quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eles sabem muito bem como se prevenir

Saiba como se testa e aprova um novo tratamento


Em Paris
Ao aprovar a utilização de tratamentos não homologados na luta contra a febre hemorrágica provocada pelo vírus ebola, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu abreviar um procedimento de entrada no mercado que pode demorar anos.

Segundo a agência francesa do medicamento ANSM, o desenvolvimento por um laboratório de uma molécula até a comercialização do medicamento precisa de dez a quinze anos de pesquisas para explorar todos os aspectos.

Após estudos experimentais em modelos animais ou celulares, o laboratório solicita o aval das autoridades de saúde antes de realizar testes clínicos em seres humanos (ou estudos clínicos) destinados a avaliar a eficácia e a tolerância de um tratamento.

O teste é desenvolvido normalmente em três etapas:



- a fase 1 permite avaliar a tolerância e a ausência de efeitos colaterais em um pequeno grupo de voluntários saudáveis (em geral menos de 100).

- a fase 2 permite estimar a eficácia da molécula e determinar sua dose certa. É realizada, em geral, em poucas centenas de pessoas.

- a fase 3 compara o tratamento a um placebo ou a um tratamento de referência com mil pessoas. O objetivo é mostrar a eficácia e avaliar a relação eficácia/tolerância.



Após os estudos clínicos, que podem durar entre cinco e seis semanas, o laboratório dirige um pedido de autorização de entrada no mercado à autoridade de saúde competente. Na Europa, trata-se, em geral, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), enquanto nos Estados Unidos o laboratório deve se dirigir primeiro à Food and Drug Administration (FDA).

Para obter esta autorização, o novo tratamento deve, a princípio, apresentar uma relação benefício/risco ao menos equivalente à dos produtos já comercializados.

Se nenhum tratamento estiver disponível, o procedimento de autorização pode se acelerar por razões compassivas: por exemplo, no caso das "autorizações temporárias de utilização" concedidas na França para permitir que certos doentes em fase terminal utilizem medicamentos que ainda não foram colocados no mercado.

Após sua comercialização, o medicamento permanece sob vigilância, com uma avaliação permanente dos efeitos colaterais conhecidos ou identificados novamente. Em caso de risco para a saúde, pode ser retirado do mercado.
Leia mais em: http://zip.net/blpgtH

Se não abrirem o olho com este virus vai ser outra matança em massa, e o Brasil tem que tomar cuiado pois por aqui se entra de qualquer jeiro nas fronteiras e nos aeroportos.

OMS aprova uso de medicamento experimental contra vírus ebola


Do BOL, em São Paulo
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Epidemia de ebola na África provoca temor mundial82 fotos

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12.ago.2014 - Profissionais da saúde transportam o corpo de um homem encontrado morto, com suspeita de contágio pelo vírus ebola, em uma rua de Monrovia, capital da Libéria. A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou que é ético usar drogas e vacinas não testadas contra a epidemia de ebola que já matou pelo menos 1.013 das mais de 1.848 pessoas infectadas em Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria Leia mais Abbas Dulleh/ AP
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o Comitê de Ética da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou em reunião o uso de tratamentos não homologados para lutar contra a febre hemorrágica do ebola.
"Diante das circunstâncias da epidemia, e sob certas condições, o comitê concluiu que é ético oferecer tratamentos --cuja eficácia ainda não foi demonstrada, assim como os efeitos colaterais-- como potencial terapia ou de caráter preventivo", afirma a nota da OMS divulgada na terça-feira (12).
Até o momento não existe nenhum tratamento licenciado ou vacina contra o vírus.
O uso do medicamento experimental ZMapp em dois americanos infectados com o vírus quando trabalhavam na África provocou um intenso debate ético.
Um padre espanhol pode ter recebido o coquetel em Madri, mas o hospital não confirma a informação --ele morreu no hospital.
O uso do medicamento parece ter apresentado resultados promissores nos norte-americanos, embora não haja estudo científico que confirme a sua eficácia.
A empresa americana Mapp Biopharmaceutical, que produz o coquetel, informou na segunda-feira que enviou seu estoque para o oeste da África.
A quantidade existente da droga, no entanto, é de apenas 12 doses. A composição só foi testada em macacos, e não há evidências de que seja efetiva ou mesmo segura para o organismo humano.
"É provável que o número de doses disponíveis para um estudo mais aprofundado ou para implantação no final de 2014 continuará a ser insuficiente para atender à demanda", disse o comunicado.
O comitê condicionou o uso dos tratamentos a uma "transparência absoluta sobre os cuidados, a um consentimento informado, à liberdade de escolha, à confidencialidade, ao respeito das pessoas, à preservação da dignidade e à implicação das comunidades".
Ainda segundo a OMS, os testes clínicos de duas potenciais vacinas começarão a ser feitos no final de setembro, afirmou a subdiretora-geral da organização, Marie-Paule Kieny. Espera-se ter "informação preliminar, mas suficiente, sobre sua segurança em humanos no fim de ano", segundo a entidade.
EPIDEMIA
A África Ocidental vive o maior surto de ebola desde que a doença foi descoberta, em 1976, com a grande maioria das vítimas registradas em três países: Guiné, Libéria e Serra Leoa.
O número de mortes provocadas pelo vírus ebola superou a barreira de mil, com 1.013 óbitos e 1.848 casos registrados, segundo o balanço da OMS, divulgado nesta terça, que não contabiliza a morte do espanhol.
Entre 7 e 9 de agosto, 11 novos casos e sete mortes foram registrados na Guiné, 45 novos casos e 29 mortes na Libéria, e 13 novos casos e um óbito em Serra Leoa.
Leia mais em: http://zip.net/bqph8L

