Mantega: Brasil não está imune às crises na Europa e nos EUA
08 de agosto de 2011 • 18h45 • atualizado 19h42
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta segunda-feira que o Brasil "não está imune" à crise protagonizada por países da Europa e pelos Estados unidos, que teve a nota de classificação de sua dívida rebaixada pela primeira na história na sexta-feira pela Standard & Poor's. Na avaliação do ministro, que fez um relato da conjuntura econômica internacional à presidente Dilma Rousseff, por enquanto o Brasil tem condições de manter as atuais variáveis econômicas. No caso das turbulências no exterior, no entanto, o ministro admitiu que o governo pode lançar mão das reservas internacionais para ampliar o crédito e apelar para que bancos públicos e privados auxiliem na recuperação do mercado interno."Não quero me antecipar porque pode ser que tudo isso acabe ainda nesta semana. O perigo não é aqui no Brasil. O Brasil não está no epicentro da crise, mas sofremos as consequências dela", disse Mantega.O ministro da Fazenda afirmou ainda que não falta "armamento" para o governo enfrentar uma eventual piora na crise internacional. Para ele, a crise global de 2008 e 2009 nunca terminou nos países desenvolvidos.De acordo com Mantega, o Brasil, por sua vez, tem uma situação fiscal sólida mas prometeu que ela será reforçada. "Vamos continuar fortalecendo a posição fiscal do país", afirmou. O ministro disse ainda que se os Estados Unidos decidirem fazer um "quantitative easing 3" será ruim para o Brasil.Sem confiança
O ministro da Fazenda disse que os mercados perderam a confiança na recuperação da economia global e criticou os líderes europeus pela demora na solução da crise na região.Para ele, a crise entra cada vez mais em uma fase "crônica" e os países desenvolvidos não vão se recuperar brevemente. Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas. Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência de risco Standard & Poor's retirou a nota máxima da dívida dos EUA.
O ministro da Fazenda disse que os mercados perderam a confiança na recuperação da economia global e criticou os líderes europeus pela demora na solução da crise na região.Para ele, a crise entra cada vez mais em uma fase "crônica" e os países desenvolvidos não vão se recuperar brevemente. Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas. Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência de risco Standard & Poor's retirou a nota máxima da dívida dos EUA.
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