08/06/2011 08h24
Foto: Antônio Diniz
NEIDIANA OLIVEIRAneidiana@folhabv.com.br
Roraima continua em estado de atenção devido ao intenso período chuvoso, que começou em abril e se estende até agosto. Diversos pontos do Estado estão inundados, causando transtornos aos moradores.
Mas esse problema não é de hoje. Já foram registrados vários momentos como este que marcaram a história de Roraima, como, por exemplo, a maior cheia até então registrada no rio Branco, que ocorreu em julho de 1976, quando o nível das águas chegou a 9,80 metros.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura, entre as catastróficas enchentes ocorridas aqui está a de 1999, com um total de 2.389,80 mm de água, dos quais 355,2 mm só no mês de maio.
Outro ano de inverno intenso mostrado nas informações foi o de 2006, que contabilizou 2.385,10 mm no ano todo, sendo que o mês de junho foi o mais crítico, com 594,8 mm.
De acordo com o meteorologista da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Femact), Ramon Alves, as alterações na temperatura deste ano sofrem a influência do fenômeno climático denominado La Niña, que resfria o oceano Pacífico e provoca redução na temperatura da Terra, provocando o período chuvoso intenso.
O ano de 2008 também foi marcado pelas fortes chuvas. Em novembro choveu 162,4 mm em oito dias e em dezembro foram 293,3 mm em 18 dias. Essa média foi feita com base em anos anteriores, que mostraram que nesses dois meses os milímetros não passavam de 50.
No ano passado as chuvas provocaram prejuízos aos roraimenses, principalmente na Capital, que chegou a decretar estado de emergência no fim de maio e início de junho. Uma das consequências foi o rompimento do asfalto da avenida Ataíde Teive, no bairro Mecejana, no bueiro por onde passa o igarapé Caxangá.
Mas os dados meteorológicos revelam que 2011 bateu o recorde de todas as enchentes já ocorridas, atingindo um nível de aproximadamente 10 metros. O técnico em meteorologia Rômulo Nascimento de Souza Cruz afirmou que a situação deste ano está se agravando gradativamente. “A previsão é que o volume de chuvas não diminua até o final do inverno”, disse.
A expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais chuva em todo o Estado. A Defesa Civil informou que já foram registradas chuvas de pelo menos 20% acima do esperado para o período.
Inverno rigoroso já provocou estragos em outros tempos
Foto: Antônio Diniz
Rua principal da área Caetano Filho, o Beiral, no Centro, se transformou em rio que correm entre as casas
NEIDIANA OLIVEIRAneidiana@folhabv.com.br
Roraima continua em estado de atenção devido ao intenso período chuvoso, que começou em abril e se estende até agosto. Diversos pontos do Estado estão inundados, causando transtornos aos moradores.
Mas esse problema não é de hoje. Já foram registrados vários momentos como este que marcaram a história de Roraima, como, por exemplo, a maior cheia até então registrada no rio Branco, que ocorreu em julho de 1976, quando o nível das águas chegou a 9,80 metros.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura, entre as catastróficas enchentes ocorridas aqui está a de 1999, com um total de 2.389,80 mm de água, dos quais 355,2 mm só no mês de maio.
Outro ano de inverno intenso mostrado nas informações foi o de 2006, que contabilizou 2.385,10 mm no ano todo, sendo que o mês de junho foi o mais crítico, com 594,8 mm.
De acordo com o meteorologista da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Femact), Ramon Alves, as alterações na temperatura deste ano sofrem a influência do fenômeno climático denominado La Niña, que resfria o oceano Pacífico e provoca redução na temperatura da Terra, provocando o período chuvoso intenso.
O ano de 2008 também foi marcado pelas fortes chuvas. Em novembro choveu 162,4 mm em oito dias e em dezembro foram 293,3 mm em 18 dias. Essa média foi feita com base em anos anteriores, que mostraram que nesses dois meses os milímetros não passavam de 50.
No ano passado as chuvas provocaram prejuízos aos roraimenses, principalmente na Capital, que chegou a decretar estado de emergência no fim de maio e início de junho. Uma das consequências foi o rompimento do asfalto da avenida Ataíde Teive, no bairro Mecejana, no bueiro por onde passa o igarapé Caxangá.
Mas os dados meteorológicos revelam que 2011 bateu o recorde de todas as enchentes já ocorridas, atingindo um nível de aproximadamente 10 metros. O técnico em meteorologia Rômulo Nascimento de Souza Cruz afirmou que a situação deste ano está se agravando gradativamente. “A previsão é que o volume de chuvas não diminua até o final do inverno”, disse.
A expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais chuva em todo o Estado. A Defesa Civil informou que já foram registradas chuvas de pelo menos 20% acima do esperado para o período.
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