sexta-feira, 17 de maio de 2013

Vulcões - quem pode contra eles, são realmente um dos vilões e um deles pois a natureza tem muita surpresa para todos.

Fotógrafo caça vulcões e mostra paisagens 'alienígenas' da Terra

 

Especializado em fotografar a natureza, Martin Rietze percorre o mundo em busca das luzes da aurora boreal, animais selvagens e locais desérticos que formam o catálogo virtual do site ALPE (Paisagens Alienígenas da Terra, na sigla em inglês). Mas o alemão gosta mesmo é de escalar montanhas atrás de vulcões ativos, tendo seus registros compilados em três livros - neste ano, ele já observou a fúria do Etna, na Itália, e do Sakurajima, no Japão. Acima, a abertura do Erta Ale, um vulcão localizado no Nordeste da Etiópia (África), ganha a companhia de Vênus e Júpiter (pontos brilhantes no centro) no registro feito em uma manhã de fevereiro de 2008
O Erta Ale é um dos poucos vulcões do mundo que nunca adormece. A abertura no topo criou um lago de lava permanente, apelidado de "porta do inferno", que deu ao monte de 613 metros no Nordeste da Etiópia o título de lugar mais quente da Terra

Martin Rietze passa cerca de 15 dias em cada local para fotografar a atividade vulcânica, para acompanhar todo o processo. Durante sua passagem pela Indonésia, em junho de 2008, ele ficou fascinado pelo "rio de enxofre" que escorreu pelo Kawah Ijen

O Kawah Ijen faz parte de uma cadeia de estratovulcões de Java, na Indonésia. O termo se refere ao formato de cone do vulcão, que foi desenhado pelo material expelido durante as erupções - no caso desta cratera ácida, foi o enxofre

O vulcão Santa Maria, que integra o complexo Sierra Madre, na Guatemala, entrou em atividade entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Durante as erupções, Martin Rietze diz que se afasta do vulcão e faz fotos há quilômetros de distância em nome da segurança

"Gases e enxofre queimam no início de uma das muitas erupções" que o vulcão Santa Maria sofreu no mesmo dia, escreve o fotógrafo alemão sobre sua passagem pela Guatemala, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009

Com 2.843 metros de altitude, Villarrica é um dos vulcões ativos que viraram atração turística no Chile. Martin Rietze visitou esse cume, que está situado na Cordilheira dos Andes, no começo de dezembro de 2009

A erupção do vulcão de Montserrat atira pedras, lava e muita poeira sobre a ilha caribenha em janeiro de 2010. A atividade do Soufrière Hills preocupa o governo local por já ter destruído o aeroporto local e matado dezenas de pessoas em 1997

A nuvem composta de gás extremamente quente, cinzas e muitas pedras, conhecida também como fluxo piroclástico, é um dos efeitos devastadores da erupção. Como ela se desloca mais rente ao chão, soltando fragmentos sólidos, essa nuvem empoeirada pode matar as pessoas. Acima, o fluxo toma o céu da ilha Montserrat, no Caribe, em registro feito com uma lente fisheye em janeiro de 2010

A força da erupção cobriu o topo do Soufrière Hills, em Montserrat, com pedras e lava, mostram as fotos do alemão feitas em janeiro de 2010. O vulcão expele material do magma extraído do fundo oceânico do Caribe


O Eyjafjallajökull mostrou ao mundo como as cinzas vulcânicas são capazes de afetar pessoas a quilômetros de distância. As nuvens densas expelidas por esse vulcão da Islândia mergulharam a Europa em um caos aéreo em 2010, após obrigar o fechamento de aeroportos em vários países e o cancelamento de milhares de voos. Martin Rietze fez essa foto a partir do glaciar Solheimajökull, cerca de 60 quilômetros de distância do vulcão

A lava expelida pelo Eyjafjallajökull escorre pelo vale Hrunagil, na Islândia, em maio de 2010. O vulcão foi responsável por dar um verdadeiro nó no sistema de aviação da Europa ao expelir uma densa nuvem, conhecida por atrapalhar a visão dos pilotos e interromper o funcionamento das turbinas

O fotógrafo alemão fez também imagens das erupções estrombolianas do Eyjafjallajökull, na Islândia, que chegaram a mil metros de altura em maio de 2010. Esse tipo de explosão, que solta fragmentos de rochas quentes, gases e cinza, formando arcos luminosos no céu, é causado pelo acúmulo de gases que sobem mais rápido do que o magma


Martin Rietze "caçou" apenas vulcões na Itália e no Japão no começo deste ano, mas foi o suficiente para ter passado por uma "experiência impressionante", como descreve no seu site. Ele fez imagens das chamadas "luzes vulcânicas", que marca a aparição de relâmpagos sobre os vulcões ativos. Os cientistas ainda não sabem explicar totalmente esse fenômeno, mas alguns afirmam que os raios ocorrem durante a atividade vulcânica por causa da carga elétrica induzida pelos choques de poeira vulcânica. As "luzes vulcânicas" do Sakurajima, diz ele, surgiram com uma erupção violenta após muitas horas de silêncio em fevereiro de 2013

O último registro de Rietze foi na Itália, em março de 2013. O Etna chegou a expelir lava a um quilômetro de distância quando atingiu seu pico de atividade vulcânica em 27 de março

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