N° Edição: 2249
| 14.Dez.12 - 21:00
| Atualizado em 14.Dez.12 - 22:56
Em outubro, o foguete russo Briz-M explodiu na zona orbital onde se
encontram a Estação Espacial Internacional e satélites civis e
militares. Seus fragmentos colocaram essas estruturas em risco de
colisão. O medo de que isso ocorresse acendeu o sinal amarelo em Moscou.
E iniciativas para evitar o pior começaram a aparecer.
A Agência Federal Espacial Russa, a Roscosmos, anunciou que vai investir US$ 2 bilhões em um sistema para retirar detritos do espaço. Especula-se que o equipamento colete o lixo com um tipo de aspirador e o empurre para a atmosfera. Seguindo ideia parecida, o Centro Espacial Suíço, localizado na Escola Politécnica Federal de Lausanne, saiu na frente e projetou o CleanSpace One (leia quadro). Custará cerca de US$ 10,7 milhões e ficará pronto entre três e cinco anos. Pode ser um tempo longo demais.
Há mais de 100 milhões de fragmentos na órbita da Terra. “Eles se movem a velocidades de até 36 mil km/h. Mesmo os pedaços pequenos podem causar muito estrago”, diz Gene Stanbery, diretor do escritório para detritos orbitais da Nasa. “Podemos chegar ao ponto de não ser mais viável enviar objetos para o espaço”, diz Petrônio de Souza, diretor de políticas espaciais e investimento estratégico da Agência Espacial Brasileira (AEB).
De acordo com os especialistas, não há chance de uma parte desse lixo atingir um local povoado ao cair na Terra. Muitos desses objetos em órbita sofrem a ação da gravidade e são incinerados ao reentrar na atmosfera, quando enfrentam temperaturas de até 1.000ºC. Os que sobrevivem ao calor caem nos oceanos. “Na média, um objeto reentra na atmosfera todos os dias desde o início da era espacial, em 1957, e até hoje nenhuma pessoa foi atingida”, afirma Stanbery, para nos acalmar.
Faxina espacial
Suíços e russos desenvolvem sistemas para capturar e destruir parte dos 100 milhões de detritos na órbita da Terra
Juliana TiraboschiA Agência Federal Espacial Russa, a Roscosmos, anunciou que vai investir US$ 2 bilhões em um sistema para retirar detritos do espaço. Especula-se que o equipamento colete o lixo com um tipo de aspirador e o empurre para a atmosfera. Seguindo ideia parecida, o Centro Espacial Suíço, localizado na Escola Politécnica Federal de Lausanne, saiu na frente e projetou o CleanSpace One (leia quadro). Custará cerca de US$ 10,7 milhões e ficará pronto entre três e cinco anos. Pode ser um tempo longo demais.
Há mais de 100 milhões de fragmentos na órbita da Terra. “Eles se movem a velocidades de até 36 mil km/h. Mesmo os pedaços pequenos podem causar muito estrago”, diz Gene Stanbery, diretor do escritório para detritos orbitais da Nasa. “Podemos chegar ao ponto de não ser mais viável enviar objetos para o espaço”, diz Petrônio de Souza, diretor de políticas espaciais e investimento estratégico da Agência Espacial Brasileira (AEB).
De acordo com os especialistas, não há chance de uma parte desse lixo atingir um local povoado ao cair na Terra. Muitos desses objetos em órbita sofrem a ação da gravidade e são incinerados ao reentrar na atmosfera, quando enfrentam temperaturas de até 1.000ºC. Os que sobrevivem ao calor caem nos oceanos. “Na média, um objeto reentra na atmosfera todos os dias desde o início da era espacial, em 1957, e até hoje nenhuma pessoa foi atingida”, afirma Stanbery, para nos acalmar.
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