Airbus traz a SP jato de US$ 65 milhões para novos bilionários
11 de agosto de 2011 • 12h24 • atualizado 12h57
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O preço da aeronave é estimado em US$ 65 milhõesFoto: Reinaldo Marques/Terra
A companhia francesa Airbus quer ampliar as vendas de jatos executivos no País de olho no novo mercado de bilionários, disse o vice-presidente mundial de vendas de jatos executivos da marca, Francois Chazelle. Nesta semana, a empresa trouxe pela primeira vez ao País o jato coorporativo ACJ318, para a 8ª Conferência Anual Latino Americana de Negócios para a Aviação (Labace). A feira vai até sábado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O preço da aeronave é estimado em US$ 65 milhões.Segundo levantamento da revista americana Forbes, divulgado em março deste ano, o número de bilionários no País passou de 18 para 31 - um crescimento de 66,7% em um ano. "A economia brasileira cresce cada vez mais rápido e o mercado de bilionários está em amplo crescimento. A Airbus acompanha essa mudança há alguns anos e veio mostrar esse novo produto", comentou Chazelle.O outro modelo da companhia, o ACJ319, com dimensões maiores, foi comprado pelo governo federal em 2005, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atualmente está a disposição da presidente Dilma Rousseff. De acordo com a assessoria de imprensa da Airbus, o modelo apresentado na feira não tem concorrentes diretos, já que é maior que os jatos da Embraer ou da Bombardier.O jato possui uma cabine duas vezes mais larga que os jatos corporativos tradicionais e possui espaço interno de 75 m² de chão, tamanho equivalente a um apartamento médio de três dormitórios. Na aeronave, a sala de estar e o escritório podem ser convertidos em quarto. O avião conta também com dois banheiros, e pode fazer voos sem escalas de Pequim (China) para Moscou (Rússia), além de Paris (França) para Nova York (EUA), de acordo com as informações do fabricante.O vice-presidente não se mostra preocupado com o agravamento da crise financeira global na última semana, com o rebaixamento do rating dos EUA pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. Segundo ele, a empresa já viu os efeitos de uma crise (em 2008) e percebeu que o mercado para jatos dessa dimensão é mais estável que o mercado de jatos menores. "Temos certeza de que o efeito da crise será menor para jatos desse porte", disse.De acordo com Chazelle, esse tipo de jato é especialmente interessante para aluguel. Uma empresa que pense em investir em clientes corporativos pode cobrar um valor de aluguel por hora até 50% maior do que aquele cobrado em jatos menores, embora o custo por operação seja apenas 15% maior. Ou seja, a margem de lucro desse aluguel é mais alta do que a de jatos menores.
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