segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tomem como alerta eles se gabam muito, temos que ficar alerta quanto a isto.

 ISTOÉ Online |  08.Ago.11 - 16:50 |  Atualizado em 08.Ago.11 - 20:54

Obama critica agência e diz que EUA sempre terão nota máxima

Presidente americano disse que o país não precisa de um agência de classificação para dizer que necessita de uma abordagem de longo prazo equilibrada para redução do déficit

Do Portal Terra

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta segunda-feira (8) o rebaixamento da dívida do país pela agência de classificação de risco Standard & Poor's ocorrida na última semana. "Os mercados vão subir e cair, mas somos os Estados Unidos da América. Seremos sempre um país 'AAA' (classificação máxima da S&P)", disse Obama, no dia em que os mercados voltam a sofrer fortes perdas em todo o mundo. "Não importa o que uma agência diz, nós vamos ser sempre um país 'AAA'". 
 
De acordo com presidente americano, o país não precisa de um agência de classificação para dizer que necessita de uma abordagem de longo prazo equilibrada para redução do déficit americano. Citando o megainvestidor Warren Buffet - que afirmou ver nos Estados Unidos um país 'AAAA', nota ainda maior que a melhor classificação cedida pela S&P -, Obama disse que é desta maneira que o mercado vê o país. "E eu também acredito nisso", afirmou. 
 
Obama culpou o impasse político ocorrido entre democratas e republicanos para a aprovação de um novo teto da dívida pelo rebaixamento do rating do país. O presidente disse esperar que o corte da nota soberana para "AA+", ante "AAA", dará aos parlamentares um novo senso de urgência para combater os gastos, afirmando não acreditar que as reduções poderiam ser postas em prática apenas com cortes de gastos isoladamente. 
 
Comentando a situação econômica do país, Obama voltou a defender os cortes de impostos sobre salários "o mais rápido possível". Segundo ele, não efetuar esses cortes pode significar deixar de criar um milhão de empregos. "Não há nenhuma razão em não fazermos isso agora a não ser pelas férias no Congresso", disse. 
 
Entenda
 
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas. 
 
Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência de risco Standard & Poor's retirou a nota máxima da dívida dos EUA.

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