Astrônomos acham possíveis restos de colisão de planetas
23 de agosto de 2010 • 16h53 • atualizado às 18h08
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Concepção artística mostra como pode ter sido uma colisão entre planetas no sistema de RS Canum Venaticorums
Foto: Divulgação
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Astrônomos observaram com o telescópio espacial Spitzer inesperados discos de poeira em um sistema estelar duplo maduro. Os cientistas, após analisarem os dados, acreditam que a poeira, que não deveria estar lá, pode ter sido resultado de colisões entre planetas.
"Isto é ficção científica na vida real", diz o pesquisador Jeremy Drake, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. "Nossos dados dizem que os planetas neste sistema talvez não tenham tido muita sorte - colisões podem ter sido comuns. É teoricamente possível que planetas habitáveis tenham existido ao redor desse tipo de estrelas, se isso aconteceu para alguma vida lá, ela pode ter sido condenada", diz o cientista, um dos autores da pesquisa publicada no Astrophysical Journal Letters.
Segundo a administração do Spitzer (da Nasa e do Instituto de Tecnologia da Califórnia), os cientistas observaram o par de estrelas RS Canum Venaticorums (abreviado para RS CVns). Curiosamente, as duas estrelas são separadas "apenas" por 3,2 milhões de km, o equivalente a 2% da distância da Terra até o Sol. Os dois astros terminam sua órbita ao redor um do outro em poucos dias.
O tamanho de cada uma das estrelas é similar ao do Sol e sua idade é de provavelmente 1 bilhão ou poucos bilhões de anos - apesar de não ser um cálculo muito preciso, indica que elas teriam a idade aproximada da nossa estrela quando a vida surgiu na Terra. Contudo, esses dois astros orbitam muito rapidamente, o que gera campos magnéticos gigantescos e muito poderosos - o que, por sua vez, gera poderosos ventos estelares.
Esses ventos, segundos os astrônomos, mantêm as estrelas próximas. Como essa proximidade, a influência gravitacional está em constante mudança e isso pode causar distúrbios nos planetas, que podem acabar sendo "expulsos" do sistema ou colidindo uns contra os outros. Os distúrbios podem ter ocorrido inclusive na zona habitável do sistema, onde as temperaturas podem permitir a existência de água no estado líquido.
Poeira inesperada
Segundo os astrônomos, a poeira nesse tipo de sistema é dissipada pelas próprias estrelas em seu estágio maduro. Os cientistas acreditam que algo deve ter sido responsável pelo aparecimento da poeira do sistema. Além disso, o fato de quatro discos de poeira terem sido encontrados indicam que algo muito caótico ocorreu, ou ainda está acontecendo em RS CVns, como a colisão de planetas.
"Isto é ficção científica na vida real", diz o pesquisador Jeremy Drake, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. "Nossos dados dizem que os planetas neste sistema talvez não tenham tido muita sorte - colisões podem ter sido comuns. É teoricamente possível que planetas habitáveis tenham existido ao redor desse tipo de estrelas, se isso aconteceu para alguma vida lá, ela pode ter sido condenada", diz o cientista, um dos autores da pesquisa publicada no Astrophysical Journal Letters.
Segundo a administração do Spitzer (da Nasa e do Instituto de Tecnologia da Califórnia), os cientistas observaram o par de estrelas RS Canum Venaticorums (abreviado para RS CVns). Curiosamente, as duas estrelas são separadas "apenas" por 3,2 milhões de km, o equivalente a 2% da distância da Terra até o Sol. Os dois astros terminam sua órbita ao redor um do outro em poucos dias.
O tamanho de cada uma das estrelas é similar ao do Sol e sua idade é de provavelmente 1 bilhão ou poucos bilhões de anos - apesar de não ser um cálculo muito preciso, indica que elas teriam a idade aproximada da nossa estrela quando a vida surgiu na Terra. Contudo, esses dois astros orbitam muito rapidamente, o que gera campos magnéticos gigantescos e muito poderosos - o que, por sua vez, gera poderosos ventos estelares.
Esses ventos, segundos os astrônomos, mantêm as estrelas próximas. Como essa proximidade, a influência gravitacional está em constante mudança e isso pode causar distúrbios nos planetas, que podem acabar sendo "expulsos" do sistema ou colidindo uns contra os outros. Os distúrbios podem ter ocorrido inclusive na zona habitável do sistema, onde as temperaturas podem permitir a existência de água no estado líquido.
Poeira inesperada
Segundo os astrônomos, a poeira nesse tipo de sistema é dissipada pelas próprias estrelas em seu estágio maduro. Os cientistas acreditam que algo deve ter sido responsável pelo aparecimento da poeira do sistema. Além disso, o fato de quatro discos de poeira terem sido encontrados indicam que algo muito caótico ocorreu, ou ainda está acontecendo em RS CVns, como a colisão de planetas.
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