sábado, 9 de fevereiro de 2013

Essa já sabemos a tempo.

Nova pesquisa reforça a tese de que dinossauros foram extintos após asteroide

Cientistas concluíram que data de extinção dos dinossauros é compatível com a da colisão de um asteroide com a Terra no Golfo do México

REDAÇÃO ÉPOCA COM ESTADÃO CONTEÚDO
Modelo de um Tiranossauro Rex exposto em um hotel na Austrália (Foto: Bradley Kanaris/Getty Images)
É fato sabido que os mamíferos só conseguiram "dominar o mundo" depois que os dinossauros foram exterminados. E que a extinção dos dinossauros aconteceu em um período conhecido como a "fronteira do Cretáceo-Paleógeno", ocorrido cerca de 65 milhões de anos atrás. A causa exata da morte dos dinos, porém, ainda é tema de grande debate na comunidade científica. Uma nova pesquisa, realizada nos Estados Unidos, veio para colocar ainda mais lenha na fogueira.
A popular história de que os dinossauros foram exterminados pelo impacto de um grande asteroide é bem mais complexa do que parece. A maioria dos cientistas acredita que isso, sim, foi um fator determinante. Mas há uma série de dúvidas sobre o momento e o local exatos desse impacto; e se ele foi o único ou apenas um entre vários culpados para a grande extinção.
Estudos anteriores já sugeriram que a idade da famosa cratera de Chicxulub, no Golfo do México, coincide com a da fronteira do Cretáceo-Paleógeno. A cratera teria sido formada pelo impacto de um asteroide de 10 km de diâmetro, apontado por muitos cientistas como o evento que decretou a morte dos dinossauros – ainda que outros fatores, como atividades vulcânicas, tenham contribuído para a situação caótica do período.
Há anos, porém, uma equipe da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, defende que o impacto de Chicxulub ocorreu 300 mil anos antes da fronteira do Cretáceo-Paleógeno e, portanto, não teria nenhuma relação com a extinção dos dinossauros. Para Gerta Keller, coordenadora da equipe, o extermínio foi causado por uma série de erupções vulcânicas ocorridas na região do planalto de Deccan, na Índia.
Um estudo publicado na edição desta sexta-feira (8) do periódico Science, realizado na Universidade da Califórnia em Berkeley, reforça a hipótese predominante, de que as datas da cratera de Chicxulub e da fronteira do Cretáceo-Paleógeno são, sim, compatíveis, com uma margem de incerteza de "apenas" 32 mil anos.
"O impacto de Chicxulub aplicou um golpe decisivo em ecossistemas que já estavam criticamente estressados", escrevem os autores. Eles não negam uma possível influência das erupções de Deccan, mas dizem que a datação delas ainda é incerta.

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