N° Edição: 2204
| 03.Fev.12 - 21:00
| Atualizado em 04.Fev.12 - 09:53
DEGELO
Pesquisador dinamarquês observa os efeitos do aquecimento na
Groenlândia. Abaixo, no detalhe, o fotógrafo mineiro Érico Hiller
Uma das revelações que o fotógrafo traz na exposição de 45 imagens (e
em um livro, a ser lançado em março) é o testemunho das pessoas que
vivem nos lugares que estão sendo alterados por conta do aquecimento
global e de outras ações humanas. “Os moradores normalmente não
percebem. São mudanças muito sutis”, diz. “É como perguntar para um
brasileiro que vive nos domínios da Mata Atlântica se ele sabe o tamanho
da ameaça que sofre esse bioma”, diz. “Pouquíssima gente tem real noção
do problema”, completa. A ideia de Hiller, que contou com patrocínio
privado para realizar o projeto, era fazer um inventário de um planeta
minguante. “Ficaria muito feliz se esse trabalho fosse o início de uma
discussão séria sobre os temas retratados. Tentei fazer a minha parte”,
afirma o fotógrafo.
Testemunha do aquecimento
Fotógrafo brasileiro registra ambientes ameaçados pela ação do homem e mostra o resultado em exposição e livro que fazem um alerta sobre o futuro do planeta
Assista à reportagem sobre as tribos mais preservadas da África :
DEGELO
Pesquisador dinamarquês observa os efeitos do aquecimento na
Groenlândia. Abaixo, no detalhe, o fotógrafo mineiro Érico Hiller
Faz calor na Groenlândia, um dos poucos
territórios habitados do Ártico. Deitados sobre uma pedra, turistas
dinamarqueses observam incontáveis blocos de gelo flutuando no mar. Ao
avistar um fotógrafo clicando a cena, uma das mulheres do grupo pergunta
de onde ele é. “Brasil”, responde. A europeia então arremata: “Isto
aqui está igual a Copacabana, não?” A situação, vivenciada pelo
fotógrafo Érico Hiller, demonstra de forma sutil como o planeta está
esquentando. Revela também a posição privilegiada em que ele se
encontrava para realizar as imagens de “Ameaçados – Lugares em Risco no
Século 21”, exposição em cartaz entre os dias 8 de fevereiro e 25 de
março no Museu da Casa Brasileira (São Paulo).
Além da Groenlândia, Hiller esteve no vale do rio Omo, na Etiópia, subiu duas vezes o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, visitou as Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, e percorreu diversos pontos do Brasil para registrar as ameaças à Mata Atlântica. Todas as expedições foram realizadas entre março e dezembro do ano passado. “Queria ver de perto o que eu só ouvia falar a respeito”, diz o mineiro radicado em São Paulo, que em 2008 lançou “Emergentes”, livro no qual registra as mudanças sociais causadas pelo crescimento econômico de China, Índia, México, Argentina, Rússia e, claro, Brasil.
Além da Groenlândia, Hiller esteve no vale do rio Omo, na Etiópia, subiu duas vezes o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, visitou as Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, e percorreu diversos pontos do Brasil para registrar as ameaças à Mata Atlântica. Todas as expedições foram realizadas entre março e dezembro do ano passado. “Queria ver de perto o que eu só ouvia falar a respeito”, diz o mineiro radicado em São Paulo, que em 2008 lançou “Emergentes”, livro no qual registra as mudanças sociais causadas pelo crescimento econômico de China, Índia, México, Argentina, Rússia e, claro, Brasil.
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