Ciência
Astronomia
Água é descoberta, pela primeira vez, na atmosfera de exoplaneta do tamanho de Netuno
O HAT-P-11b é o menor planeta fora do Sistema Solar encontrado pelos cientistas a apresentar essas condições. A descoberta, publicada na revista 'Nature', é mais um passo rumo à identificação de mundos que possam abrigar vida
O planeta HAT-P-11b, que possui um raio quatro vezes maior
que o da Terra e está localizado na constelação de Cisne, a 122
anos-luz (cada ano luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros)
(David A. Aguilar/CfA/Reprodução/VEJA.com)
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Water vapour absorption in the clear atmosphere of a Neptune-sized exoplanet
Onde foi divulgada: revista Nature
Quem fez: Jonathan Fraine, Drake Deming, Bjorn Benneke, Heather Knutson, Andrés Jordán, Néstor Espinoza, Nikku Madhusudhan, Ashlee Wilkins, Kamen Todorovn
Instituição: Universidade de Maryland, EUA, Pontifícia Universidade Católica do Chile, Chile e outras
Resultado: Os pesquisadores detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera do exoplaneta HAT-P-11b, do tamanho de Netuno. É o menor planeta fora do Sistema Solar a apresentar essas condições.
Com um raio quatro vezes maior que o de nosso planeta e localizado na
constelação de Cisne, a 124 anos-luz (cada ano-luz equivale a 9,46
trilhões de quilômetros), o HAT-P-11b possui uma camada de nuvens sobre
sua superfície fria e gasosa que permitiu a análise da composição de sua
atmosfera e revelou a presença de água.Título original: Water vapour absorption in the clear atmosphere of a Neptune-sized exoplanet
Onde foi divulgada: revista Nature
Quem fez: Jonathan Fraine, Drake Deming, Bjorn Benneke, Heather Knutson, Andrés Jordán, Néstor Espinoza, Nikku Madhusudhan, Ashlee Wilkins, Kamen Todorovn
Instituição: Universidade de Maryland, EUA, Pontifícia Universidade Católica do Chile, Chile e outras
Resultado: Os pesquisadores detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera do exoplaneta HAT-P-11b, do tamanho de Netuno. É o menor planeta fora do Sistema Solar a apresentar essas condições.
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Essas condições são raras, pois, até o momento, só era possível analisar a composição atmosférica de grandes planetas gasosos, similares a Júpiter. Os planetas menores normalmente são cobertos por densas nuvens, compostas por todos os tipos de elementos, que impedem a análise das camadas mais profundas da atmosfera. Há décadas, esse é um obstáculo para estudar planetas do sistema solar como Júpiter, coberto de nuvens estratificadas de amoníaco, e Vênus, onde se estendem grossas nuvens de ácido sulfúrico.
A atmosfera clara do HAT-P-11b, entretanto, revelou, além de moléculas de vapor de água, também hidrogênio e vestígios de átomos pesados.
Espectro luminoso — Dada a impossibilidade de enviar sondas espaciais para estudar distantes exoplanetas, os cientistas tratam de estabelecer sua composição atmosférica a partir de informações do espectro electromagnético que chega à Terra. Assim, a partir de imagens obtidas pelos telescópios Hubble e Spitzer, os cientistas analisaram a luz emitida pela estrela do planeta através de sua atmosfera. O pesquisador Jonathan Fraine, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e seus colegas perceberam que a luz com comprimento de onda de 1,4 micrômetro era absorvida, o que está dentro do espectro de absorção de moléculas de água.
A presença de água é um dos elementos essenciais para que a vida possa se desenvolver. O achado é considerado chave para compreender a formação e a evolução dessa classe de exoplanetas, segundo aponta o estudo da Nature.
(Com agência EFE)
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