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| 13.Nov.12 - 15:08
| Atualizado em 14.Nov.12 - 15:36
Inteligência humana está diminuindo com o tempo, diz pesquisa
Estudiosos americanos afirmam que a ausência da seleção natural faz com que os genes que moldaram a inteligência sejam alterados
Do Portal Terra
A inteligência e o comportamento humano exigem ótimo funcionamento
de um grande número de genes que, por sua vez, requerem pressões
evolucionárias gigantescas para serem mantidos. Agora, em uma teoria
provocativa, uma equipe da Universidade Stanford, nos Estados Unidos,
afirma que pessoas estão perdendo capacidades intelectuais e emocionais
com a vulnerabilidade a mutações dos genes capazes de nos ajudar no
poder do cérebro. Essas mutações, de acordo com o jornal britânico Daily
Mail, não estão sendo selecionadas para a sociedade moderna, pois não
precisamos mais de inteligência para sobreviver.
"O desenvolvimento de nossas habilidades intelectuais e a
otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram
em grupos de pessoas dispersos antes de nossos ancestrais emergirem da
África", afirma Gerald Crabtree, autor do estudo publicado no jornal
Trends in Genetics. Nesse ambiente, a inteligência era crítica para a
sobrevivência, e havia provavelmente uma pressão seletiva nos genes que
auxiliam no desenvolvimento intelectual, chegando ao ponto máximo da
inteligência.
Porém, segundo pesquisadores, foi a partir daí que começamos a ir
"ladeira abaixo". Com o desenvolvimento da agricultura, veio a
urbanização, que pode ter enfraquecido o poder de seleção de semear
mutações levando a desabilidades intelectuais.
Baseado em cálculos da frequência com que mutações destrutivas
apareceram no genoma humano e a suposição de que de 2 a 5 mil genes são
necessários para habilidades intelectuais, Crabtree estima que em 3 mil
anos, cerca de 120 gerações, teremos duas ou mais mutações permanentes
que serão prejudiciais à nossa estabilidade emocional e intelectual.
Além disso, pesquisas recentes da neurociência sugerem que genes
envolvidos em funções do cérebro estão unicamente suscetíveis a
mutações. Crabtree argumenta que a combinação de uma menor pressão
seletiva e o grande número de genes facilmente afetados está desgastando
nossas capacidades emocional e intelectual.
Essa perda, no entanto, é lenta, e a julgar pelo ritmo rápido de
descobertas e avanços da sociedade, futuras tecnologias estão ligadas à
revelação de soluções ao problema, afirma o autor do estudo. "Acho que
conheceremos cada uma das milhões de mutações humanas que podem
comprometer nossa função intelectual e como cada uma delas interage e
outros processos como influências ambientais", diz Crabtree. "Até lá,
talvez seremos capazes de corrigir em um toque de mágica qualquer
mutação que tenha ocorrido nas células de qualquer organismo e em
qualquer estado de desenvolvimento. Desta forma, o processo bruto de
seleção natural será desnecessário", completa.
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