou a ser condenado à prisão, mas passou poucos meses preso e morreu em liberdade, em 2009

Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) - 1994


Presidente da Câmara dos Deputados entre 1991 e 1992 e responsável por comandar o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) foi cassado em 1994, durante da CPI dos Anões do Orçamento. Ele foi acusado de envolvimento em um esquema de desvio de verbas públicas. Em 2000, o Supremo Tribunal Federal arquivou o processo no qual o peemedebista estava envolvido. Pinheiro, que sempre alegou inocência, voltou à Câmara em 2006, onde cumpriu o mandato de deputado até 2010.

Raquel Cândido (PTB-RO) - 1994

A parlamentar perdeu o mandato em decorrência da CPI dos Anões do Orçamento. Foi cassada por desviar 800 000 dólares que deveriam ter sido destinados à assistência social. Três anos antes, ela já havia se destacado no noticiário por acusar o colega Nobel Moura (PTB-RO) de ligação com o narcotráfico. Moura, que acabou cassado em 1993, agrediu Raquel Cândido com socos.

José Geraldo (PMDB-MG) - 1994

Mais um “anão do orçamento”, o peemedebista José Geraldo Ribeiro ganhou o apelido de “Quinzinho” em uma referência ao percentual que costumava cobrar de propina: 15%. O parlamentar foi acusado de desviar recursos da verba orçamentária para associações culturais criadas ou controladas por ele. Em 2007, treze anos após a perda do mandato, o Ministério Público Federal o denunciou pelo desvio de 100 milhões de cruzeiros reais – cerca de 280 mil reais. 

Feres Nader (PTB-RJ) - 1994

Apesar de não estar em exercício do mandato, Feres Nader (PTB-RJ) teve seus direitos políticos cassados em 1994 – mais um parlamentar a entrar na degola da farra do Orçamento. Nader, que era suplente de Fábio Raunheitti, também cassado, foi responsabilizado pela drenagem de 4 milhões de dólares de verba pública para entidades presididas por ele mesmo, localizadas no Rio de Janeiro. O desvio aconteceu em 1989, quando ele era deputado federal.

Fábio Raunheitti (PTB-RJ) - 1994


O deputado Fábio Raunheitti (PTB-RJ) também foi derrubado pela CPI dos Anões do Orçamento. Dono de uma rede de faculdades particulares no Rio de Janeiro, o parlamentar carioca desviou verbas da União, originalmente destinadas para o Ministério da Educação (MEC), para seus negócios privados. De acordo com a Polícia Federal, a faculdade Sesni recebeu cerca de 15 milhões de reais provenientes do Orçamento federal.

Carlos Benevides (PMDB-CE) - 1994


Filho do ex-presidente do Senado Mauro Benevides, Carlos Benevides envolveu-se na máfia que resultou na CPI dos Anões do Orçamento, que investigou o desvio de recursos do orçamento federal para empresas laranja e cassou seis parlamentares. O peemedebista foi responsabilizado pelo repasse do dinheiro público para 54 entidades sociais do Ceará – os órgãos, porém, não existiam. Apesar da influência do pai, Carlos não conseguiu fugir da cassação: perdeu o mandato por 297 favoráveis e 116 contrários.  

Takayama (PFL-MT) - 1993


Itsuo Takayama foi cassado por receber dinheiro para migrar para o antigo PSD, em um período no qual o troca-toca partidário era mais frequente. O parlamentar, que nunca mais conseguiu se eleger, é irmão de outro deputado federal: Hidezaku Takayama (PSC-MT).

Onaireves Moura (PTB-PR) - 1993


Foi punido pro coordenar o pagamento de propina para que parlamentasse migrassem para o antigo PSD - depois de ser o primeiro a aderir ao esquema. Em 2000, enquanto ocupava a presidência da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves (Severiano, ao contrário) preso por sonegação fiscal.

Nobel Moura (PTB-RO) - 1993

Acusado de receber propina para ingressar no antigo PSD. Antes disso, já havia agredido com um soco a deputada Raquel Cândido (PTB-RO). Depois de perder o mandato, continuou a cometer atrocidades: em 2001, foi condenado pelo assassinato de um radialista. Hoje, se dedica à Igreja da Dimensão do Povoamento Mundial, da qual é fundador.

Jabes Pinto Rabelo (PTB-RO) - 1991

Primeiro deputado cassado após a redemocratização do país, Jabes Rabelo tirou proveito do cargo para ajudar uma quadrilha de tráfico de drogas. O irmão do petebista, Abidiel Pinto Rabelo, foi flagrado com 554 quilos de cocaína e, em meio a seus pertences, havia uma carteirinha de assessor parlamentar falsificada. Ao prender o familiar do deputado, a polícia descobriu que Abidiel utilizava a carteira de assessor para intimidar fiscais e agentes e, dessa forma, ter o caminho livre para o tráfico. A credencial foi concedida por Jabes Rabelo.