sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Isto é uma combinação lucrativa e não altera o andamento da Natureza.

Energia

Bactéria ajuda a transformar algas em fonte para biocombustíveis

Alto conteúdo de açúcar das algas proporciona uma quantidade significativa de biomassa, favorecendo seu uso comercial

alga Algas: perto de uso como biocombustível (Thinkstock)
Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos alterou o organismo de bactérias E. coli para extrair o açúcar de algas marinhas e transformá-los em potencial fonte de combustível renovável, abrindo assim a possibilidade para a produção dos biocombustíveis marinhos.

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E. coli
A bactéria E. coli é encontrada em grandes quantidades no sistema digestivo dos seres humanos e outros mamíferos. Na maioria do tempo, é uma bactéria inofensiva, mas pode provocar doenças leves e, em casos mais raros, cepas mais agressivas podem causar graves enfermidades. As bactérias usadas na produção de biocombustíveis são modificadas e não oferecem risco à saúde humana.
As algas despertam o interesse dos pesquisadores, assim como do setor energético, pois seu alto conteúdo de açúcar proporciona uma quantidade significativa de biomassa. O problema até agora era que as bactérias não metabolizam imediatamente o componente principal do açúcar nas algas, conhecido como alginato, o que faz com que os biocombustíveis marinhos sejam muito caros.
No entanto, mediante o uso de biologia sintética e engenharia de enzimas, os cientistas conseguiram alterar a bactéria E. coli para produzir enzimas que digerem os polímeros de açúcar presentes na alga marinha.
Os avanços foram obtidos por cientistas do laboratório Bio Architecture Lab (BAL), companhia privada com sede em Berkeley (Califórnia). "Nossos cientistas elaboraram uma enzima para degradar e metabolizar o alginato, permitindo utilizar os açúcares principais das algas. Isso faz de sua biomassa uma matéria-prima econômica para a produção de combustíveis renováveis e substâncias químicas", declarou Daniel Trunfio, diretor-executivo do laboratório.
Os autores indicam que, se este processo puder ser realizado em grande escala, a alga marinha poderia ajudar a satisfazer a crescente demanda de biocombustível. Os especialistas assinalam que menos de 3% das águas litorâneas podem abrigar algas capazes de substituir os mais de 60 milhões de galões de combustíveis fósseis que se empregam.

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