04/01/2012 - 07h00
Casa de veraneio na Costa Rica abusa de elementos típicos da América Central
LIZA FOREMAN
The New York Times
-
A piscina da casa da família Ewing na Costa Rica usa
ladrilhos verdes como revestimento e está ao lado da sala de estar da
residência, formando uma grande e agradável área de lazer
“Meu marido não queria muito fazer esta viagem”, conta Beth. “Mas, de repente, todos nós estávamos cruzando o oceano para aterrissar nesta terra diante e, ao chegar, nossa única reação foi exclamar ‘meu Deus!’”.
Um mês depois, a família Ewing comprou uma propriedade de cerca de 4 mil m² em Guanacaste. Eles, então, contrataram o arquiteto Ronald Zuercher para lhes projetar uma casa de veraneio. O custo total do terreno e da construção: US$ 1.2 milhão.
Do plano à obra
A realização do projeto não foi fácil. “Começamos equivocadamente a construção em maio de 2005, mês que marca o começo da temporada das chuvas”, conta Beth. “As estradas ficaram enlameadas e esburacadas e impediram a chegada dos caminhões ao nosso terreno”.
Beth havia feito um curso de design de interiores antes de comprar o lote e, agora, era responsável por um projeto de verdade. “Nesta primeira etapa da construção, eu cheguei a trazer um dos meus professores para a Costa Rica”, conta ela.
A obra durou pouco mais de um ano e deu origem a uma casa de quatro quartos dividida em três prédios principais, todos dispostos ao longo de uma alameda central. A família incluía Beth (51 anos), Fin (51, seu marido) e os filhos Finley (22), Charlie (20) e Gail (16).
A fachada da casa, na cor terracota, é decorada com folhas de palmeiras secas e cortadas, na altura do beiral, dispostas logo abaixo do telhado, como as saias das dançarinas de hula-hula.
O teto de palha da residência exibe folhas de palmeiras enredadas ao estilo nicaraguense, coroando a parte superior da casa como uma vasta cabeleira rebelde. “Queríamos dar a nossa casa dois aspectos: um neutro e outro que chamasse a atenção”, diz Beth. “De longe, você não nota a construção, mas, ao se aproximar, sente o poder dela”.
Elementos locais
Beth buscou dotar toda a sua propriedade com elementos típicos da região. Grande parte do piso da casa está recoberto com ladrilhos da Nicarágua, país vizinho de Guanacaste. E a maior parte da estrutura do telhado é feita com hastes de cana brava.
-
O banheiro da casa conta com banheira de cerâmica e belas vistas das paisagens naturais
“Nós usamos muita madeira local reciclada aqui e o Walter nos trouxe alguns troncos fantásticos”, diz Beth, referindo-se a Walter Ugalde, o artesão local que fez os móveis da casa.
A alameda, que também tem uma cobertura feita com hastes de cana brava, conecta o quarto principal a uma construção que abriga três quartos e a um terceiro edifício, onde há uma cozinha com balcões decorados por mosaicos locais e armários equipados com portas de cana negra.
Nesta parte da casa, ocupam o mesmo espaço as salas de estar e de jantar, que detêm um pé direito alto, e a varanda, todas repletas de sofás de madeira cobertos com almofadas de algodão.
Estes espaços também estão decorados com grandes conchas e abajures feitos de objetos encontrados na praia. No local, o visitante pode ainda admirar uma das poucas coisas da casa dos Ewing que não é originária da região de Guanacaste: um tapete trazido do Marrocos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário