Mas os resíduos de trilhões de colisões entre feixes de
prótons e antiprótons promovidos ao longo de dez anos no já desativado
acelerador de partículas Tevatron, nos arredores de Chicago, ainda estão
aquém do limite científico para que a descoberta seja tida como
provada. Os mesmos resíduos dessas colisões que sugerem a existência do
bóson podem provir de outras partículas subatômicas. Físicos
do Laboratório Nacional Fermi, dos Estados Unidos, disseram nesta
segunda-feira estar absurdamente próximos de provarem a existência da
partícula subatômica chamada bóson de Higgs, apelidada de "partícula de
Deus" por conferir ordem e massa ao universo.
Na quarta-feira, físicos do acelerador chamado Grande Colisor de Hádrons, pertencente à organização europeia Cern, nos arredores de Genebra, devem anunciar suas próprias descobertas na caçada pelo Higgs.
"Esta é a melhor resposta que há por aí no momento", disse o físico Rob Roser, do Fermilab. "Os dados do Tevatron apontam fortemente para a existência do bóson de Higgs, mas será preciso ter os resultados dos experimentos no Grande Colisor de Hádrons na Europa para estabelecer uma descoberta firme."
Físicos não relacionados ao Fermilab também manifestaram um otimismo cauteloso sobre o fim da prolongada busca à partícula.
"Esses intrigantes sinais do Tevatron parecem amparar os resultados do GCH apresentados em dezembro no Cern", disse Don Tovey, professor de Física das Partículas na Universidade de Sheffield.
"Os resultados são particularmente importantes, porque eles usam uma forma completamente diferente e complementar de procurar o bóson de Higgs. Isso nos dá mais confiança de que o que estamos vendo é realmente a prova de uma nova física, e não apenas um acaso estatístico."
Mas ninguém se arrisca a cantar vitória. "Precisaremos esperar até quarta-feira e os novos resultados do GCH antes de termos um quadro completo", disse Tovey.
Tom LeCompte, cientista norte-americano que trabalha no Cern e conhece os resultados, disse estar confiante de que a existência (ou não) do bóson de Higgs será comprovada neste ano, mas não quis antecipar se os resultados de quarta-feira serão definitivos. "Sei que 2012 é o ano. Não posso dizer se julho é o mês."
Outros foram menos circunspectos. "Esta é a semana mais excitante na história da física", disse o físico teórico Joe Lykken, do Fermilab.
(Reportagem de Andrew Stern e Sharon Begley)
Na quarta-feira, físicos do acelerador chamado Grande Colisor de Hádrons, pertencente à organização europeia Cern, nos arredores de Genebra, devem anunciar suas próprias descobertas na caçada pelo Higgs.
"Esta é a melhor resposta que há por aí no momento", disse o físico Rob Roser, do Fermilab. "Os dados do Tevatron apontam fortemente para a existência do bóson de Higgs, mas será preciso ter os resultados dos experimentos no Grande Colisor de Hádrons na Europa para estabelecer uma descoberta firme."
Físicos não relacionados ao Fermilab também manifestaram um otimismo cauteloso sobre o fim da prolongada busca à partícula.
"Esses intrigantes sinais do Tevatron parecem amparar os resultados do GCH apresentados em dezembro no Cern", disse Don Tovey, professor de Física das Partículas na Universidade de Sheffield.
"Os resultados são particularmente importantes, porque eles usam uma forma completamente diferente e complementar de procurar o bóson de Higgs. Isso nos dá mais confiança de que o que estamos vendo é realmente a prova de uma nova física, e não apenas um acaso estatístico."
Mas ninguém se arrisca a cantar vitória. "Precisaremos esperar até quarta-feira e os novos resultados do GCH antes de termos um quadro completo", disse Tovey.
Tom LeCompte, cientista norte-americano que trabalha no Cern e conhece os resultados, disse estar confiante de que a existência (ou não) do bóson de Higgs será comprovada neste ano, mas não quis antecipar se os resultados de quarta-feira serão definitivos. "Sei que 2012 é o ano. Não posso dizer se julho é o mês."
Outros foram menos circunspectos. "Esta é a semana mais excitante na história da física", disse o físico teórico Joe Lykken, do Fermilab.
(Reportagem de Andrew Stern e Sharon Begley)
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