Califórnia registra mais de cem réplicas após tremor no México
05 de abril de 2010 • 12h36 • atualizado às 13h56
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Terremoto derrubou sapatos da prateleira em uma loja na Califórnia
Foto: Reuters
A região do sul da Califórnia já teve mais de uma centena de tremores secundários desde o terremoto de 7,2 graus Richter que estremeceu ontem a região na fronteira com o México, informou nesta segunda-feira o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A agência, com sede em Golden (Colorado), indicou que o movimento mais recente com uma magnitude acima de 3 graus ocorreu às 11h34 em Brasília e seu centro, a 3,3 km de profundidade, foi a 24 km ao sudoeste de Seeley e 25 km ao sudeste de Ocotillo, na Califórnia.
Uma hora antes na mesma região ocorreu um tremor de 5,1 graus, informou o USGS. Não há informações sobre mortos nos Estados Unidos por causa do sismo que sacudiu o Estado mexicano da Baixa Califórnia. Duas pessoas e mais de 200 ficaram feridas, segundo as autoridades do país.
"Estes tremores secundários são típicos após um terremoto com uma magnitude de 7,2 graus", disse ao jornal Los Angeles Times, a técnica Kate Hutton, da Universidade Tecnológica da Califórnia.
Mortes e prejuízos no México
O governador da Baixa Califórnia, José Guadalupe Osuna, afirmou que a maior parte dos danos ocorreu na cidade de Mexicali, capital de Baixa Califórnia, e nos seus arredores. As mortes aconteceram nessa região.
A primeira ocorreu no Vale de Mexicali, com o desabamento de uma casa. A outra foi causada na capital do Estado, em consequência da queda de um muro. Os feridos foram atendidos pela Cruz Vermelha e em outros hospitais da região.
Osuna detalhou ainda que no Vale de Mexicali vários canais que servem para irrigar 60 mil hectares de plantações ficaram danificados, mas assinalou que a Comissão Nacional de Água (Conagua) já mobilizou equipamentos para retomar a irrigação.
Centenas de acidentes e estradas ficaram danificadas, principalmente as que interligam Mexicali-Tecate e Mexicali-San Felipe, com fluxo intenso nessa época por causa do retorno das férias.
Também houve desmoronamentos na região de La Rumorosa, onde alguns prédios caíram e foram registrados "problemas de infraestrutura em hospitais", e inclusive alguns pacientes estão sendo atendidos ao ar livre ou em tendas de campanha.
As autoridades de Baixa Califórnia instalaram quatro albergues para receber os desabrigados e suspenderam hoje no município de Mexicali as aulas, assim como as atividades culturais e esportivas.
Osuna assinalou que nesta segunda-feira pedirá ao governo federal que declare Mexicali zona de desastre para que possa buscar recursos no Fundo para Desastres Naturais (Fonden).
Falta de luz
Estefano Conde, porta-voz da Comissão Federal de Eletricidade (CFE), o monopólio elétrico estatal do México, disse em declarações que o sismo deixou danos em duas linhas de transmissão entre as cidades de Tijuana e Mexicali, uma das quais já foi consertada.
Houve danos também em 27 subestações, 11 delas já reparadas pela CFE e 16 em processo de restauração, e uma central de geração de energia. "Espero que no decorrer do dia a maior parte energia esteja restabelecida", manifestou Conde.
Somente 30% do serviço está em funcionamento na cidade de Mexicali, onde residem mais de 943 mil pessoas.
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