É por isto que o Pais não vai pra frente o povo só quer sugeira e não está preocupado com mudançãs serias.

Da cadeia às urnas: políticos que já foram presos disputam as eleições

Leandro Prazeres, Jorge Estevão e Carlos Madeiro
Do UOL, em São Paulo, Cuiabá e Maceió
Ainda que não haja estatísticas oficiais sobre o assunto, o eleitor brasileiro terá de lidar, novamente, com um fenômeno inusitado nestas eleições: candidatos que foram presos pela polícia e que e que disputam cargos eletivos neste ano.
Especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo UOL afirmam que a brecha na legislação brasileira que permite esse tipo de prática é um "mal necessário" para proteger candidatos contra perseguição política, mas que também beneficia políticos envolvidos em escândalos de corrupção e outros crimes.
Desde a lei da anistia de 1979, que devolveu direitos políticos a perseguidos e presos políticos durante a ditadura militar, o eleitor brasileiro tem se acostumado a ver candidatos que já frequentaram a cadeia disputando as eleições.
Em boa parte dos casos registrados após o fim do regime militar, as prisões são motivadas por acusações de envolvimento em esquemas de corrupção ou crimes como agressão ou assassinato.

Paulo Maluf

O candidato à reeleição como deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) é, talvez, um dos mais famosos entre os que já foram presos. Em setembro de 2005, Maluf e seu filho, Flávio, foram presos pela Polícia Federal, em São Paulo. Eles eram acusados de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Flávio Florido/UOL
Ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf foi preso em 2005
Maluf ficou preso por 40 dias e foi libertado graças a um habeas corpus. Em 2007, ele foi condenado por autoridades americanas por auxiliar na remessa irregular de dinheiro público para os Estados Unidos.
Seu nome consta na lista de procurados pela Interpol. Mesmo com tantos revezes, Paulo Maluf, que foi governador e prefeito de São Paulo, foi eleito deputado federal em 2010 e busca a reeleição neste ano.
A reportagem do UOL procurou o deputado federal, mas sua assessoria de imprensa não respondeu aos questionamentos feitos até a conclusão deste texto.

José Roberto Arruda

José Roberto Arruda (PR-DF) entrou para a história como o primeiro governador brasileiro a ir para a cadeia por corrupção no curso de seu mandato. Arruda foi preso no dia 11 de fevereiro de 2010, acusado de comandar um esquema de pagamento de propina no governo do Distrito Federal que ficou conhecido como "Mensalão do DEM".
Arruda ficou preso em uma cela da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal por quase dois meses. No dia 12 de abril do mesmo ano, uma decisão da Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou sua libertação.
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José Roberto Arruda é preso no DF8 fotos

