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Depois de mapear gravidade da Terra, satélite se prepara para cair no solo
Agência Espacial Europeia minimiza riscos: "dois terços da Terra são cobertos por água"
Após mais de quatro anos mapeando a gravidade da Terra
com "precisão inigualável", conforme afirma a Agência Espacial Europeia
(ESA), o satélite Goce está prestes a encerrar sua missão e reentrar na
atmosfera.
O satélite, cujo nome é Explorador de campo
gravitacional e de circulação oceânica de estado estacionário (Gravity
Field and Steady-state Ocean Circulation Explorer, em inglês), está
desde março de 2009 orbitando a Terra na altitude mais baixa que um
objeto desses já esteve. Por seu design elegante e aerodinâmico, ele foi
apelidado de "Ferrari", numa referência à montadora italiana.
O resultado dos trabalhos do Goce permitiu que se
chegasse a um modelo único de "geóide", que é essencialmente uma
superfície virtual onde a água não flui de um ponto a outro.
No próximo mês, o satélite encontrará seu fim. Ele
ficará sem combustível e iniciará sua descida em direção à Terra a
partir de uma altura de cerca de 224 km – a reentrada deve ocorrer cerca
de três semanas depois.
A maior parte do Goce deve se desintegrar durante esse
processo, mas muitos pedaços devem atingir a superfície do planeta.
Ainda não é possível prever quando e onde isso vai ocorrer, mas a ESA
entende que será possível estimar os locais de impacto mais próximo do
momento da reentrada. "O fato de dois terços da Terra serem cobertos por
oceanos, e que vastas áreas são escassamente povoadas, o perigo para a
vida ou a propriedade é muito baixo", destaca a agência, que garante
estar acompanhando passo a passo a situação do satélite ao lado de uma
comissão internacional.
Lixo espacial
Cerca de 40 toneladas de lixo espacial caem na Terra por ano. No entanto, a propagação e o tamanho desses materiais fazem com que o risco de uma pessoa ser atingida seja melhor do que se o acidente fosse com um meteorito.
Cerca de 40 toneladas de lixo espacial caem na Terra por ano. No entanto, a propagação e o tamanho desses materiais fazem com que o risco de uma pessoa ser atingida seja melhor do que se o acidente fosse com um meteorito.
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