sábado, 11 de junho de 2011

Olha até onde ja chegou as cinzas.

11/06/2011 - 11:15

Aeroportos

Cinzas de vulcão chileno chegam a Austrália e Nova Zelândia

Voos nos dois países foram cancelados neste sábado. Nuvem vulcânica já havia afetado espaço aéreo do Brasil e Argentina

Após provocar o fechamento de aeroportos na América do Sul, a nuvem de cinzas liberadas pelo vulcão chileno Puyehue-Cordón Caulle já afeta a malha aérea da Oceania. A empresa australiana Qantas decidiu cancelar vários voos previstos para este sábado na Austrália e na Nova Zelândia.
O Centro de Meteorologia de Darwin, no norte da Austrália, indicou que os fortes ventos arrastaram as cinzas ao espaço aéreo dos países da Oceania. "A nuvem deve cobrir totalmente o território da Nova Zelândia e deverá avançar da Ilha Sul à Ilha Norte", previu Andrew Tupper, responsável pelo observatório de Darwin. Tupper acrescentou que as cinzas começaram a chegar à Austrália e que afetarão entre este sábado e domingo principalmente os estados da Tasmânia e de Victoria, no sul do país.

Previamente, o porta-voz da Autoridade de Aviação Civil da Nova Zelândia, Bill Sommer, advertiu que a nuvem poderia afetar os voos de seu país com a Austrália e a América do Sul, embora tenha descartado atrasos ou cancelamentos. Para ele, os aviões podem evitar as cinzas variando a altitude do voo.

Complicações - O complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, que fica no sul do Chile e a 9.000 quilômetros da Nova Zelândia, entrou em erupção há uma semana. A nuvem de cinzas contaminou vários rios e lagos do país andino e afetou a comunicação aérea na Argentina, no Uruguai e no Brasil.
Na madrugada de quinta para sexta-feira, o Rio Grande do Sul chegou a ter 70% de seu território coberto pelas cinzas. A nuvem provocou o fechamento do aeroporto de Porto Alegre por algumas horas. Voos para a Argentina e o Chile de diversas companhais aéreas foram suspensos na quinta-feira.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), alerta que as nuvens vulcânicas contêm um componente semelhante ao vidro que, em contato com as turbinas dos aviões, pode derreter e provocar danos, como o apagamento dos motores das aeronaves. As cinzas podem ainda tirar a visibilidade dos pilotos e prejudicar a respiração de passageiros e da tripulação com gases tóxicos.

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