terça-feira, 9 de agosto de 2022

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Condições de seca atingem 60% das terras da União Europeia e do Reino Unido

Falta de chuva facilitou a propagação e a intensificação dos incêndios florestai; além disso, a Europa também enfrenta ondas consecutivas de calor brutais

Julho foi globalmente um dos três meses mais quentes registrados, cerca de 0,4 graus Celsius acima da média de 1991-2020

Julho foi globalmente um dos três meses mais quentes registrados, cerca de 0,4 graus Celsius acima da média de 1991-2020 Getty Images/EyeEm  

Cerca de 60% das terras da União Europeia e do Reino Unido – uma área maior que o Alasca e o Texas juntos – estão sob aviso ou alerta de seca, de acordo com o Observatório Europeu da Seca.

As descobertas foram baseadas em dados de um período de 10 dias perto do final de julho. O monitor disse que 45% das terras estão agora cobertas por “avisos”, o que significa que há um déficit de umidade no solo, enquanto 15% estão sob o nível mais severo de “alerta”, onde a vegetação está estressada – sofrendo com a falta de água.

Os dados coincidiram com um relatório publicado na segunda-feira (8) pela agência de monitoramento climático da União Europeia Copernicus, que disse que grande parte da Europa experimentou um mês de julho mais seco do que a média, com vários recordes locais quebrados para baixas chuvas no oeste, e seca atingindo várias partes do sudoeste e sudeste do continente.

Essas condições facilitaram a propagação e a intensificação dos incêndios florestais – o que também ocorre quando os países enfrentam ondas consecutivas de calor brutais como agora, momento em que a Europa vivencia um dos verões mais quentes já registrados no continente.

Os novos dados surgem no momento em que o mundo enfrenta uma crise alimentar que está reduzindo à medida que a Rússia suspende seu bloqueio às exportações de grãos da Ucrânia.

Os problemas climáticos extremos e a falta de cadeia de suprimentos pioraram a crise e provavelmente persistirão por algum tempo.

Um relatório recente do Centro Comum de Investigação, o serviço científico da Comissão Europeia, prevê uma queda de 8 a 9% na produção de milho, girassol e soja na UE devido às condições quentes e secas durante o verão, bem abaixo da média anual.

A cientista sênior da Copernicus, Freja Vamborg, aponta que “as condições secas dos meses anteriores, combinadas com altas temperaturas e baixas taxas de precipitação observadas em muitas áreas durante julho, podem ter efeitos adversos na produção agrícola e em outras indústrias, como transporte fluvial e produção de energia”.

Meses com pouca chuva

Em julho, os reservatórios de água em várias partes da Europa estavam em níveis muito baixos, insuficientes para sustentar a demanda, segundo dados da Copernicus.

O sul da Inglaterra experimentou seu julho mais seco desde que os registros começaram, em 1836, enquanto todo o Reino Unido teve o mês de julho mais seco em mais de 20 anos. O Reino Unido viu apenas 46,3 mm (56%) de sua precipitação média para o mês após um longo período com meses mais secos do que a média, com exceção de fevereiro.

Na França, julho registrou um total de chuvas de 9,7 mm, se tornando o mês de julho mais seco desde o início dos registros em 1959 e representando um déficit de chuvas de 85% em relação à média de 1991-2020.

Enquanto isso, na Itália, a falta de chuva desde dezembro de 2021 atingiu partes do norte do país, e o rio Po secou completamente em alguns lugares no início deste verão.

Em meados de julho, em Cremona – na metade do Pó -, a água estava mais de 8 metros abaixo do “zero hidrográfico”, impactando a produção de hidroenergia, agricultura e transporte.

Copernicus disse que a situação melhorou devido às chuvas no final do mês, que trouxeram um aumento de 40 centímetros para o rio, embora a produção hidrelétrica na região ainda esteja afetada.

Julho também foi globalmente um dos três meses mais quentes registrados, cerca de 0,4 graus Celsius acima da média de 1991-2020, e o sexto mês de julho mais quente na Europa, disse Copernicus.

Espanha, França e Reino Unido experimentaram pelo menos um dia acima de 40º Celsius no mês passado. No Reino Unido, as temperaturas subiram para mais de 40º Celsius em 19 de julho, com a vila inglesa de Coningsby registrando 40,3º pela primeira vez.

Enquanto isso, a Espanha registrou seu julho mais quente em mais de 60 anos nesta segunda-feira.

“Julho de 2022 foi extremamente quente na Espanha, o mais quente desde, pelo menos, 1961, com uma temperatura média de 25,6ºC, que é 2,7 ºC acima da média normal”, afirmou a agência meteorológica nacional do país, AEMET, em um post no Twitter. “Julho de 2022 foi 0,2 ºC superior ao de julho de 2015, que até agora era o ano com o mês de julho mais quente”, acrescentou.

Benjamin Brown e Molly Stazicker também contribuíram para esta reportagem

 

 

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