Estrelas de nêutrons, como a viúva negra, têm campo magnético muito forte
Foto: eli007 / Pixabay Astrônomos da Universidade de Stanford informaram na
terça-feira (26) que uma estrela de nêutrons descoberta em 2017, a mais
pesada registrada até hoje, foi apelidada de “viúva negra” por ter
destruído e consumido quase toda a massa de seu companheiro estelar. Por
ter 2,35 vezes a massa do nosso Sol, ela é exemplo de como astros podem
evoluir antes de se tornar um buraco negro e sugar tudo ao ser redor.
Quando
um astro explode em uma supernova, seu núcleo magnetizado suga
materiais de outras estrelas ao seu redor, como um ímã. Enquanto isso,
permanece em rotação constante, igual a uma lanterna de farol marítimo.
Assim é formada uma estrela de nêutrons, conhecida também como “pulsar”.
A PSR J0952–0607 recebeu o nome de "viúva negra" em homenagem às aranhas
que praticam canibalismo sexual. Segundo informações obtidas pela
Reuters, o corpo celeste já adquiriu massa 20 vezes maior que o maior
planeta do nosso Sistema Solar: Júpiter.
Localizada a aproximadamente 20 mil anos-luz da Terra —
ou 9,5 trilhões de quilômetros, ainda na nossa Via-Láctea, a "viúva
negra" segue em constante expansão. Apesar de ser a estrela mais pesada
da galáxia atualmente, há ainda outros corpos celestes gigantes que
surpreenderam cientistas e merecem ser mencionados.
Westerhout 49-2 (Westerhout 49)
Pesando
250 vezes a mais que o nosso Sol, a Westerhout 49-2 é a estrela mais
pesada e brilhante do universo até o momento. Ela fica fora da
Via-Láctea, na região de Westerhout 49 — descoberta por Gart Westerhout,
em 1958. Sua temperatura é de aproximadamente 35.500 graus kelvin,
sendo 55 vezes mais quente que a superfície do Sol.
BAT99-98 (Grande Nuvem de Magalhães)
Em
segundo lugar, a BAT99-98 aparece com massa de 226 sóis. Localizada na
Grande Nuvem de Magalhães — uma das galáxias próximas à Via-Láctea —, a
estrela faz parte da Nebulosa da Tarântula. Estima-se que o corpo
celeste tenha perdido massa de 20 sóis desde seu nascimento.
R136a1 (Grande Nuvem de Magalhães)
Com
massa 196 vezes maior que o nosso Sol, a R136a1 é um dos corpos
celestes mais pesados do universo. Localizada na Grande Nuvem de
Magalhães, no meio da Nebulosa da Tarântula, a R136a1 também é uma das
estrelas mais brilhantes. Segundo um estudo publicado em 2016, o objeto
pode ter entre 100 mil e 1 milhão de anos de idade.
Melnick 42 (Grande Nuvem de Magalhães)
Melnick
42 é uma estrela azul gigante localizada na Nebulosa da Tarântula, na
Grande Nuvem de Magalhães. Ela é 21 vezes maior que o nosso astro-rei e
tem massa de 189 sóis, aproximadamente. Esse astro também chama atenção
pela temperatura de 47.300 graus kelvin, sendo 73 vezes mais quente que a
superfície do Sol.
HD 15558 (Via-Láctea)
Com
massa de 152 sóis, o corpo celeste gigante HD 15558 faz parte da
constelação de Cassiopeia, na região do Braço de Perseus. Esse astro é,
na verdade, composto por duas estrelas, formando um sistema binário e
bastante denso. Na Via-Láctea, a HD 15558 é o objeto mais denso da
galáxia.
WR 102ka (Via-Láctea)
Localizada
na constelação de Sagitário, a WR 102ka também é conhecida como Peony
por lembrar o formato da flor peônia. Com massa de aproximadamente 100
sóis, ela é uma estrela do tipo Wolf-Rayet, com emissão intensa de
combinações de gases como hélio e nitrogênio ou hélio, carbono e
oxigênio. Esses objetos se encontram em uma fase avançada de evolução
estelar e perdem massa em frequência muito alta. Eles costumam ser raros
no universo, pois têm expectativas curtas de vida.
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