quinta-feira, 1 de março de 2012

A vida existe o problema é chegar nela o que terá seu tempo para nós aqui ainda irá demorar muito para conceber isto e um dia haverá um contacto com os que estão lá por fora, isto terá seu tempo.?????

 
29/02/2012 - 19:31
Exploração espacial

Cientistas usam a Terra para descobrir vida alienígena

Novo método utiliza a Terra como modelo e aumenta precisão das técnicas de identificação de vida em outros planetas

Cientistas usam técnica para descobrir que há vida na Terra. Apesar da conclusão óbvia, novo método vai permitir procurar por ambientes semelhantes ao planeta em locais distantes do Sistema Solar Cientistas usam técnica para descobrir que há vida na Terra. Apesar da conclusão óbvia, novo método vai permitir procurar por ambientes semelhantes ao planeta em locais distantes do Sistema Solar (Thinkstock)
Astrônomos usaram a própria Terra para aumentar a precisão dos modelos que procuram pela vida em outros planetas. Os cientistas analisaram a radiação terrestre refletida pela Lua como se estivessem estudando um planeta fora do Sistema Solar e concluíram... que existe vida na Terra. A "descoberta" mostra que a técnica poderá ser usada na procura por ambientes semelhantes fora do Sistema Solar. O trabalho será publicado em março na revista britânica Nature.
ESO
A Lua aparece acima do VLT, o maior telescópio ótico do mundo, no deserto do Atacama, no Chile
A Lua aparece acima do VLT, o maior telescópio ótico do mundo, no deserto do Atacama, no Chile
Lâmpada brilhante — A técnica tira vantagem do bate-rebate da luz entre estrelas, planetas e satélites naturais. No Sistema Solar, o Sol ilumina a Terra e essa radiação é refletida para a superfície da Lua. Por sua vez, a superfície lunar atua como um espelho gigante e reflete a radiação terrestre de volta à Terra. Os métodos tradicionais analisam apenas o quão brilhante é a radiação ao ser rebatida pelos corpos celestes. Ao ser refletida inúmeras vezes, a luz vai perdendo intensidade. Contudo, é muito difícil dizer se a luz observada vem da estrela ou foi refletida pelo planeta, daí a imprecisão. "A radiação emitida por um planeta distante é muito fraca em relação ao brilho da sua estrela, por isso ela é muito difícil de analisar. É um pouco como estudar um grão de poeira que se encontre ao lado de uma lâmpada muito brilhante", diz Stefano Bagnulo, do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte, e coautor do estudo.

Ao rebater em diferentes astros, a radiação é capaz de absorver informações específicas que denunciam as características dos lugares onde passou. No caso da Terra, essas informações se traduzem na presença de água, nuvens, vegetação e moléculas necessárias à vida. Para identificar com grande precisão a diferença entre a radiação que sai da estrela e a que é rebatida pela Lua, em vez de analisar apenas quão brilhante é a radiação refletida, os cientistas agora estudaram sua polarização.

Sem dúvidas — Dizer que a radiação é polarizada significa dizer que seus campos elétrico e magnético têm uma mesma orientação, ao contrário da  radiação não polarizada. Ao fazer essa diferenciação, os cientistas conseguem dizer exatamente de onde a radiação vem — da estrela, planeta ou refletida pelo satélite natural. "A radiação refletida pelo planeta é polarizada enquanto que a radiação emitida pela estrela não é", explica Bagnulo. O método, segundo os autores, não deixa margem de dúvidas sobre as informações que apontam para a presença de vida na Terra.
ESO/L. Calçada
Analisar a polarização da luz solar refletida pela Terra permite mais precisão na busca por sinais de vida. O modelo será utilizado para analizar a luz refletida por outros planetas fora do Sistema Solar
Bate-rebate: Analisar a polarização da luz solar refletida pela Terra permite mais precisão na busca por sinais de vida. O modelo será utilizado para analizar a luz refletida por outros planetas fora do Sistema Solar
A equipe utilizou o Very Large Telescope, o maior telescópio ótico do mundo, do Observatório Europeu do Sul, para estudar a radiação emitida pela Terra após a reflexão pela Lua, tal como se a luz viesse de um exoplaneta. Eles conseguiram deduzir que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte da superfície se encontra coberta por oceanos e — mais importante ainda — que existe vegetação. A equipe conseguiu inclusive detectar variações na cobertura de nuvens e na quantidade de vegetação em épocas diferentes, correspondentes a diferentes regiões da Terra. Como a técnica identificou com sucesso a vida na Terra, os especialistas esperam que ela tenha o mesmo sucesso ao analisar a luz refletida por mundos fora do Sistema Solar.

Vida simples — "Este trabalho é um passo importante para atingirmos a capacidade de detectar vida fora da Terra", diz o coautor Enric Palle, do Instituto de Astrofisica de Canarias, na Espanha. A nova técnica poderá dizer se há vida vegetal — baseada em processos de fotossíntese — em outras partes do universo. Contudo, "não estamos à procura de homenzinhos verdes ou evidências de vida inteligente", diz. É que a técnica permite apenas a procura por formas mais simples de vida.

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