As paisagens encantadoras do lado Pacífico do México
Los Cabos recebe, todos os anos, uma média de 1,5 milhão de turistas. Número de brasileiros é o que mais cresce na região
FILLIPE MAURO
10/10/2013 07h00
- Atualizado em
10/10/2013 12h44
A cidade de Los Cabos está localizada na extremidade sul da península da Baixa Califórnia, que dá vista ao belo encontro entre as águas do oceano Pacífico e do Mar de Cortez. Os números mais recentes indicam que todos os anos passam por lá cerca de 1,5 milhão de turistas. De acordo com essas estatísticas do governo, o valor é seis vezes superior à quantidade de residentes fixos.
Entre os maiores fãs do destino estão os amantes de esportes radicais e roteiros ecológicos. As praias de Los Cabos estão todas cercadas por desertos, que podem ser atravessados a pé ou no lombo de camelos. Há travessias regulares de mountain bike pela região de Punta Gorda, uma área de rochedos com vista privilegiada para o Pacífico e inúmeros campos de golfe.
A paisagem mais célebre de Los Cabos é o Arco de San Lucas, formação rochosa que marca o extremo da Península da Baixa Califórnia – ponto de encontro entre as águas do Mar de Cortez e o Pacífico. O arco é fruto da intensa erosão proporcionada pela água do mar ao longo de eras. Está localizado na orla da Praia do Amor, cujo único meio de acesso são os chamados “táxis aquáticos” – botes, caiaques ou jet-skis que podem ser alugados por turistas. Os horários de ida e volta em um táxi aquático são flexíveis. O passeio custa em média US$ 3,00.
Moradores locais afirmam que, ao longe, a formação se parece com a cabeça de um tricerátops, espécie de dinossauro com “bico” e três chifres. É comum que focas e leões marinhos procurem suas rochas para descansar. A maioria dos turistas traz consigo um equipamento de snorkel para mergulhar e apreciar a biodiversidade marinha da região. A cada quatro anos, em média, o nível das águas do Cabo San Lucas sofre grande redução, o que permite caminhadas sob o arco.
Os mares de Los Cabos, tão azuis quanto os de Cancun, eram um dos favoritos do célebre oceanógrafo e documentarista francês Jacques Cousteau. Ele dizia que o Mar de Cortez era “o aquário do mundo”. Por conta de seu rico ecossistema, foi instituído o Parque Nacional Cabo Pulmo, uma das principais reservas marinhas do mundo. Lá estão concentradas não menos que 40% das espécies de mamíferos marinhos que conhecemos. Dos três arrecifes de Los Cabos, um é o único composto de corais rígidos na América do Norte.
Além dos mergulhos nesses arrecifes, um dos passeios mais disputados por turistas nos mares de Los Cabos é o jantar no veleiro Sunset Cruise. A embarcação deixa a marina de San Lucas por volta das seis horas da tarde e margeia o extremo sul da península ao longo do pôr do Sol. O trajeto leva em torno de duas horas e é ótima opção para casais em busca de momentos românticos. É uma espécie de bateau mouche parisiense em sua versão mexicana. Custa em torno de US$ 65,00 por pessoa.
O apelo turístico da costa oeste do México não é novidade e já é destino consagrado de norte-americanos há vários anos. A violência promovida por cartéis e grupos ostensivos da polícia em cidades do norte, como Tijuana, deslocaram o mercado hoteleiro para o sul. A região de Los Cabos não escapa de respingos da violência do sul na comunidade local, com destaque para os índices de violência contra a mulher. Esses episódios, no entanto, não ecoam entre turistas.
Em 2012, Los Cabos recebeu cerca de quatro mil turistas brasileiros. Ao longo dos próximos cinco anos, a expectativa da Federação de Turismo de Los Cabos (Fiturca) é elevar esse número à marca dos 40 mil. Los Cabos conta com mais de 14 mil quartos de hotéis. Lá também estão localizados três dos 20 melhores spas da América Latina, segundo o ranking da revista Condé Nast Traveler.
Os valores de uma estada de sete dias na cidade variam de acordo com hospedagem e opções de passeio. Seis noites em quarto duplo custam em média US$ 2200,00 (cerca de R$ 4900,00) por pessoa, com passagem de ida e volta inclusa. Como Los Cabos é uma região de resorts e grandes hotéis, não há opções muito econômicas de restaurantes. Todos as cozinhas locais são de médio a alto padrão. Um almoço rápido seguido de um bom jantar custará, em média, US$ 80,00 por dia e por pessoa.
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