IDH das cidades do Brasil avança 47,5% em 20 anos
O Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revela um expressivo avanço do Brasil nos últimos 20 anos, mas também um quadro em que a educação se mantém como o principal desafio do país.A classificação do IDHM do Brasil mudou de 'muito baixo' (0,493 em 1991) para 'alto' (0,727). É considerado 'muito baixo' o IDHM inferior a 0,499, enquanto que a pesquisa chama de 'alto', o indicador que varia de 0,700 a 0,799.
Educação puxa para baixo
O subíndice educação, uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho do país. Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0,637, enquanto que os subíndices renda (0,739) e longevidade (0,816) alcançaram níveis maiores.Entenda a escala
Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010.
Ranking do IDH das cidades no Brasil
Cidade | Pontuação no IDHM |
São Caetano do Sul (SP) | 0,862 |
Águas de São Pedro (SP) | 0,854 |
Florianópolis (SC) | 0,847 |
Vitória (ES) | 0,845 |
Balneário Camboriú (SC) | 0,845 |
Santos (SP) | 0,840 |
Niterói (RJ) | 0,837 |
Joaçaba (SC) | 0,827 |
Brasília (DF) | 0,824 |
Curitiba (PR) | 0,823 |
- Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013
"A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", afirmou.
Expectativa de vida melhora
O componente da longevidade, por sua vez, que é calculado pela expectativa de vida da população ao nascer, é a área na qual o Brasil apresenta melhor pontuação.É o único componente que está na faixa classificada pela pesquisa como um IDHM 'muito alto', quando o índice ultrapassa 0,800. Desde 1991 como o subíndice mais bem avaliado, foi também na longevidade em que a variação ao longo dos últimos 20 anos foi menor.
O IDHM longevidade era de 0,662 em 1991, de 0,727 em 2000 e de 0,816, na atual edição.
Renda tem ganho de R$ 346 em 20 anos
Já a renda mensal per capita saltou 14,2% no período, o que corresponde a um ganho de R$ 346,31 em 20 anos.As três instituições que elaboram o Atlas - PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro - ressaltam que 73% dos municípios avançaram acima do crescimento da média nacional.
No entanto, há 11% de municípios com IDHM Renda superior ao do Brasil, "evidenciando a concentração de renda do país".
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