Candidatura lançada por Collor e Renan pode favorecer preso
04 de fevereiro de 2012 • 08h36
Os senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB) deram o
pontapé inicial nas eleições deste ano em Alagoas e lançaram a deputada
federal Célia Rocha (PTB) à prefeitura da cidade de Arapiraca, no
agreste alagoano - o segundo maior colégio eleitoral do Estado. A
eventual eleição de Célia garantiria imunidade parlamentar ao primeiro
suplente dela, o ex-deputado federal Francisco Tenório (PMN), preso sob
acusação de assassinato.
Para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, Collor e Renan não apareceram no lançamento, mas enviaram o "cacique" da região e representante de ambos: o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB). Célia Rocha é uma das principais aliadas do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Com o lançamento do nome dela, além de causarem constrangimento ao governador, complicam a estratégia do governo estadual em Arapiraca: lançar o secretário Estadual de Articulação Política, Rogério Teófilo, na disputa ao Executivo pela cidade. Rogério e Célia são do mesmo grupo político há 20 anos.
"Lamento muito, muito, muito mesmo", resumiu o governador sobre a candidatura da deputada. "Apoio Rogério Teófilo", disse, evitando associar os nomes de Collor e Renan na disputa. Ele admitiu, no entanto, que deve se candidatar a senador em 2014, disputando uma vaga com o ex-presidente. "Procuro ter com o Collor uma relação cordial e parceira quando necessário para os interesses do Estado. Com o Renan, tenho uma relação antiga, foi meu parceiro político por 20 anos, depois nos distanciamos nesse último pleito. Passada a eleição, nós voltamos a ter um relacionamento político, no sentido suprapartidário, voltado aos interesses do Estado. É uma pessoa com quem aprendi a conviver. (...) O Renan é um político com quem não descarto futuras aliança, mas no momento não está na minha agenda", disse Vilela.
Francisco Tenório, que poderá ser beneficiado com o pleito em Arapiraca, é acusado de participar de um consórcio de deputados para matar o cabo da Polícia Militar, José Gonçalves, na década de 90. Após o crime, segundo as investigações, houve uma festa na fazenda do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PT do B), outro acusado pelo crime.
Na semana passada, o Terra revelou que Tenório realizou uma ceia de Natal na Casa de Custódia de Maceió com autorização da Justiça, com a participação do prefeito afastado da cidade de Traipu. A carceragem foi fechada após a divulgação da reportagem.
Para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, Collor e Renan não apareceram no lançamento, mas enviaram o "cacique" da região e representante de ambos: o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB). Célia Rocha é uma das principais aliadas do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Com o lançamento do nome dela, além de causarem constrangimento ao governador, complicam a estratégia do governo estadual em Arapiraca: lançar o secretário Estadual de Articulação Política, Rogério Teófilo, na disputa ao Executivo pela cidade. Rogério e Célia são do mesmo grupo político há 20 anos.
"Lamento muito, muito, muito mesmo", resumiu o governador sobre a candidatura da deputada. "Apoio Rogério Teófilo", disse, evitando associar os nomes de Collor e Renan na disputa. Ele admitiu, no entanto, que deve se candidatar a senador em 2014, disputando uma vaga com o ex-presidente. "Procuro ter com o Collor uma relação cordial e parceira quando necessário para os interesses do Estado. Com o Renan, tenho uma relação antiga, foi meu parceiro político por 20 anos, depois nos distanciamos nesse último pleito. Passada a eleição, nós voltamos a ter um relacionamento político, no sentido suprapartidário, voltado aos interesses do Estado. É uma pessoa com quem aprendi a conviver. (...) O Renan é um político com quem não descarto futuras aliança, mas no momento não está na minha agenda", disse Vilela.
Francisco Tenório, que poderá ser beneficiado com o pleito em Arapiraca, é acusado de participar de um consórcio de deputados para matar o cabo da Polícia Militar, José Gonçalves, na década de 90. Após o crime, segundo as investigações, houve uma festa na fazenda do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PT do B), outro acusado pelo crime.
Na semana passada, o Terra revelou que Tenório realizou uma ceia de Natal na Casa de Custódia de Maceió com autorização da Justiça, com a participação do prefeito afastado da cidade de Traipu. A carceragem foi fechada após a divulgação da reportagem.
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