domingo, 18 de agosto de 2019

Vaibam que vida tem em todos os lugares e não ´so aqui.

Planetas que brilham no escuro têm boas chances de abrigar vida alienígena

Estudo sugere que seres em mundos que orbitam estrelas anãs vermelhas usariam a biofluorescência para se proteger da forte radiação das erupções solares

Achar vida fora da Terra é uma das tarefas mais fascinantes (e ingratas) da ciência moderna. Pense na dificuldade de encontrar criaturas habitando mundos a anos-luz daqui. E não é só isso: nada garante que a vida alienígena siga a fórmula da vida como a conhecemos, à base de carbono e de água. É como procurar uma agulha feita de material desconhecido em um palheiro. 
Recentemente, pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, tiveram um novo insight que pode ser útil nessa árdua busca. Eles imaginaram como organismos vivendo em mundos que orbitam estrelas anãs vermelhas sobreviveriam às intensas rajadas de radiação que, de tempos em tempos, elas ejetam em terríveis erupções. Justamente por estarem submetidos a doses elevadíssimas de raios ultravioleta, tais seres iriam precisar de algum tipo de mecanismo protetor. E, para eles, a biofluorescência cairia como uma luva.
Além de blindá-los contra os efeitos nocivos da radiação, a reação luminosa pode se tornar tão forte durante as erupções a ponto de ser tranquilamente identificável mesmo de outro sistema solar. Basta ter um telescópio potente o bastante para captar o brilho. E, para nossa sorte, dentro de poucos anos, instrumentos desse porte estarão em funcionamento. 
Nova forma de busca
“É um jeito completamente novo de procurar vida no Universo. Apenas imagine um mundo alienígena brilhando suavemente em um telescópio poderoso”, disse em um comunicado o astrônomo líder da pesquisa, Jack O’Malley-James, pesquisador do Instituto Carl Sagan, em Cornell. Os cientistas não precisaram ir longe para entender como seria esse brilho – foi só olhar para corais que usam o mesmo mecanismo para suavizar a radiação UV do Sol.
Eles convertem os raios ultravioleta em luz visível, criando o belo efeito brilhante. “Essa biofluorescência pode expor biosferas escondidas em novos mundos através de seus brilhos temporários, quando a erupção de uma estrela atinge o planeta”, disse a astrônoma Lisa Kaltenegger, diretora do Instituto Carl Sagan e co-autora do artigo publicado nesta terça (13), no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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