sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Se ele não for muito forte a casa vai cair.

ISTOÉ Online |  03.Jan.13 - 11:45 |  Atualizado em 04.Jan.13 - 07:26

Autoridades da Venezuela reconhecem que estado de saúde de Chávez é delicado

Presidente venezuelano foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica e apresentou complicações, como hemorragia e infecção respiratória

Agência Brasil

A uma semana da cerimônia de posse do presidente reeleito da Venezuela, Hugo Chávez, autoridades do país reconhecem que o estado de saúde dele é delicado. O ministro da Ciência e Tecnologia da Venezuela, Jorge Arreaza, disse nessa quarta-feira (2) à noite que o estado de saúde de Chávez é “estável” dentro de “um quadro delicado”, mas que ele “está lutando duro”.
Desde o dia 11, o presidente venezuelano está hospitalizado em Havana, Cuba, para tratamento de combate ao câncer. Ele foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor maligno na região pélvica e apresentou complicações, como hemorragia e infecção respiratória. Nos últimos dias, aumentaram as informações, não oficiais, que seu estado de saúde piorou.
Arreaza utilizou sua conta na rede social Twitter para informar sobre o estado de saúde de Chávez. "A equipe médica explica que a condição do presidente Chávez permanece estável dentro de seu quadro delicado", disse ele. “[O presidente Chávez] ainda está lutando duro e envia todo o seu amor ao nosso povo. Perseverança e paciência".
O governador de Barinas (Sudoeste da Venezuela), Adan Chávez, está em Havana para visitar Chávez. Até sábado (29) estavam em Cuba o presidente interino venezuelano, Nicolás Maduro, Arreaza, e a procuradora-geral da República, Cilia Flores.
Anteontem (1º), ainda em Havana, Maduro disse que encontrou Chávez com uma “força gigantesca” na tentativa de desfazer os rumores sobre o agravamento do estado de saúde do presidente. Segundo ele, Hugo Chávez está “consciente da complexidade” do seu estado de saúde.
"Eu o vi duas vezes. Conversei com ele que está consciente do processo pós-operatório complexo e pediu, especificamente, para manter o povo informado sempre com a verdade, mesmo que dura em certas circunstâncias", disse Maduro.
A cerimônia de posse de Chávez está marcada para o dia 10. A Constituição da Venezuela diz que, na sua ausência, assume o poder o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), Diosdato Cabello, que deve convocar eleições presidenciais em até 30 dias. Mas há informações que a data da posse venha a ser mudada. Ainda não há definição sobre o tema.

 ISTOÉ Online |  02.Jan.13 - 11:04 |  Atualizado em 04.Jan.13 - 07:36

Presidente da Venezuela está em coma induzido, diz jornal

Incertezas podem levar à alteração na data da posse

Terra e Agência Brasil

O presidente venezuelano Hugo Chávez é mantido em coma induzido no hospital de Havana (Cuba), onde foi internado para a quarta cirurgia de remoção de um tumor na região pélvica, informou nesta quarta-feira (2) o jornal espanhol ABC.

De acordo com o veículo, Chávez tem sinais vitais "muito debilitados" e uma desconexão dos aparelhos, que provavelmente levaria à morte, já foi considerada e pode ocorrer a qualquer momento.

As autoridades venezuelanas asseguram que o presidente tem quadro estável, mas, de acordo com o jornal espanhol, parecem estar apenas preparando o país para a notícia da morte do líder bolivariano.

Chávez é tratado por médicos cubanos e russos em Havana. O vice-presidente venzuelano, Nicolás Maduro, viajou para a ilha caribenha para acompanhar a internação. Por conta da difícil situação, a festa de Ano-Novo de Caracas foi cancelada na última segunda-feira.

Incertezas podem levar à mudança da data da posse

Caso Chávez, reeleito no ano passado, não possa assumir o poder, deve haver nova eleição para a Presidência da República do país. Interinamente o poder deve ficar sob o comando do presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) Venezuelana, Diosdato Cabello. As eleições devem ocorrer em um prazo de até 30 dias.

No entanto, aumenta no país a pressão de setores que apoiam Chávez para adiar a data da posse e marcá-la para o momento em que o presidente esteja plenamente recuperado. A controvérsia ainda não foi solucionada. Mas até o principal nome da oposição, Henrique Capriles, disse ser favorável à mudança da data da posse.

Para especialistas, se houver nova eleição na Venezuela, o processo será polarizado entre o candidato governista – o atual vice-presidente e o presidente interino, Nicolás Maduro – e Capriles, que em outubro perdeu as eleições para Chávez, mas venceu a disputa para governar o estado de Miranda, o mais populoso e rico da Venezuela. No país, o vice-presidente é indicado pelo presidente.

As incertezas sobre o estado de saúde de Chávez, operado no mês passado em Cuba para a retirada de um tumor maligno na região pélvica, aumentaram nos últimos dias. Não há dados sobre o retorno do presidente venezuelano ao poder.

A seguir, veja os principais nomes da política venezuelana:

Diosdato Cabello
É o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) da Venezuela e leal aliado do grupo de Chávez. Foi o primeiro a defender a mudança na data da posse para que o presidente tenha condições de assumir o poder. Em entrevistas, costuma elogiar e destacar o papel de Chávez na história política e diz que ele é um exemplo a ser seguido

Nicolás Maduro
É o atual presidente interino do país, mas ocupa também os cargos de vice-presidente e ministro das Relações Exteriores da Venezuela. Líder sindical, ele conquistou o lugar de número 2 no país nos últimos seis anos. Budista, Maduro é elogiado por diplomatas estrangeiros por sua habilidade política e de articulação.

Henrique Capriles
É o governador de Miranda, estado mais populoso e rico da Venezuela. Ele disputou, em outubro, as eleições com Chávez e perdeu, mas se transformou no principal nome da oposição do país. Apesar de ser um crítico constante do governo, ele foi favorável à mudança da data da posse para que Chávez assuma o poder.

Rafael Ramírez 
É o ministro do Petróleo e de Minas da Venezuela, apontado como o terceiro nome na política local, depois de Chávez e Maduro. No mês passado, quando houve a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul em que a Venezuela foi o alvo das atenções, Ramírez representou o país em nome de Chávez que estava em tratamento médico em Cuba.
 

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