sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Pesquise aqui que tem muito mais informações para serem lidas e depois é bom ficar prevenido pois vai sobrar para todos.....?????



Não é só o Polo Norte que está perdendo seus estoques mais antigos de gelo. Do outro lado do mundo, na Antártica, as geleiras milenares também parecem estar encolhendo.
A perda de gelo ano após ano das grandes geleiras do continente vem sendo observada por um grupo liderado por Chris Shuman, da Universidade de Maryland (nos EUA) e colegas do Centro Nacional de Gelo e Neve (do governo americano) e da Universidade de Toulouse (na França). Eles usam imagens de satélite e de aviões para acompanhar as mudanças nas geleiras.
Eles estão especialmente interessados nas geleiras que alimentam a plataforma de gelo Larsen B, na Península Antártica. Ficam em uma parte do continente especialmente afetada pelo aquecimento. A plataforma Larsen A se quebrou em 1995. Um pedaço de Larsen B desmoronou em 2002. Agora, o que sobrou de Larsen B continua em risco. Para os pesquisadores, a tendência é clara. Desde 2002, a perda de gelo continua na região.
A dupla de geleiras Hektoria e Green passam por mudanças dramáticas. As fotos acima mostram isso. Na do alto, de 2002, as línguas de gelo liso são mais extensas Na foto inferior, de 2012, o nível da geleira baixou, mostrando irregularidades no relevo rochoso.
A variação fica mais clara na imagem abaixo. É um mapa de elevação do terreno. Os trechos em vermelho mostram onde a altura do gelo diminuiu até 250 metros. Os trechos em azul (poucos) foi onde o gelo aumentou 250 metros.

A tendência é mais clara do que a oscilação observada recentemente da extensão de gelo congelado no mar durante o inverno na Antártica. Segundo pesquisadores, ela aumentou um pouco recentemente. Mas, ainda segundo os cientistas, isso teria mais a ver com variações meteorológicas ocasionais de um ano para o outro do que com uma tendência de longo prazo, como o aquecimento global.


A cobertura de gelo do Ártico atingiu a sua menor extensão desde o início do monitoramento por satélite, em 1979. O “recorde” foi batido na última segunda-feira (27), quando a extensão da calota polar caiu para 4,1 milhões de km², segundo o Centro Nacional de Pesquisas em Gelo e Neve (NSIDC) e a Agência Espacial Americana (Nasa).
Na semana passada, cientistas já haviam detectado outro recorde de degelo na região: a de menor área de cobertura de gelo, que caiu para 2,8 milhões de km², como mostramos aqui no Blog do Planeta.
Leia também: Azar do urso-polar (mas não só)
A imagem abaixo, divulgada hoje pela Nasa, ilustra a dimensão do degelo no polo Norte. As áreas em branco e azul claro mostram a calota polar – áreas em branco indicam maior concentração de gelo. A linha amarela identifica a média da extensão mínima de gelo, mostrando o quanto a cobertura de gelo atual está menor que o normal.

Para piorar a situação, pesquisadores ainda esperam pelo menos mais vinte dias até a mudança de estação, o que indica que o gelo pode derreter ainda mais. O resultado é ruim também a longo prazo, já que a camada de gelo que se formará no inverno é mais fina do que a que foi derretida, o que pode tornar novos degelos extremos no verão ainda mais frequentes.
O recorde do degelo não foi o único evento extremo no Ártico neste verão (no hemisfério Norte). Em julho, dados mostraram que toda a Groenlândia estava derretendo, e um iceberg do tamanho de uma ilha se desprendeu da calota de gelo. Em junho, a concentração de carbono na atmosfera do polo Norte atingiu a marca de 440 partes por milhão, a maior já registrada.


O Ártico no Polo Norte bateu o recorde de derretimento no verão. Este ano caminha para fechar como o mais quente da história. Foi o verão mais escaldante no Hemisfério Norte. Por outro lado, do lado de cá do mundo, surgem outras notícias. Os pinguins da Antártica não devem estar tão preocupados agora. O mar congelado que cerca a Antártica, no Polo Sul, bateu o recorde de extensão no inverno. A camada de gelo flutuante (que aparece em branco na imagem acima) chegou a 19,44 milhões de quilômetros quadrados em 2012, segundo o Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC), dos Estados Unidos. O recorde anterior, de 2006, era de 19,39 milhões de quilômetros quadrados.
O mapa acima mostra a maior extensão já registrada. Foi feito a partir de imagens de satélite. A área em cinza escuro é de terra firme. O cinza claro são as geleiras que saem da terra firme, mas estão flutuando.
O que houve com o aquecimento global? O recorde na Antártica indica que a Terra não está esquentando? Não é bem assim. Primeiro, embora seja um recorde, a extensão de gelo atual não está tão distante da média. A linha amarela mostra a média da extensão de gelo nos meses de setembro entre 1979 e 2000. Em alguns lugares, especialmente no Mar de Bellingshausen, o gelo este ano está menor do que a média histórica.
O gráfico abaixo mostra a oscilação da extensão de gelo flutuante na Antártica. Aparentemente, há um aumento ligeiro nas últimas décadas.

Em comparação, o histórico do Ártico é bem claro. A calota polar está desaparecendo década após década no verão. Este ano o Polo Norte bateu mais um recorde histórico de pouco gelo no verão. O gráfico abaixo mostra a retração no gelo ártico desde 1979. A linha preta é a variação na extensão do gelo, ano a ano. A linha azul mostra a tendência.

Segundo os cientistas, o inverno com muito gelo na Antártica e o verão com pouco no Ártico são fenômenos distintos. Para os pesquisadores Claire Parkinson e Donald Cavalieri, da Nasa, agência espacial americana, os hemisférios da Terra têm uma grande variabilidade de um ano para o outro. Pode haver mais gelo num e menos no outro. Ou mais gelo em ambos. E menos gelo em ambos”, afirmam. “Apesar disso, as tendências de longo prazo são claras: a magnitude da perda de gelo no Ártico excede consideravelmente os ganhos na Antártica.”
Para os pesquisadores da Universidade do Colorado, que fazem parte da equipe do NSIDC, comparar as tendências de gelo do verão e do inverno em dois polos é problemático porque são dois processos diferentes. “Durante o verão, o gelo flutuante derrete e a superfície escura do mar aumenta o aquecimento. No inverno, há outros fatores, como nevascas no gelo e o vento. Pequenas alterações na extensão do gelo no inverno são um sinal mais ambíguo do que a perda de gelo no verão. A expansão do gelo no inverno da Antártica pode ser efeito de variações nos padrões de vento e queda de neve. Já o declínio do gelo no Ártico é mais ligado ao aquecimento global”, escrevem os pesquisadores no blog do NSIDC.

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