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Manifestante usa imagem simbolizando um ladrão para protestar contra José Roberto Arruda (sem partido) em frente à sede da Polícia Federal em Brasília; o governador do DF teve a prisão preventiva decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e se entregou à PF Leia mais Lula Marques/Folha Imagem
Após passar quase quatro anos longe dos holofotes, Arruda, que já havia renunciado ao seu mandato de senador em 2001 por seu envolvimento no caso da violação do painel de votações do Senado, voltou à cena e lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo do Distrito Federal.
Na última terça-feira (12), o TRE do Distrito Federal rejeitou o registro de candidatura de Arruda com base na lei da Ficha Limpa. No mês passado, Arruda viu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal manter uma condenação contra ele por improbidade administrativa. A defesa do candidato afirmou que irá recorrer da decisão do TRE para continuar na disputa.
Segundo a assessoria de imprensa do candidato, a "prisão de Arruda foi resultado de uma armação. Os documentos dessa armação estão publicados e à disposição da população no site www.golpede2009.com.br".

José Riva

Em maio deste ano, o deputado estadual José Riva (PSD-MT) foi preso pela PF durante a Operação Ararath 5, que investigava a atuação de um suposto braço político do crime organizado em Mato Grosso. Riva é tido como um dos responsáveis pela quadrilha. A estimativa é que o esquema do qual Riva faria parte tenha movimentado em torno de R$ 500 milhões. Após três dias, Riva foi solto por decisão do ministro Dias Toffoli, do STF.
Divulgação
Riva responde a mais e 100 processos e foi preso em 2014
Apesar de responder a pelo menos 144 ações judiciais (22 penais e 122 ações civis públicas), Riva é considerado um dos políticos mais influentes de Mato Grosso e, segundo pesquisa Ibope divulgada na última quinta-feira (7), tinha 13% das intenções de voto no Estado.
Em nota, o candidato afirma que a sua candidatura é uma oportunidade para explicar os processos aos quais responde para a sociedade. "Não vou correr. Eu não desviei dinheiro, não roubei", diz a nota.
Na última quinta-feira (7), a Justiça Eleitoral de Mato Grosso indeferiu o registro de candidatura de Riva. A assessoria do candidato afirmou que iria recorrer da decisão junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que lhe daria, temporariamente, o direito de continuar na disputa.

Morte e corrupção em AL

Em Alagoas, o ex-prefeito da cidade de São Luís do Quitunde (a 43 quilômetros de Maceió) Cícero Cavalcante (PMDB) foi preso pela PF acusado de desvio de dinheiro público e agora tenta uma vaga no Parlamento estadual. Ele foi detido em 2005, durante a Operação Guabiru, acusado de desvio de verbas da merenda escolar. Ele responde a processo na Justiça Federal, mas nega a fraude.
Em dezembro de 2009, foi preso novamente, agora acusado de tramar a morte do suplente de vereador José Geraldo Renovado de Cerqueira, em 2007. Ficou detido, porém, por menos de 24 horas.  "Eu não tinha nada contra o rapaz. Sou incapaz de matar um mosquito", disse à época.
Ainda no interior de Alagoas, a ex-prefeita de Estrela de Alagoas (a 119 quilômetros de Maceió) Ângela Garrote (PP) chegou a ficar presa por 37 dias, em 2013, acusada de um desvio de verbas relativas aos anos de 2009, 2010 e 2011.
As fraudes teriam ocorrido em licitações para obras que deveriam melhorar a infraestrutura de diversos setores da cidade. A ex-prefeita nega as irregularidades e responde a processo.

Roberto Sobrinho

Em Rondônia, o ex-prefeito da capital Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) é outro que deixou a cadeia para tentar uma vaga no parlamento estadual.
Sobrinho foi preso pela PF no dia 9 de abril de 2013 durante a Operação Luminus. Foi solto no dia seguinte graças a um habeas corpus.

Divulgação
Ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho foi preso em 2013
Segundo o Ministério Público do Estado de Rondônia, Sobrinho é acusado de comandar um esquema de corrupção instalado na prefeitura da capital e que usava funcionários da Edmur (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano) para cobrar propina.
Sobrinho, que antes da prisão era apontado como o principal nome do PT para a disputa do governo de Rondônia em 2014, agora disputa uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado.
A reportagem do UOL procurou o ex-prefeito de Porto Velho e candidato a deputado estadual, mas ele não atendeu às ligações feitas para seu telefone celular. A reportagem também ligou para seu advogado, Diego Vasconcelos, mas ele não também não retornou as chamadas.
Leia mais em: http://zip.net/bkphlP