Terceiro refém é executado por extremistas na Síria
David Haines era britânico e trabalhava com ajuda humanitária para refugiados quando foi sequestrado
REDAÇÃO ÉPOCA
14/09/2014 10h49
- Atualizado em
14/09/2014 10h53
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O grupo extremista Estado Islâmico divulgou um novo vídeo mostrando
mais uma execução de um refém ocidental. Desta vez, os jihadistas
assassinaram o britânico David Haines, que trabalhava com ajuda
humanitária no Oriente Médio. É a terceira execução divulgada pelos
extremistas: eles também fizeram vídeos com a morte dos jornalistas
americanos James Wright e James Foley, além de cometer vários crimes de guerra contra as populações de civis na Síria e no Iraque.
>> Grupo extremista islâmico diz ter executado jornalista americano>> Em vídeo, Estado Islâmico afirma que decapitou outro jornalista americano
No vídeo, Haines aparece vestindo uma túnica laranja, ajoelhado ao lado de um militante do Estado Islâmico. Ele olha para a câmera e diz: "O meu nome é David Cawthorne Haines e eu gostaria de declarar que considero David Cameron inteiramente responsável pela minha execução. Cameron juntou-se voluntariamente a uma coligação com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, tal como o seu antecessor, Tony Blair".
O primeiro-ministro do Reino Unido, Davd Cameron, confirmou a execução e prometeu que o seu país fará "o que for necessário" para derrotar o Estado Islãmico. Cameron chamou o grupo extremista de "um monstro" e classificou Haines como um "herói britânico". Outros países também condenaram o assassinato, como o Egito e a Turquia, além do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
David Haines tinha 44 anos e trabalhava para a ONG francesa Acted como voluntário. Ele atuava no campo de refugiados de Atmeh, na fronteira entre a Síria com a Turquia, ajudando a poopulação de refugiados que perdeu suas casas na guerra civil da Síria. Ele foi sequestrado pelo Estado Islãmico há cerca de um ano e meio.
Em nota, a Acted classificou o ato como "um assassinato odiososo". "A Acted está profundamente comovida e horrorizada pelo assassinato odioso de David Haines, que condenamos com a maior força", disse a ONG.
O Estado Islâmico é um grupo considerado como terrorista pelas Nações Unidas. Ele foi criado pela rede al-Qaeda no Iraque mas, ao se envolver na guerra da Síria, acabou cortando os laços com o grupo e passou a agir de forma independente. O Estado Islâmico conseguiu vitórias militares em campanhas na Síria e no Iraque, controlando extenso território na região e proclamando um "califado". Eles defendem uma versão extrema do islamismo sunita e impuseram um regime de terror nas cidades que controla.
bc
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