quinta-feira, 23 de junho de 2011

Interessante esta pesquisa estamos aqui bem berto mais o pessoal por lá tem que se preocupar com eles que não vão parar mesmo vão é aumentar mais ainda a intencidade.

Manaus é o município brasileiro campeão de morte por raio, segundo Inpe

Segundo satélite do Inpe, são registrados 11 milhões de raios por ano no Amazonas.

Manaus, 22 de Junho de 2011

Elaíze Farias

A ocorrência de raios em Manaus é mais comum no período seco. A capital amazonense é campeã em mortes causadas por raios
A ocorrência de raios em Manaus é mais comum no período seco. A capital amazonense é campeã em mortes causadas por raios (Euzivaldo Queiroz)
Manaus lidera o ranking brasileiro com mais mortes por raios na última década, segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta semana.
No período entre 2000 e 2009, o Inpe registrou 16 óbitos em Manaus, à frente de São Paulo (SP), com 14 casos e Campo Grande (MS), com oito mortes.
Outros dois municípios do Amazonas estão no ranking brasileiro com mais mortes: São Gabriel da Cachoeira (6) e Iranduba (5).
Satélites monitorados pelo Inpe atestam que a incidência de raios no Amazonas é a maior do Brasil. São registrados 11 milhões de raios por ano.
No topo do ranking do Amazonas, foram registradas mortes em Careiro da Várzea, Careiro, Manacapuru, Barreirinha e São Sebastião do Uatumã.
As circunstâncias dos óbitos no Norte do país (o que vale também para o Amazonas) apontam características peculiares da região.
Em geral as vítimas estão próximo a transportes (carros, motos, bicicletas, canoas, etc) e são trabalhadores rurais recolhendo animais, fazendo plantações ou corte com equipamentos como enxadas e facões e perto de árvores.
A maior incidência de óbitos na região Norte (20%), contudo, ocorre dentro de casa, com a vítima usando aparelho telefônico, e também em campo de futebol.
Entre 2000 e 2009, foram registradas 1.321 mortes no Brasil. As maiores ocorrências aconteceram no Sudeste, com 377 óbitos, seguido de Centro-Oeste, com 252, Nordeste, com 237, Norte, com 234, e Sul, com 221.
Levantamento
No início desta semana, o ELAT divulgou o levantamento sobre número de vítimas fatais atingidas por raios no Brasil referente a 2010.
Segundo informações da assessoria de comunicação do Inpe, ano passado foram registradas 89 mortes, número inferior à média registrada entre os anos de 2000 e 2009, que foi de 132 vítimas por ano.
O estado de São Paulo lidera o ranking com 12 mortes, seguido pelo Pará com 8, e Minas Gerais e Tocantins com 7. Em alguns estados houve o registro de apenas uma morte, como é o caso de Rio de Janeiro e Paraná.

Em 2011, dados preliminares apontam que até o momento foram registrados 28 casos de vítimas fatais em todo o país.

Quanto a 2010, o número de homens que morreram é muito superior ao de mulheres, atingindo 82% do total. Quase metade das vítimas é da faixa etária entre 20 e 39 anos.
“É possível perceber que características de determinadas regiões influenciam os percentuais de mortes por raios. Por exemplo, a atividade agropecuária atinge o maior percentual no Sul, que é a região mais tradicional do país nesta área. Já as regiões Norte e Nordeste apresentam os percentuais mais altos para a circunstância dentro de casa, o que provavelmente indica que muitas casas nesta região são de chão batido, o que as torna muito menos seguras”, diz Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT/INPE, em declaração dada por meio da assessoria.

Conforme a assessoria, o Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.
Seca
Em entrevista concedida anteriormente ao jornal A Crítica, a chefe do 1º Distrito do Instituto de Meteorologia do Amazonas (Inmet), Lúcia Gularte, afirmou que o número de acidentes causados por raios é maior durante o período da seca no Amazonas.
O relevo altiplano de Manaus  com muitos picos, os altos níveis de umidade relativa do ar e a formação de nuvens cumulus ninbus (nuvens verticais causadoras das tempestades potencializam as incidências, segundo Lúcia.

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