ISTOÉ Online
| 27.Dez.12 - 19:24
| Atualizado em 27.Dez.12 - 21:43
Governo edita MP que permitirá gastos de R$ 42,5 bilhões em 2013
Propostas chegaram a ser enviadas ao Congresso, mas não foram votadas a tempo
Do Portal Terra
Para compensar o atraso na votação do Orçamento-Geral da União de
2013, o governo editará, ainda nesta quinta-feira, medida provisória
(MP) para garantir a execução das ações previstas. A ministra do
Planejamento, Miriam Belchior, detalhou há pouco a medida que permitirá o
gasto, no início do próximo ano, de R$ 42,5 bilhões referentes a
investimentos federais e de créditos suplementares que não chegaram a
ser votados pelo Congresso Nacional.
Desse total, R$ 700 milhões dizem respeito a 18 projetos de lei com
suplementações orçamentárias relativas a 2012. As propostas chegaram a
ser enviadas ao Congresso, mas não foram votadas a tempo. A MP prevê
ainda a abertura de créditos para o Orçamento de 2012 para investimentos
nos Três Poderes, num total de R$ 41,8 bilhões. A medida será publicada
ainda nesta quinta-feira em uma edição extra do Diário Oficial da
União.
De acordo com a ministra, o montante de R$ 41,8 bilhões corresponde
a um terço dos investimentos totais aprovados para 2013 pela Comissão
Mista de Orçamento (CMO). Segundo Miriam Belchior, a MP foi necessária
para não interromper a execução dos investimentos federais no início de
2013. "Precisamos garantir que o empuxo (dos investimentos federais) do
segundo semestre (de 2012) se espraie para o ano que vem, para que não
haja problemas de continuidade em projetos importantes", afirmou.
A ministra se disse confiante de que o Orçamento de 2013 será
aprovado no início de fevereiro. No entanto, disse que o governo
resolveu editar a medida provisória por segurança, caso as votações se
atrasem. "A aposta é que isso (aprovação do Orçamento) ocorrerá em
fevereiro, o que reduziria impactos negativos da não votação em 2012,
mas o governo tem de trabalhar com todos os cenários", justificou.
Se o governo não tivesse editado a MP, os investimentos federais de
2013 dependeriam exclusivamente dos restos a pagar deste ano. Os restos
a pagar são verbas de outros anos empenhadas (autorizadas) para serem
gastas nos períodos seguintes. Os gastos de custeio (manutenção da
máquina pública) seguem a regra do duodécimo. A cada mês, o governo pode
executar 1/12 das verbas de custeio do ano anterior caso o orçamento
não seja aprovado.
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