domingo, 1 de abril de 2012

E tem gente que não acredita ainda.!!!!!!!

 
28/03/2012 - 20:08
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Astronomia

Via Láctea abriga bilhões de planetas habitáveis, diz estudo

Astrônomos estimam que 40% das anãs vermelhas - estrelas mais comuns de nossa galáxia - possuem planetas maiores do que a Terra em sua órbita

Representação artística de como os astrônomos acreditam ser o entardecer no planeta recém-descoberto Gliese 667 Cc, o mais semelhante à Terra já encontrado Representação artística de como os astrônomos acreditam ser o entardecer no planeta recém-descoberto 'Gliese 667 Cc', o mais semelhante à Terra já encontrado (European Southern Observatory (ESO))
Pesquisa realizada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) – uma organização intergovernamental de pesquisa em astronomia – descobriu que a Via Láctea abriga bilhões de planetas rochosos maiores do que a Terra, que ocupam as zonas habitáveis de estrelas conhecidas como anãs vermelhas. Os dados foram obtidos pelo espectrógrafo HARPS, um instrumento que tem como função descobrir planetas, instalado em um telescópio do observatório La Silla, no Chile.

Saiba mais

ANÃ VERMELHA
As estrelas conhecidas como anãs vermelhas são pequenas – menores que a metade da massa do Sol –, têm a superfície relativamente fria, quando comparadas à temperatura solar, e apresentam fraca luminosidade. São, porém, muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo a cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.
SUPER-TERRA
Planetas maiores do que a Terra, mas menores que os planetas gigantes do Sistema Solar, como Júpiter e Saturno, são chamados de super-Terras. Eles possuem massas de uma a dez vezes maiores do que a massa terrestre. O termo se refere apenas à massa do planeta, excluindo qualquer outra característica, como temperatura, composição e habitabilidade.
Nas vizinhanças imediatas do Sistema Solar, os cientistas estimam que haja cerca de uma centena dos tais planetas, chamados de super-Terras, por possuírem massas maiores do que o nosso planeta. Segundo eles, essa foi a primeira vez em que foi medida de forma direta a frequência desses planetas em torno das estrelas mais comuns da nossa galáxia, as anãs vermelhas, que constituem cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.

"Cerca de 40% de todas as estrelas anãs vermelhas possuem uma super-Terra em sua zona habitável", diz Xavier Bonfils, coordenador da equipe que realizou o estudo. "Como as anãs vermelhas são muito comuns – existem cerca de 160 bilhões delas na Via Láctea –, chegamos ao resultado surpreendente de que deve haver dezenas de bilhões planetas deste tipo só em nossa galáxia", explica. Planetas gigantes, com massa de 100 a 1.000 vezes maior do que a terrestre, são menos comuns em torno delas. A estimativa é de que astros semelhantes a Júpiter e Saturno apareçam em menos de 12% das anãs vermelhas.
Os astrônomos chegaram a esses números após analisar, durante seis anos, uma amostra cuidadosamente selecionada de 102 estrelas anãs vermelhas. Neste grupo, eles encontraram nove super-Terras e conseguiram estimar suas massas e a que distância elas orbitavam as estrelas. Reunindo esses dados a observações de estrelas sem planetas e à fração de planetas existentes que ainda podem ser descobertos, a equipe chegou à frequência de super-Terras em zonas habitáveis: 41%, podendo variar de 28% a 95%.

"A zona habitável em torno de uma anã vermelha, onde a temperatura é favorável à existência de água líquida na superfície do planeta, encontra-se muito mais próxima da estrela do que a Terra está próxima do Sol", diz Stéphane Udry, membro da equipe. "Mas sabe-se que as anãs vermelhas estão sujeitas a erupções estelares, o que faz com o planeta seja banhado por radiação ultravioleta e raios-X, tornando assim a vida mais improvável", conta.
"Agora que sabemos que existem muitas super-Terras na órbita de anãs vermelhas próximas de nós, precisamos identificar mais delas. Esperamos que alguns destes planetas passem na frente das suas estrelas hospedeiras, o que nos dará a excelente oportunidade de estudar a atmosfera do planeta e procurar sinais de vida", explica Xavier Delfosse, outro astrônomo que participou do estudo.

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