quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Entenda mais esta esta tornando uma corrente geral?????

Sobe número de mortos em protestos na Tailândia

Manifestações em Bangcoc contra a premiê tailandesa, Yingluck Shinawatra, deixaram 5 mortos e cerca de 70 feridos entre terça (18) e quarta-feira (19)

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
19/02/2014 14h15 - Atualizado em 19/02/2014 14h24
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Manifestantes pedem a renúncia da primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, em mais um dia de protestos em Bangcoc. Na terça-feira (18), cinco pessoas morreram em confrontos entre policiais e manifestantes antigoverno (Foto: AP Photo/Wally Santana)
Os protestos contra a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, que, no geral, ocorreram pacificamente nos últimos três meses, voltaram a acabar em mortes. Entre esta terça (18) e quarta-feira (19), cinco pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança durante as manifestações pelas ruas da capital Bangcoc.
Um policial e dois manifestantes morreram após serem atingidos por disparos de arma de fogo. Outro civil foi morto em decorrência de ferimentos no peito. A quinta vítima foi encontrada inconsciente durante os confrontos e não foi possível reanimá-la. Além dos cinco mortos, os protestos deixaram cerca de 70 pessoas feridas - entre manifestantes, policiais e dois jornalistas estrangeiros.
Os últimos confrontos na capital tailandesa eclodiram quando a polícia tentou remover um acampamento de manifestantes localizado perto do Ministério de Energia. A medida faz parte de uma operação do governo que pretende desmantelar os dezenas de acampamentos montados em meio a avenidas e edifícios governamentais de Bangcoc, desde o dia 13 de dezembro do ano passado. A operação policial sofreu resistência. Houve troca de tiros e a explosão de uma granada, além de brigas físicas. Durante a confusão, a polícia deteve Somkiat Pongpaibul, um dos líderes da oposição, que acabou liberado no mesmo dia. Além de Pongpaibul, outras 183 pessoas foram detidas por violação do estado de emergência.
O ministro Charlem Yoobamrung, responsável pelas operações de segurança do país, declarou que as autoridades devem retomar o controle de várias posições ocupadas pelos manifestantes, como os locais próximos da sede do governo, o Ministério do Interior e o complexo governamental do norte de Bangcoc. O prazo estipulado pelo governo é sexta-feira (21).
O líder dos manifestantes, o ex-parlamentar pelo Partido Democrata Suthep Thaugsuban, pediu na noite de terça (18) aos manifestantes que façam um cerco à primeira-ministra interina, Yingluck Shinawatra, em todos os eventos e reuniões previstas em território nacional. ''É difícil aceitar o fato de que Yingluck tenha ordenado (à polícia) que nos matasse e que agora se esconde no escritório do secretário permanente de Defesa. Vamos tomar (o escritório) e a encontraremos", afirmou o líder do movimento, Suthep Thaugsuban, segundo a agência AFP. Na manhã desta quarta-feira (19), centenas de manifestantes começaram a se concentrar numa área do ministério da Defesa, que a premiê tailandesa usou nas últimas semanas como sede alternativa do governo, já que a oficial está bloqueada pelos opositores.

Durante manifestação antigoverno, soldados tailandeses entregam pacotes de água mineral para manifestantes através de barreira (Foto: AP Photo/Wason Wanichakorn)

Desde que começaram os protestos, em novembro de 2013, 16 pessoas morreram e 668 ficaram feridas. Os manifestantes exigem a queda do governo para criar um conselho que faça uma reforma do sistema político tailandês, considerado corrupto pela população e que, ainda hoje, funciona a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck, deposto em 2006.
>> Entenda a crise política na Tailândia

Tropa de choque da Tailândia reforça segurança do Palácio do Governo, em Bangcoc.  Cerca de quatro pessoas morreram e 60 ficaram feridas nos últimos protestos realizados na capital tailandesa contra a gestão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra (Foto: EFE/Narong Sangnak)

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