Azerbaijão é o "vizinho desenvolvido e moderno" no Cáucaso
21 de agosto de 2011 • 11h21 • atualizado às 11h28
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Prédios ultramodernos surgem por todos os lados e destacam um Azerbaijão mais desenvolvido no Cáucaso
Foto: Solly Boussidan/Especial para Terra
Foto: Solly Boussidan/Especial para Terra
A não ser que você tenha amplo conhecimento de geografia, trabalhe no setor de petróleo e gás ou se interesse por estudos soviéticos, as chances são de que pouco ou nada tenha ouvido falar sobre o Azerbaijão.
O pequeno país no sudeste do Cáucaso se estende das planícies do Irã ao sul às margens do Mar Cáspio, a leste. O norte é recortado pelo fim da cordilheira do Cáucaso. Os azeris são um povo de origem túrquica que falam um idioma muito similar ao turco, mas etnicamente se miscigenaram com povos do norte do Cáucaso e do Irã.
Um povo extremamente agrário e originalmente zoroastrista, os azeris foram dominados por sucessivas invasões túrquicas e iranianas, que acabaram por converter mais de 99% da população à vertente xiita do islamismo. Mesmo assim, o país abriga minorias cristãs, judaicas, animistas, zoroastristas, hare krishna, hinduístas, sunitas, wahabitas e baha'is.
Em 1918, o Azerbaijão tornou-se o primeiro país islâmico a tornar-se uma república secular e democrática, a experiência, no entanto, durou pouco tempo e o país tornou-se parte da União Soviética (URSS) em 1920. Sob o comando de Moscou, diversos russos foram realocados para o país e a população sofreu forte pressão para abandonar as práticas religiosas em nome da pátria comum. A grande diversidade e mudança de regimes e costumes, transformaram os azeris em um dos povos mais hospitaleiros do planeta.
As práticas de secularização da URSS foram tão profundas que poucas mesquitas sobreviveram no país e poucos são os azeris que efetivamente aderem aos costumes islâmicos. Nos últimos anos, uma versão moderna e urbana do Islã tem se tornado popular entre alguns jovens da elite local.
O grande avanço azeri se deu com a descoberta de petróleo e gás no início do século XX, que garante a prosperidade do país até hoje e tornou a república no país mais próspero do Cáucaso. Antigos prédios e mausoléus de mais de mil anos, do período das invasões turcas, iranianas e mongóis, se misturam a belas mansões da época dos barões do petróleo, resquícios da arquitetura de bloco do período socialista e mais recentemente a construção de prédios ultramodernos em estilo dubaiesco.
No campo político, o país dominou por 70 anos e tentou colonizar de forma desastrosa o enclave armênio de Nagorno-Karabakh, o qual perdeu em uma guerra sangrenta para a vizinha Armênia na década de 90. Ambos os países continuam em virtual estado de guerra.
A família Aliyev, cujo patriarca Heydar Aliyev era membro do politburo soviético assumiu o controle do Azerbaijão em sucessivas eleições de pouca transparência e através de uma série de manobras legais dominaram todos os campos econômicos da nação. Com a morte de Heydar Aliyev, seu filho, Ilham, assumiu o poder e governa o país de forma autocrática sem permitir dissidências. Apesar da truculência política, os azeris possuem o melhor padrão de vida dos países do Cáucaso.
Prédios ultramodernos estão surgindo por todos os lados e em grande parte pertencem à família Aliyev
Os amplos bulevares de Baku datando da época do descobrimento do petróleo são adornados por prédios e mansões em estilo parisiense
O pequeno país no sudeste do Cáucaso se estende das planícies do Irã ao sul às margens do Mar Cáspio, a leste. O norte é recortado pelo fim da cordilheira do Cáucaso. Os azeris são um povo de origem túrquica que falam um idioma muito similar ao turco, mas etnicamente se miscigenaram com povos do norte do Cáucaso e do Irã.
Um povo extremamente agrário e originalmente zoroastrista, os azeris foram dominados por sucessivas invasões túrquicas e iranianas, que acabaram por converter mais de 99% da população à vertente xiita do islamismo. Mesmo assim, o país abriga minorias cristãs, judaicas, animistas, zoroastristas, hare krishna, hinduístas, sunitas, wahabitas e baha'is.
Em 1918, o Azerbaijão tornou-se o primeiro país islâmico a tornar-se uma república secular e democrática, a experiência, no entanto, durou pouco tempo e o país tornou-se parte da União Soviética (URSS) em 1920. Sob o comando de Moscou, diversos russos foram realocados para o país e a população sofreu forte pressão para abandonar as práticas religiosas em nome da pátria comum. A grande diversidade e mudança de regimes e costumes, transformaram os azeris em um dos povos mais hospitaleiros do planeta.
As práticas de secularização da URSS foram tão profundas que poucas mesquitas sobreviveram no país e poucos são os azeris que efetivamente aderem aos costumes islâmicos. Nos últimos anos, uma versão moderna e urbana do Islã tem se tornado popular entre alguns jovens da elite local.
O grande avanço azeri se deu com a descoberta de petróleo e gás no início do século XX, que garante a prosperidade do país até hoje e tornou a república no país mais próspero do Cáucaso. Antigos prédios e mausoléus de mais de mil anos, do período das invasões turcas, iranianas e mongóis, se misturam a belas mansões da época dos barões do petróleo, resquícios da arquitetura de bloco do período socialista e mais recentemente a construção de prédios ultramodernos em estilo dubaiesco.
No campo político, o país dominou por 70 anos e tentou colonizar de forma desastrosa o enclave armênio de Nagorno-Karabakh, o qual perdeu em uma guerra sangrenta para a vizinha Armênia na década de 90. Ambos os países continuam em virtual estado de guerra.
A família Aliyev, cujo patriarca Heydar Aliyev era membro do politburo soviético assumiu o controle do Azerbaijão em sucessivas eleições de pouca transparência e através de uma série de manobras legais dominaram todos os campos econômicos da nação. Com a morte de Heydar Aliyev, seu filho, Ilham, assumiu o poder e governa o país de forma autocrática sem permitir dissidências. Apesar da truculência política, os azeris possuem o melhor padrão de vida dos países do Cáucaso.
Prédios ultramodernos estão surgindo por todos os lados e em grande parte pertencem à família Aliyev
Os amplos bulevares de Baku datando da época do descobrimento do petróleo são adornados por prédios e mansões em estilo parisiense
Fontes, uma das tradições dos países islâmicos, estão por todos os cantos do Azerbaijão
Prédios ultramodernos estão surgindo por todos os lados e em grande parte pertencem à família Aliyev
A vista de Baku impressiona pela combinação de prédios modernos e antigos
A Torre da Donzela é um dos marcos do arquitetura do Azerbaijão medieval
Mausoléus da divisão sufi mística do Islã também estão presentes no país
Mesquitas e palácios otomanos de quase mil anos ainda sobrevivem na cidade antiga e feudal no centro de Baku
Mesquitas e palácios otomanos de quase mil anos ainda sobrevivem na cidade antiga e feudal no centro de Baku
Prédios grandiosos da época pré-soviética dos barões do petróleo adornam os grandes bulevares de Baku
Em Baku é possível ver prédios otomanos, soviéticos e ultramodernos lado a lado em um contraste arquitetônico único no Cáucaso
Fontes de inspiração persa e islâmica também decoram as ruas de Baku
A maior bandeira do mundo fica no Azerbaijão, ao custo de US$ 25 milhões de dólares e com a altura de um prédio de mais de 15 andares; ela tremula no horizonte da capital do país, Baku
A vista de Baku a partir do Mar Cáspio impressiona pela combinação de prédios modernos e antigos
Arquitetura soviética com prédios grandes e funcionais em forma de bloco ainda é visível no Azerbaijão
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