Economia
Setor elétrico
Em dois meses, 27 elétricas perdem R$ 31 bi na Bovespa
Levantamento feito pela Economática mostra que companhias viram suas ações se desvalorizarem após o anúncio da MP nº 579
Naiara Infante Bertão
Nova regulamentação do setor elétrico ainda está em tramitação no Congresso
(ABR)
Em 11 de setembro, o Palácio do Planalto anunciou oficialmente a nova proposta para concessões do ramo, contida na Medida Provisória (MP) nº 579, que dá a opção para as atuais concessionárias renovarem antecipadamente seus contratos (já em 2013), mas sob tarifas mais baixas que as praticadas hoje. A maioria delas venceria apenas entre 2015 e 2017. As companhias argumentam que, com a redução das tarifas, terão perdas expressivas de faturamento e que as compensações prometidas pelo governo serão insuficientes para se contrapor a elas.
Destaques – De acordo com a Economática, as empresas que mais perderam valor nos últimos dois meses foram a Cemig, que amargou queda de 8,45 bilhões de reais no total de suas ações; a Eletrobras, com redução de 4,98 bilhões de reais; a Cesp, com declínio de 4,20 bilhões de reais; a Copel, com recuo de 2,65 bilhões de reais; e a Cteep, com variação negativa de 2 bilhões de reais. Nesta segunda-feira, o Conselho de Administração da Cteep, controlada pela colombiana ISA, recomendou que seus acionistas votem pela não renovação da concessão da empresa, o que implica manutenção dos termos do contrato atual até seu vencimento, em julho de 2015. Três usinas da Cemig também já estão fora da renovação.
Apenas seis companhias tiveram aumento de valor de mercado no período analisado, com alta de 1,28 bilhão de reais no período. São elas a Rede Energia (com acréscimo de 443,52 milhões de reais a mais no período), a Energisa (391,86 milhões de reais), Equatorial (191,82 milhões de reais), Cemat (180,79 milhões de reais), Renova (134,64 milhões de reais) e Redentor (10,84 milhões de reais).
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