Casa autossuficiente de 482 m² é construída em meio à mata tropical, com vista para o mar
O projeto da casa Iseami, na Península de Osa, Costa Rica, foi todo um desafio: a meta era uma construção 100% auto-suficiente, de baixíssima manutenção e grande potencial de reciclagem ao final do ciclo de vida do imóvel. O resultado da primeira fase do que será o Instituto de Sustentabilidade, Ecologia, Arte, Mente e Investigação engloba dois quartos, "lounge", cozinha, escritório e uma grande área externa com piscina e deck.
Os espaços são multidisciplinares e abrigarão atividades de investigação científica, yoga e meditação, treinamento e a residência do dono da propriedade. Tudo com uma fabulosa vista ao Oceano Pacífico em uma das áreas mais inóspitas do país.
Pode parecer muito ambicioso alcançar todos esses objetivos, mas o arquiteto Juan Robles, titular do Roblesarq, responsável pelo projeto arquitetônico, explica que a chave foi "maximizar cada uma das facetas da casa dentro da menor área possível, usando grande quantidade de materiais com múltiplas funções e de baixo impacto ecológico".
Localizada a 30 km do centro urbano mais próximo, a casa não contará em anos –ou, talvez, nunca- com serviços básicos de fornecimento de água e energia. Além disso, está em meio a uma selva quente e bastante úmida onde se concentra 5% da biodiversidade mundial. Interferir com esse tesouro nunca foi uma opção. "Por isso, o estudo inicial considerou pontos imprescindíveis como o clima, geração de energia, condições atmosféricas e custos, entre outros", diz Robles. A casa se destaca do entorno sem, contudo, deixar de ser amigável.
O resultado arquitetônico é um uma estrutura do tipo exoesqueleto, composta por painéis autoportantes fabricados com fibras de madeira e plástico reciclado. Os painéis deixam a estrutura principal, de aço, e todas as instalações expostas. Isso evita umidade e espaços vazios onde animais silvestres possam fazer ninhos. Permite, ainda, trabalhos de manutenção e uma grande gama de reformas ao longo da vida útil da casa, sem necessidade de mudanças estruturais.
Formando uma espécie de envelope, brises ao redor da maior parte da casa controlam a insolação e a temperatura interna durante todo o dia. Todas as soluções passivas propostas pelo arquiteto foram determinantes para que a casa não precisasse de ar-acondicionado ou de muita luz artificial.
A piscina também funciona como um refrescante natural. Foi posicionada de modo a esfriar os ventos que entram na casa; o revestimento de vitrocerâmica branca, evita o efeito de ilha de calor causado pelos reflexos do sol forte na água.
Grandes aberturas tanto no teto, como em forma de portas e janelas transparentes, convidam à realização de atividades ao ar livre, fazendo com que a área externa tenha um papel de protagonista. Da mesma forma, o entorno participa da vida dos usuários quando na parte interna da casa.
Nesse projeto a natureza brinda muita personalidade, mas também aporta a maior dificuldade desde o princípio: não ter água e eletricidade a disposição. Como a propriedade tinha uma concessão de uso de água de uma nascente natural, foram instalados dois geradores hidroelétricos de baixo impacto. A mesma água que gera energia é armazenada em um tanque para uso potável. Painéis solares e um sistema de captação de águas pluviais completam o programa de sustentabilidade. As águas servidas são enviadas a uma fossa séptica conectada a um tanque com biofiltro e saem prontas para uso no jardim. (Tania Bértolo, colaboração para o UOL)
Os espaços são multidisciplinares e abrigarão atividades de investigação científica, yoga e meditação, treinamento e a residência do dono da propriedade. Tudo com uma fabulosa vista ao Oceano Pacífico em uma das áreas mais inóspitas do país.
Localizada a 30 km do centro urbano mais próximo, a casa não contará em anos –ou, talvez, nunca- com serviços básicos de fornecimento de água e energia. Além disso, está em meio a uma selva quente e bastante úmida onde se concentra 5% da biodiversidade mundial. Interferir com esse tesouro nunca foi uma opção. "Por isso, o estudo inicial considerou pontos imprescindíveis como o clima, geração de energia, condições atmosféricas e custos, entre outros", diz Robles. A casa se destaca do entorno sem, contudo, deixar de ser amigável.
O resultado arquitetônico é um uma estrutura do tipo exoesqueleto, composta por painéis autoportantes fabricados com fibras de madeira e plástico reciclado. Os painéis deixam a estrutura principal, de aço, e todas as instalações expostas. Isso evita umidade e espaços vazios onde animais silvestres possam fazer ninhos. Permite, ainda, trabalhos de manutenção e uma grande gama de reformas ao longo da vida útil da casa, sem necessidade de mudanças estruturais.
Sistemas alternativos
A distribuição interna privilegia as vistas e a abundante iluminação natural. A alta umidade local demandou montar a casa sobre pilotis, elevando-a a um metro do solo. Um layout livre de paredes e com pé-direito duplo proporciona uma excelente ventilação dos espaços e evita a proliferação de fungos e mofo, muito comuns na região.Formando uma espécie de envelope, brises ao redor da maior parte da casa controlam a insolação e a temperatura interna durante todo o dia. Todas as soluções passivas propostas pelo arquiteto foram determinantes para que a casa não precisasse de ar-acondicionado ou de muita luz artificial.
A piscina também funciona como um refrescante natural. Foi posicionada de modo a esfriar os ventos que entram na casa; o revestimento de vitrocerâmica branca, evita o efeito de ilha de calor causado pelos reflexos do sol forte na água.
Grandes aberturas tanto no teto, como em forma de portas e janelas transparentes, convidam à realização de atividades ao ar livre, fazendo com que a área externa tenha um papel de protagonista. Da mesma forma, o entorno participa da vida dos usuários quando na parte interna da casa.
Nesse projeto a natureza brinda muita personalidade, mas também aporta a maior dificuldade desde o princípio: não ter água e eletricidade a disposição. Como a propriedade tinha uma concessão de uso de água de uma nascente natural, foram instalados dois geradores hidroelétricos de baixo impacto. A mesma água que gera energia é armazenada em um tanque para uso potável. Painéis solares e um sistema de captação de águas pluviais completam o programa de sustentabilidade. As águas servidas são enviadas a uma fossa séptica conectada a um tanque com biofiltro e saem prontas para uso no jardim. (Tania Bértolo, colaboração para o UOL)
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