Ataque israelense a frota de ajuda deixa ao menos 14 mortos
31 de maio de 2010 • 01h03 • atualizado às 03h40
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Ativistas internacionais do grupo IHH dão entrevista antes de partir para Gaza Foto: AP
Ativistas a bordo de uma das seis emabracações, momentos antes de partir para a Palestina
Foto: AP
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Pelo menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ataque israelense hoje à "Frota da Liberdade", um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, informou a televisão israelense pelo Canal 10.
"A imagem que vai se formando dos fatos é que há 14 mortos, não dois como se fala na Turquia", revelou o correspondente de assuntos militares do Canal, Chico Menashé.
O Canal 2 informa que o número de mortos chega entre 16 e 20, mas a informação exata ainda se desconhece por estar sob "censura militar".
Segundo esse canal, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, convocou esta manhã uma reunião em Tel Aviv com todos seus assessores "perante os imprevistos resultados de um ataque que se esperava que transcorresse sem vítimas fatais".
Operação
A operação, ocorrida por volta das 4h (horário local, 22h de Brasília do domingo) em águas internacionais, foi capitaneada por uma das unidades de elite do Exército que não tem experiência em manifestações civis.
Meios de comunicação turcos mostraram imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo.
Em contato telefônico ao vivo com os navios, membros do comboio humanitário, formado em sua maioria por ativistas turcos, informaram que os comandos israelenses abordaram os navios, dispararam com fogo real para reprimir os tripulantes, apesar de estes terem mostrado bandeiras brancas.
O comboio de ajuda internacional é composto por seis navios, três deles turcos, e transporta dez mil toneladas de ajuda humanitária, com o objetivo de romper o bloqueio sofrido pela Faixa de Gaza.
Consequências
O Ministério de Assuntos Exteriores turco tentou ligar para Israel várias vezes desde a partida da frota desde a Turquia para pedir que não interferisse em seu objetivo.
Agora se espera que a diplomacia turca dê uma resposta e se abra um novo capítulo nas críticas relações entre Turquia e Israel, que ficaram abaladas desde o ataque israelense à Faixa de Gaza entre 2008 e 2009.
Em Istambul, centenas de pessoas se concentraram na frente do Consulado de Israel e tentaram entrar nele, mas foram impedidos pela Polícia.
Já em Israel, a polícia foi posta em estado de alerta por temor a distúrbios em Jerusalém Oriental.
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