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Telescópio inaugurado na Austrália vai ajudar a prever tempestades solares
Equipamento será usado para estudar atividade solar e presença de lixo espacial, podendo levar à economia de bilhões de dólares em danos a satélites
O radiotelescópio faz parte de um projeto maior, Square
Kilometre Array, que pretende estudar as origens do Universo
(Natasha Hurley Walker/Divulgação)
O telescópio foi instalado no deserto australiano, longe de qualquer cidade, para fugir das ondas de rádios FM
Além de alertar para a intensidade da atividade solar, o equipamento também analisará sinais de radio FM para investigar a existência de lixo espacial perigoso em volta do planeta, que ameace outros satélites ou missões espaciais. Juntas, as duas tecnologias podem resultar numa economia de bilhões de dólares.
Telescópio no deserto — O MWA custou 52 milhões de dólares e foi construído por instituições de quatro países: Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia e Índia. Ele é o primeiro de três projetos internacionais planejados para formar o Square Kilometre Array (SKA), um radiotelescópio de dois bilhões de dólares, com estações espalhadas na Austrália e na África do Sul, que vai investigar a Via Láctea e regiões remotas do Universo.
O novo telescópio irá investigar ondas de rádio em frequências que vão de 80 até 300 megahertz. As rádios FM costumam operar dentro dessa margem, o que tornaria sua operação impossível perto de lugares habitados. Por isso, ele foi instalado em um ponto remoto no oeste australiano, em meio ao deserto.
Origens do Universo — Os pesquisadores também esperam que o WMA ajude a estudar os gases que cercavam as primeiras galáxias do Universo. Para isso, eles pretendem utilizar suas antenas para analisar ondas de rádio emitidas há 13 bilhões de anos, menos de um bilhão de anos após o Big Bang. "Esse é um cenário empolgante para qualquer um que já tenha olhado para o céu e se perguntado como o Universo surgiu”, diz Steven Tingay, diretor do MWA e professor de astronomia radioativa da Universidade de Curtin, na Austrália.
Entre outras instituições envolvidas na construção do telescópio estão a Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, e a Universidade de Sidney, na Austrália.
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