21/11/2011 - 07h00
Colaboração para o UOL
A 110 km de Natal fica São Miguel do Gostoso, local de beleza
paradisíaca com praias semidesertas, clima estável de 28ºC o ano
inteiro, com muito vento e sossego de sobra até na alta temporada. Por
enquanto.
O nome da cidade potiguar surgiu de uma combinação de histórias pitorescas. Segundo os nativos, um comerciante sofria de uma doença incurável e prometeu a São Miguel Arcanjo que se fosse curado construiria uma capela. A graça foi concedida e a igreja foi construída.
Outra história conta que havia um morador que hospedava em casa pessoas que estavam de passagem pela região. As gargalhadas longas e gostosas eram a marca registrada dele e por isso foi apelidado de ‘Seu Gostoso’. Em 1993, quando a cidade se emancipou do município vizinho (Touros), os habitantes participaram do plebiscito para escolher o nome da cidade e, por fim, batizaram-na de São Miguel do Gostoso.
Praias, cachaça e prosa
As praias de São Miguel do Gostoso em geral são calmas, ideais para banhos e prática de kitesurf, sobretudo entre outubro e março. Destaque para Tourinhos, uma das mais bonitas de todas da região. Emoldurada por formações rochosas de dunas petrificadas há mais de 2000 anos, a praia tem ondas fracas, e, quando a maré está baixando ou subindo, acontece um fenômeno interessante: o suspiro da baleia. Quando a onda bate no paredão de corais, a pressão faz a água jorrar pelo orifício de uma pedra, como se fosse um chafariz. O jato chega a até três metros de altura.
A 20 km de lá fica a praia do Marco, extensa e com poucas ondas, a enseada foi escolhida pelos navegantes portugueses para atracar a embarcação e fincar o primeiro marco no país, em 1501. Hoje, encontra-se no local uma réplica não muito bem conservada do monumento. O marco original está exposto dentro do forte dos Reis Magos, em Natal.
Voltando ao centro de São Miguel, a praia Ponta do Santo Cristo é um dos locais mais bonitos para apreciar o pôr-do-sol, que espalha sobre as águas do mar as cores douradas e avermelhadas do final da tarde. A praia é a favorita dos kitesurfistas por causa da calmaria das águas.
Estando em Gostoso, vale a pena dar um pulo até Touros e visitar o farol, o segundo mais alto da América Latina, de acordo com a Marinha do Brasil. Do alto de seus 62 metros de altura e 298 degraus, tem-se a vista da ‘esquina do Brasil’, o local onde o mapa do país faz a curva a oeste. Ao lado do farol está o início da BR 101, a rodovia mais longa do país, com 4.542 km, ligando o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
Para fechar o dia, prove uma cachaça na Urca do Tubarão. Mesmo pra quem não bebe, vale a visita. Num ambiente decorado com toca-discos dos anos 1950, livros e outros objetos antigos, Edson (o dono do lugar) serve cachaça e diverte a clientela contando histórias, mostrando raridades em vinil e seu rádio, que sintoniza estações de quase todo o mundo. Entre um gole e outro da aguardente, ele faz questão de mostrar o processo artesanal de envasamento da bebida que serve na casa. E, para evitar acidentes de carro, o dono oferece descanso nas redes espalhadas pelo bar ou hospedagem nos chalés que ficam ao lado.
Conheça as praias, as comidinhas e os outros atrativos de São Miguel do Gostoso (RN)
ELAINE KAWABEColaboração para o UOL
O nome da cidade potiguar surgiu de uma combinação de histórias pitorescas. Segundo os nativos, um comerciante sofria de uma doença incurável e prometeu a São Miguel Arcanjo que se fosse curado construiria uma capela. A graça foi concedida e a igreja foi construída.
Outra história conta que havia um morador que hospedava em casa pessoas que estavam de passagem pela região. As gargalhadas longas e gostosas eram a marca registrada dele e por isso foi apelidado de ‘Seu Gostoso’. Em 1993, quando a cidade se emancipou do município vizinho (Touros), os habitantes participaram do plebiscito para escolher o nome da cidade e, por fim, batizaram-na de São Miguel do Gostoso.
Praias, cachaça e prosa
As praias de São Miguel do Gostoso em geral são calmas, ideais para banhos e prática de kitesurf, sobretudo entre outubro e março. Destaque para Tourinhos, uma das mais bonitas de todas da região. Emoldurada por formações rochosas de dunas petrificadas há mais de 2000 anos, a praia tem ondas fracas, e, quando a maré está baixando ou subindo, acontece um fenômeno interessante: o suspiro da baleia. Quando a onda bate no paredão de corais, a pressão faz a água jorrar pelo orifício de uma pedra, como se fosse um chafariz. O jato chega a até três metros de altura.
A 20 km de lá fica a praia do Marco, extensa e com poucas ondas, a enseada foi escolhida pelos navegantes portugueses para atracar a embarcação e fincar o primeiro marco no país, em 1501. Hoje, encontra-se no local uma réplica não muito bem conservada do monumento. O marco original está exposto dentro do forte dos Reis Magos, em Natal.
Voltando ao centro de São Miguel, a praia Ponta do Santo Cristo é um dos locais mais bonitos para apreciar o pôr-do-sol, que espalha sobre as águas do mar as cores douradas e avermelhadas do final da tarde. A praia é a favorita dos kitesurfistas por causa da calmaria das águas.
Estando em Gostoso, vale a pena dar um pulo até Touros e visitar o farol, o segundo mais alto da América Latina, de acordo com a Marinha do Brasil. Do alto de seus 62 metros de altura e 298 degraus, tem-se a vista da ‘esquina do Brasil’, o local onde o mapa do país faz a curva a oeste. Ao lado do farol está o início da BR 101, a rodovia mais longa do país, com 4.542 km, ligando o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
Para fechar o dia, prove uma cachaça na Urca do Tubarão. Mesmo pra quem não bebe, vale a visita. Num ambiente decorado com toca-discos dos anos 1950, livros e outros objetos antigos, Edson (o dono do lugar) serve cachaça e diverte a clientela contando histórias, mostrando raridades em vinil e seu rádio, que sintoniza estações de quase todo o mundo. Entre um gole e outro da aguardente, ele faz questão de mostrar o processo artesanal de envasamento da bebida que serve na casa. E, para evitar acidentes de carro, o dono oferece descanso nas redes espalhadas pelo bar ou hospedagem nos chalés que ficam ao lado.
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Pôr do sol na enseada semideserta de Ponta do Santo Cristo, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte
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