27/01/2012 - 09h12
Falhas de produção e design causaram rachaduras em avião, diz Airbus
Do UOL, em São Paulo
Em comentários francos não muito comuns, um alto executivo da Airbus afirmou que a empresa estabeleceu uma forma de reparar as rachaduras encontradas em um pequeno número de componentes dentro das asas do A380, que fizeram autoridades europeias ordenar na semana passada inspeções de segurança nas aeronaves do modelo.
A Airbus e uma das principais operadoras do A380, a Singapore Airlines, também confirmaram informação da Reuters sobre a descoberta de mais exemplos de rachaduras durante as inspeções compulsórias.
"O A380 é seguro", disse Tom Williams, vice-presidente executivo de programas da Airbus. O executivo viajou para Dublin para um discurso não agendando durante uma conferência do setor para diminuir as preocupações sobre a segurança do avião.
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A380 da China Southern é o primeiro dos cinco encomendados pela
companhia ao fabricante europeu. A China Southern é a terceira companhia
da Ásia e sétima do mundo a contar com os A380 em sua frota Jean-Philippe Arles/Reuters
Os comentários com uma série de detalhes marcaram uma mudança de tom depois do episódio em que um motor instalado em um A380 da australiana Qantas explodiu e a fabricante Rolls Royce foi criticada pela indústria e autoridades por não dar informação suficiente.
"Isso é uma mudança importante na obtenção de informações que no passado não eram dadas. Não se pode desconsiderar essas coisas, mas não é um problema sério e eles têm a solução à mão", disse Howard Wheelton, especialista em aviação da corretora BGC Partners.
Desenvolvido a um custo estimado de 12 bilhões de euros na Inglaterra, França, Alemanha e Espanha, o A380 tem envergadura de 79,8 metros, suficiente para 70 carros.
A Airbus vendeu 253 unidades do modelo a um custo de tabela de US$ 390 milhões cada. Atualmente 68 unidades estão em serviço.
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