Japão subestimou risco de tsunami, constata AIEA

Mas a resposta à crise nuclear desencadeada pelo terremoto de 11 de março foi exemplar, relata a agência da ONU em documento entregue ao governo japonês

O Japão subestimou o risco de um tsunami afetar suas usinas nucleares, mas a reação ao acidente nuclear desencadeado pelo terremoto de 11 de março foi "exemplar". A constatação é da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e foi relatada em documento entregue nesta quarta-feira ao governo japonês.
O relatório foi elaborado por 18 analistas da agência das Nações Unidas, que, ao longo da última semana, inspecionaram várias usinas do Japão, entre elas a de Fukushima, centro da crise nuclear detonada pelo terremoto seguido de tsunami. Os resultados da investigação serão discutidos na reunião sobre segurança nuclear que a AIEA realizará em Viena, na Áustria, entre os dias 20 e 24 de junho.
Segundo a rede pública japonesa NHK, o resumo de três páginas do relatório aponta a necessidade de a Agência de Segurança Nuclear, órgão regulador da energia atômica no Japão, ter maior independência. A agência está atualmente vinculada ao Ministério de Indústria.
O porta-voz do órgão de Segurança Nuclear, Hidehiko Nishiyama, afirmou nesta quarta-feira que o país vai empregar a investigação da AIEA como referência nos esforços para conter a crise nuclear e melhorar a segurança das centrais japonesas.
O acidente em Fukushima pôs a questão nuclear no topo da agenda mundial. Na quinta-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou na cúpula do G-8 que seus países membros (entre eles o Japão) irão adotar uma regulamentação internacional de segurança nuclear. Esta semana, a Alemanha decidiu abrir mão de suas 17 usinas até 2022. Enquanto isso, a Tokyo Electric Power Company, operadora da usina de Fukushima, continua trabalhando para conter a crise nuclear, a mais grave desde o acidente de Chernobyl em 1986.

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o momento em que o tsunami invade a usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/EFE

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o momento em que o tsunami invade a usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/Divulgação

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o momento em que o tsunami invade a usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/EFE

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o momento em que o tsunami invade a usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/Divulgação

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o impacto do tsunami na usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/Divulgação

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o impacto do terremoto e tsunami na usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/Divulgação

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima, mostra o impacto do tsunami na usina nuclear no nordeste do Japão - Tepco/Divulgação

Foto divulgada pela Tepco, operadora japonesa da usina de Fukushima no Japão, mostra pela primeira vez, no dia 18 de maio, um dos funcionários da Tepco no edifício do reator 2 da usina nuclear - Tepco/EFE