domingo, 13 de junho de 2010

Isso jamais vai ser esquacido e oas prejuizos nunca serão repostos - Um alerta

Obama exige fundo para compensar
danos por vazamento de petróleo

Presidente viaja amanhã para região afetada e se encontra na 4ª com chefe da BP
EFE
Sean Gardner/13.jun.2010/Reuters 
Foto por Sean Gardner/13.jun.2010/Reuters
Pássaros com a plumagem suja de petróleo se aglomeram na ilha de Grand Isle, na costa da Louisiana; Obama quer fundo para compensar prejuízos causados pelo vazamento
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigirá que a empresa BP estabeleça um fundo para indenizações pelos danos do vazamento de petróleo no golfo do México iniciado em abril, informou neste domingo (13) a Casa Branca.
Obama, que ontem discutiu a situação da tragédia com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, visitará novamente nesta segunda-feira e na terça-feira a região afetada pela mancha de óleo. Na quarta-feira, se reunirá com o presidente da BP, Carl-Henric Svanberg.
O assessor presidencial David Axelrod disse que, quando Obama retornar, falará à nação na Casa Branca.
- Chegamos a um ponto decisivo nesta saga, porque agora já sabemos o que se pode e o que não se pode fazer para recolher o petróleo.
Neste domingo vence um prazo dado pelo governo dos Estados Unidos à BP para a aplicação de métodos mais eficazes na contenção do petróleo e a limpeza de uma vasta região atingida.
Empresa promete sistema eficaz para julho
O vazamento de óleo no golfo do México começou no dia 22 de abril, quando a plataforma petrolífera Deepwater Horizon da BP afundou no mar, dois dias após explodir e causar a morte de 11 trabalhadores, deixando aberto um poço de petróleo no fundo do mar.
Desde então, milhões de litros de petróleo vazaram no golfo, a cerca de 100 km do litoral dos Estados americanos da Louisiana e do Alabama.
A BP apresentou planos de sistemas, aplicáveis em vários períodos, que permitiriam a captura de quantidades cada vez maiores de óleo. O mais eficaz dos sistemas poderia capturar de 40 mil a 50 mil barris diários de petróleo e entraria em funcionamento em meados de julho.
A empresa indicou que atualmente está colhendo cerca de 15.550 barris diários do petróleo liberado pelo poço e que recolheu mais de 104 mil barris de petróleo nas águas do golfo do México.
As autoridades americanas calculam que, do poço, vazam 40 mil barris diários de petróleo, e há porções de contaminação no litoral da Louisiana e do Alabama.
Vazamento é uma “epidemia”
Em entrevista ao programa Meet the Press, da emissora NBC, Axelrod comparou o vazamento a uma doença.
- Essa é uma crise que continua, como uma epidemia (...). Nossa missão é que a BP assuma a responsabilidade de todas as formas possíveis.
Segundo o site do grupo de mídia Politico, se necessário, Obama exercerá toda sua autoridade legal para que a BP reserve fundos de ressarcimento.
O presidente quer que "as indenizações sejam pagas sob procedimentos justos, eficientes e transparentes administrados por um painel independente, estabelecido exclusivamente para o propósito".
Governo quer indenização de R$ 13,6 bilhões
O diretório da BP discutirá amanhã a prorrogação do pagamento de seus dividendos do segundo trimestre e a reserva de fundos para atender às exigências pelo vazamento de petróleo.
Além da pressão crescente do governo federal dos EUA, a BP também recebe exigências dos governos dos Estados afetados pelo vazamento para que a empresa reserve fundos de compensação.
O secretário de Justiça da Flórida, Bill McCollum, e o tesoureiro da Louisiana, John Kennedy, já indicaram que buscarão que a BP reserve cerca de cerca de R$ 13,6 bilhões (US$ 7,5 bilhões) para indenizações pelos prejuízos causados em seus Estados.
Os governos do Alabama, Mississipi e Texas, por enquanto, não indicaram se preparam reivindicações similares.
No dia 31 de março, a British Petroleum possuía disponíveis aproximadamente R$ 12,3 bilhões (US$ 6,8 bilhões) em dinheiro e outros ativos equivalentes.

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