Notícias
Políticos que procuram sites de prostituição
de luxo temem ser filmados
Garotas de programa deixam a bolsa na recepção de flats para evitar flagrantes
Chico Monteiro, do R7
| 20/06/2012 às 05h42
| Atualizado em: 20/06/2012 às 06h00
Reprodução da internet
Site especializado em acompanhantes de luxo, um dos preferidos dos políticos de Brasília
Toda a negociação é conduzida por assessores, que encontram as garotas em sites especializados na internet, semelhantes àquele em que Elize Matsunaga, a ex-prostituta que confessou ter matado e esquartejado o marido, anunciava ser uma “loirinha carinhosa”.
De acordo com Flávia*, a orientação de não levar bolsa é dada assim que chegam ao local combinado. A profissional de 22 anos prefere os políticos porque eles pagam cachês maiores.
— Alguns pagam mensalmente as garotas, dão presentes, viagens e pedem até para que elas saiam do site para aumentar a discrição, ou por ciúme mesmo.
De modo geral, as garotas ganham de R$ 200 a R$ 400 por hora, dependendo do lugar do encontro. Mas esse valor pode chegar até a mais de R$ 2.000, incluindo as gorjetas.
Acompanhantes de luxo do mesmo site de Elize recusam rótulo de prostitutas
Clientes de acompanhantes de luxo gostam de mostrar poder com presentinhos
Luna Minitop, de 32 anos, cobra R$ 250 por uma hora e meia, se atender em casa, e R$ 400 se o programa for em hotéis. Com a faculdade de psicologia trancada, trabalha como prostituta desde 2009 e atende políticos e assessores.
Ela diz que geralmente eles não se identificam quando marcam o encontro. Elas só ficam sabendo quem é o cliente quando chegam à suíte do hotel ou flat.
— Às vezes quando dizem o endereço, o número da quadra, a gente já sabe que é político.
Ela se refere às quadras onde ficam os apartamentos funcionais dos políticos que moram em Brasília. Luna, porém, prefere receber os clientes em casa, um apartamento em um prédio sem porteiro na Asa Norte, bairro nobre de Brasília.
A garota de programa já teve um caso de quatro meses com um político do Rio Grande do Norte, mas disse que nunca recebeu o pedido para tirar o seu perfil nos sites da internet.
— Nunca apareceu ninguém querendo pagar R$ 27 mil para tirar minhas fotos do ar.
Os “27 mil” são uma referência ao valor que o empresário da Yoki assassinado pela mulher, Marcos Kitano Matsunaga, teria pago por mês à amante, garota de programa, para que ela retirasse as fotos do site de acompanhantes.
Luna Minitop está em sites especializados porque considera que eles funcionam como vitrine para os clientes. E, desde o ano passado, possui também um blog pessoal de divulgação do trabalho. A ideia do blog surgiu quando Luna percebeu que essa era uma forma de aumentar o número e o “nível” dos clientes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário