sábado, 6 de agosto de 2011

Realmente uma boa opção para um descanço este espaço e em prais muito boas.

Resort no sul da Bahia aposta em linhas modernas e minimalistas

Leonardo Finotti / UOL
 

Makenna Resort

Ponta da Tulha ( BA)

Arquitetura

- Drucker Associados
Em meio a uma reserva ambiental e em uma das praias mais paradisíacas do sul da Bahia, o Makenna Resort é dedicado ao descanso e à contemplação da natureza. A implantação do hotel, cujas diárias chegam a custar R$ 1.300,00, apoiou-se em um conceito pouco explorado pela hotelaria do litoral brasileiro. Em vez dos convencionais bangalôs de inspiração tailandesa, a aposta foi em linhas modernas com elegantes traços minimalistas.
O objetivo, segundo Monica Drucker, responsável pelo projeto de arquitetura junto com o arquiteto Ruben Otero, foi proporcionar uma estética refinada por meio de elementos simples. Mais do que respeitar a escala do local, o espaço construído deveria estabelecer uma relação visual com a natureza. “Tentou-se expandir dramaticamente a sensação de horizontalidade, eliminando do campo visual aquilo que não é a essência da paisagem”, conta Drucker. O resultado são construções discretas, permeáveis, que enquadram a exuberante vista.

Horizontalidade

Localizado entre as cidades de Ilhéus e Itacaré, o resort insere-se em um terreno de 50 hectares. Apesar de toda essa área disponível, apenas 6.700 m² foram construídos, dando origem ao edifício-sede (com restaurante, áreas de recepção e lazer), a um spa, a um prédio de serviços e aos 16 exclusivos chalés, com áreas de 80 m² e 100 m². O restante do terreno, ocupado por 42 hectares de Mata Atlântica nativa, manteve-se intacto.
Fora o cuidado com a ocupação do espaço, outras medidas contribuíram para reduzir o impacto da construção e da operação do hotel ao ambiente. O Makenna conta com sistema de tratamento de efluentes e também utiliza painéis fotovoltaicos para geração de energia.
A preocupação com a sustentabilidade fez com que a implantação dos chalés se transformasse em um desafio à parte. Isso porque todas as unidades deveriam ter vista para o mar e ocupar uma faixa do terreno junto à praia, de forma que todos os coqueiros fossem preservados, assim como outras espécies arbóreas existentes.

Conforto térmico

Como o sul da Bahia é uma região bastante quente e úmida, outra preocupação foi garantir ambientes bem arejados e frescos com o uso mínimo de ar condicionado. Nesse ponto, a arquitetura modernista veio bem a calhar ao oferecer um leque amplo de soluções, como o uso de brises, amplos pátios e aberturas frente-fundo que facilitam a circulação de ar.
Também favoreceu a refrigeração dos ambientes a decisão de elevar as construções em 70 cm em relação nível do solo. De quebra, a medida de suspender as edificações trouxe outros benefícios técnicos e estéticos: ajudou a preservar a vegetação rasteira na faixa de areia junto à praia, manteve as construções longe da umidade, facilitou o acesso às instalações sanitárias em caso de manutenção e agregou leveza visual, algo muito desejável em um resort praiano.
Curiosamente essa aparência fluida foi conquistada utilizando-se um material pesado, o concreto. Protagonista na arquitetura do Makenna Resort, ele está presente em elementos estruturais, em pisos e na cobertura.

Vista sem interferências

Muito dessa leveza se deve ao uso de lajes nervuradas com miolo de poliestireno expandido (EPS), que também colaborou para melhorar o conforto térmico. Monica Drucker conta que essa solução permitiu obter estruturas esbeltas, com apoios pontuais relativamente separados, amplos vãos livres e grandes balanços que formam terraços e espaços de transição entre interior e exterior, sem interferência de pilares. Diante da forte maresia que desgasta os materiais, o concreto selecionado para a obra recebeu aplicação de fibras de carbono que aumentam a sua resistência e durabilidade.
Nos interiores, as paredes ora são brancas, ora revestidas com pedras de arenito extraídas na região. A decoração, com peças de design clean e minimalista, muitas desenhadas pela própria Monica Drucker, mantém coerência com a arquitetura do local.
Nas áreas sociais a atmosfera é a de uma galeria de arte. O que, de certa forma, não deixa de ser verdade. Circulando pelo local é possível visualizar diversas pinturas e instalações do artista plástico alemão Thilo Scheuermann, que também é o proprietário do resort. (Juliana Nakamura, colaboração para o UOL)

Foto 1 de 27 - Linhas modernistas também dão forma ao spa do Makenna Resort. A construção é afastada do solo, solução que agregou ganhos para a arquitetura e também para o meio ambiente

Foto 2 de 27 - Todos os 16 chalés do Makenna têm vista para o mar. Semelhante à montagem de um quebra-cabeças, a implantação de cada construção procurou respeitar os coqueiros e outras árvores existentes

Foto 3 de 27 - Vista lateral de um dos chalés. A laje em balanço permitiu criar espaços de transição entre interior e exterior

Foto 4 de 27 - O estar do chalé superluxo do Makenna Resort tem mobiliário da Sierra Móveis e obras de arte de Thilo Scheuermann. As venezianas de freijó filtram a luz natural

Foto 5 de 27 - Algumas paredes, como a da cabeceira da cama, foram revestidas com arenito da região, agregando textura ao ambiente criado por Monica Drucker e Ruben Otero para o Makenna Resort, na Bahia. Sofá, mesa e poltrona dos chalés são da Sierra Móveis

Foto 6 de 27 - Nos banheiros dos seis chalés super luxo do Makenna Resort, projeto de Monica Drucker e Ruben Otero no sul da Bahia, o uso extensivo da madeira confere uma atmosfera aconchegante e sofisticada. A banheira tem vista para o mar. Louças e metais sanitários Deca

Foto 7 de 27 - As persianas, assim como as esquadrias, foram fabricadas com freijó pela Oficina de Marcenaria, de Ubatuba (SP). O modelo é acionado por uma paleta vertical com peças em PVC

Foto 8 de 27 - A portas e janelas dos chalés são venezianas pivotantes, que se abrem totalmente. Nos quartos predomina uma decoração clean e iluminação indireta. O mobiliário é da Sierra Móveis e a iluminação, da Lightworks

Foto 9 de 27 - A combinação de paredes brancas e revestidas com arenito também está presente nos banheiros. Nas áreas molháveis, como no boxe dos chuveiros, foram empregadas pastilhas de porcelana (da Jatobá), que apresentam baixa absorção de água. Projeto de Monica Drucker e Ruben Otero para o Makenna Resort, no sul da Bahia

Foto 10 de 27 - Todos os 16 chalés do Makenna têm vista para o mar. Semelhante à montagem de um quebra-cabeças, a implantação de cada construção procurou respeitar os coqueiros e outras árvores existentes

Foto 11 de 27 - O hotel é composto por apenas 16 chalés projetados para oferecer descanso e privacidade aos seus hóspedes

Foto 12 de 27 - Responsável pela arquitetura do Makenna Resort, Monica Drucker conta que buscou eliminar do campo visual aquilo que não fosse substancialmente a essência da paisagem. As espreguiçadeiras de fibra são da Dona Flor

Foto 13 de 27 - A simplicidade foi a tônica do projeto. Nas piscinas, as pastilhas de porcelana (da Jatobá) não competem com a paisagem. Discretas, as espreguiçadeiras são da Estilo XXI, de Itabuna (BA)

Foto 14 de 27 - Nas áreas de convívio, o hotel exibe obras de arte, como as miniaturas de ocas indígenas tupinambás, à direita na foto. Em intervenção de artista plástico Thilo Scheuermann, as ocas estão divididas por um tubo metálico vermelho, simbolizando um corte abrupto na cultura e nas convicções desse povo

Foto 15 de 27 - A simplicidade foi a tônica do projeto. Nas piscinas, as pastilhas de porcelana (da Jatobá) não competem com a paisagem. Discretas, as espreguiçadeiras são da Estilo XXI, de Itabuna (BA)

Foto 16 de 27 - Lateral do prédio principal do Makenna Resort, no sul da Bahia, projetado pelos arquitetos do Drucker Associados. A laje de cobertura em balanço cria sombra importante para viabilizar a fachada de vidro em um local de clima quente. A opção de afastar as construções do solo ajuda a deixar os ambientes mais secos e frescos

Foto 17 de 27 - Responsável pela arquitetura do Makenna Resort, Monica Drucker conta que buscou eliminar do campo visual aquilo que não fosse substancialmente a essência da paisagem. As espreguiçadeiras de fibra são da Dona Flor

Foto 18 de 27 - Nas áreas de convívio, o hotel exibe obras de arte, como as miniaturas de ocas indígenas tupinambás, à direita na foto. Em intervenção de artista plástico Thilo Scheuermann, as ocas estão divididas por um tubo metálico vermelho, simbolizando um corte abrupto na cultura e nas convicções desse povo

Foto 19 de 27 - O verde da Mata Atlântica preservada é o principal elemento da arquitetura. O edifício-sede ocupa o terreno de forma discreta, reverenciando a natureza

Foto 20 de 27 - A horizontalidade foi explorada ao máximo fazendo com que as construções não interfiram na vista e na paisagem

Foto 21 de 27 - O design minimalista prevalece também no restaurante que tem piso de concreto aparente e generosas aberturas. Cadeiras e principalmente as mesas remetem a elementos da arquitetura modernista. Peças da Sollosbrasil

Foto 22 de 27 - O design minimalista prevalece também no restaurante que tem piso de concreto aparente e generosas aberturas. Cadeiras e principalmente as mesas remetem a elementos da arquitetura modernista. Peças da Sollosbrasi

Foto 23 de 27 - A simplicidade foi a tônica do projeto. Nas piscinas, as pastilhas de porcelana (da Jatobá) não competem com a paisagem. Discretas, as espreguiçadeiras são da Estilo XXI, de Itabuna (BA)

Foto 24 de 27 - O verde da Mata Atlântica preservada é o principal elemento da arquitetura. O edifício-sede ocupa o terreno de forma discreta, reverenciando a natureza

Foto 25 de 27 - No prédio do spa, o pergolado de concreto sombreia a fachada de vidro. O piso executado pela Cordeiros Engenharia transmite frescor. Já os balanços das lajes conferem uma sensação de liberdade

Foto 26 de 27 - No prédio do spa, o pergolado de concreto sombreia a fachada de vidro.O piso executado pela Cordeiros Engenharia transmite frescor. Já os balanços das lajes conferem uma sensação de liberdade

Foto 27 de 27 - Sobre esteiras de bambu, os hóspedes do Spa Makenna podem receber diversos tratamentos, como massagens e banhos que propiciam o relaxamento


























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