quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vem aí mais um alerta e vai sobrar para todo mundo.?

28.11.2012

Geleira de Pine Island começa a se romper

Geleira-pine-island-rompendo-discovery-noticias

Por Larry O'Hanlon
A primavera está chegando à Antártida, e cientistas da NASA estão monitorando uma enorme fenda na Geleira de Pine Island, que parece estar prestes a se romper. Se (ou quando) isso acontecer, desprenderá um iceberg do tamanho da Cidade de Nova York – gerando a maior elevação do nível do mar de origem antártica, segundo a Dra. Kelly Brunt, da NASA.
Isso acontece com alguma frequência nas geleiras antárticas, e não é o que torna esta ruptura particularmente preocupante. Como Brunt explica no vídeo abaixo, sobre a Operação IceBridge da NASA (em inglês), se a ruptura de geleiras fosse comparada à das unhas, a fenda da Geleira de Pine Island seria uma unha que se quebrou na parte branca – onde não deveria e dói mais:
O evento na Geleira de Pine Island parece contradizer registros recentes de expansão do gelo marinho na Antártida. Essa informação tem sido usada de modo impróprio por cientistas que negam a mudança climática. Seu argumento – errôneo - é que o Ártico pode aquecer e perder gelo marinho, já que a Antártida compensa essa perda. Esta é a história verdadeira, segundo o Centro Nacional de Dados sobre Gelo e Neve:
"A princípio, o clima está aquecendo em grande parte do continente antártico, como mostram vários estudos recentes (ex: Chapman e Walsh, 2007; Monaghan e outros, 2008; Steig e outros; 2009), e está ligado ao aquecimento do Oceano Pacífico (Ding e outros, 2010) e aos ventos circumpolares. Tanto o aquecimento como a perda do ozônio agem conjuntamente para intensificar os ventos circumpolares no sul. Isso se deve, sobretudo, às condições de frio contínuo que prevalecem na Antártida o ano inteiro, e a uma estratosfera fria acima da Antártida devido ao buraco na camada de ozônio. Geralmente, ventos mais fortes empurram o gelo marinho para fora, ampliando ligeiramente sua extensão, com exceção da região da Península Antártica, onde a geografia faz com que os ventos do norte empurrem o gelo para o sul. Portanto, a extensão do gelo marinho a noroeste da Península Antártica continua a recuar rapidamente, enquanto áreas no Mar de Ross e no sul do Oceano Índico apresentam aumentos expressivos (Stammerjohn e outros, 2012). As alterações na extensão do gelo marinho circumpolar quase se anulam durante todos os meses do ano (Parkinson e Cavalieri, 2012). Neste inverno, as condições atmosféricas ficaram próximas à média geral, com áreas praticamente iguais de ar quente e frio sobre o gelo marinho”.
O ponto crucial é que a Antártida não é o Ártico. É um continente na extremidade inferior do mundo – e também o continente mais elevado. É cercado de água, enquanto o Ártico é um mar no topo do mundo, cercado por terra.
Não é preciso ser cientista de foguetes para perceber que, apesar de serem polares, são “feras” climáticas totalmente diferentes. Portanto, precisamos observar esses lugares individualmente e ficar atentos quando as geleiras se romperem rápido demais.

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