Revista: piloto do 447 não estava na cabine no momento de alarme
22 de maio de 2011 • 09h39 • atualizado às 10h07
- Comentários
- 420
Motor foi encontrado junto aos destroços do Airbus A330
Foto: BEA/Divulgação
Foto: BEA/Divulgação
O Airbus A330 que fazia o voo 447 sofreu uma forte perda de sustentação momentos antes de antes de cair em 31 de maio de 2009, afirmou neste domingo a revista alemã Der Spiegel, que cita uma fonte ligada à análise das caixas-pretas da aeronave. A publicação também afirma que os dados obtidos pela investigação apontam que o piloto Marc Dubois não estava na cabine no momento do primeiro alarme e que voltou rapidamente ao cockpit para "gritar instruções a seus dois copilotos".
Segundo a fonte do Spiegel, se as causas exatas não forem descobertas, a análise dos registros indicam que as sondas Pitot podem ter congelado, impedindo a transmissão de dados exatos da velocidade do avião. A hipótese já havia sido levantada antes das caixas-pretas serem encontradas. O acidente não durou 4 minutos, de acordo com a fonte.
O registro de dado indica uma instabilidade do aparelho pouco após a pane nos indicadores de voo, movimento que causou a perda de sustentação e a queda, segundo o especialista. A revista afirma que ainda não está claro se trata-se de um erro dos pilotos ou se os computadores de bordo procuraram compensar uma suposta perda de força por causa da pane nos indicadores de velocidade.
O escritório de investigação francês (BEA) afirmou na sexta-feira que no fim da próxima semana divulgará oficialmente as primeiras descobertas sobre as informações contidas nas caixas-pretas do avião, recuperadas recentemente do fundo do oceano. O anúncio foi antecipado justamente para evitar mais especulações de meios de comunicação europeus.
Tripulação
A tripulação dos voos de longa distância da Air France é composta por um comandante e dois copilotos. No meio da aviação, é considerado normal que se estabeleçam turnos de descanso entre os três durante a fase do cruzeiro. Segundo a Air France, o descanso é proibido durante os procedimentos de aterrissagem e decolagem.
O acidente do AF 447
O voo AF 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu em meio ao oceano.
Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca do País. Naquela ocasião, foram resgatados apenas 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em uma nova fase de buscas coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que localizou a 3,9 mil m no fundo do mar a maior parte da fuselagem do Airbus e corpos de passageiros em quantidade não informada.
Dados preliminares das investigações feitas pela França mostraram que falhas dos sensores de velocidade da aeronave, conhecidos como sondas Pitot, parecem ter fornecido leituras inconsistentes e podem ter interrompido outros sistemas do avião. As sondas permitem ao piloto controlar a velocidade da aeronave, um elemento crucial para o equilíbrio do voo. Mas investigadores deixaram claro que esse seria apenas um elemento entre outros envolvidos na tragédia. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores - até então feitos pela francesa Thales - por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.
Com informações da agência AFP.
Segundo a fonte do Spiegel, se as causas exatas não forem descobertas, a análise dos registros indicam que as sondas Pitot podem ter congelado, impedindo a transmissão de dados exatos da velocidade do avião. A hipótese já havia sido levantada antes das caixas-pretas serem encontradas. O acidente não durou 4 minutos, de acordo com a fonte.
O registro de dado indica uma instabilidade do aparelho pouco após a pane nos indicadores de voo, movimento que causou a perda de sustentação e a queda, segundo o especialista. A revista afirma que ainda não está claro se trata-se de um erro dos pilotos ou se os computadores de bordo procuraram compensar uma suposta perda de força por causa da pane nos indicadores de velocidade.
O escritório de investigação francês (BEA) afirmou na sexta-feira que no fim da próxima semana divulgará oficialmente as primeiras descobertas sobre as informações contidas nas caixas-pretas do avião, recuperadas recentemente do fundo do oceano. O anúncio foi antecipado justamente para evitar mais especulações de meios de comunicação europeus.
Tripulação
A tripulação dos voos de longa distância da Air France é composta por um comandante e dois copilotos. No meio da aviação, é considerado normal que se estabeleçam turnos de descanso entre os três durante a fase do cruzeiro. Segundo a Air France, o descanso é proibido durante os procedimentos de aterrissagem e decolagem.
O acidente do AF 447
O voo AF 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu em meio ao oceano.
Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca do País. Naquela ocasião, foram resgatados apenas 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em uma nova fase de buscas coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que localizou a 3,9 mil m no fundo do mar a maior parte da fuselagem do Airbus e corpos de passageiros em quantidade não informada.
Dados preliminares das investigações feitas pela França mostraram que falhas dos sensores de velocidade da aeronave, conhecidos como sondas Pitot, parecem ter fornecido leituras inconsistentes e podem ter interrompido outros sistemas do avião. As sondas permitem ao piloto controlar a velocidade da aeronave, um elemento crucial para o equilíbrio do voo. Mas investigadores deixaram claro que esse seria apenas um elemento entre outros envolvidos na tragédia. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores - até então feitos pela francesa Thales - por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.
Com informações da agência AFP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário