Por Sebastian Rocandio
PETRÓPOLIS (Reuters) - Cercada de lama e destroços, a comerciante Regiane Dias observava aos prantos, nesta quarta-feira, o rastro de destruição deixado em seu bar após as fortes chuvas que atingiram Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
As paredes verdes ainda sujas e dezenas de garrafas de bebidas destruídas em seu comércio refletem o terror vivido por Regiane e outros comerciantes da cidade na terça-feira, quando um temporal varreu o local, provocando desabamentos e deixando ao menos 44 mortos e centenas de desabrigados.
"Dois metros de altura de água, muito, muito mesmo. Muita água, muita água, ninguém nunca viu isso. Nunca, nunca a gente viu isso o que aconteceu aqui ontem. Sei nem o que falar, perdemos tudo, só isso", disse a comerciante em lágrimas.
De acordo com autoridades, apenas na tarde de terça-feira, choveu em Petrópolis o volume esperado para todo o mês de fevereiro.
Outros proprietários de comércio retiravam os rejeitos e limpavam o que sobrou de seus estabelecimentos comerciais. "Veio arrebentando tudo (a chuva), a pressão da água veio levando tudo", acrescentou o também comerciante Henrique Pereira, citando prejuízo total entre os vendedores da região.
"Todo mundo nesta calçada teve prejuízo de 100%. Realmente, foi bem difícil. Agora o recomeçar que vai ser bem difícil."
(Reportagem adicional de Patrícia Vilas Boas)
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