29/03/2013 06h00
- Atualizado em
29/03/2013 07h16
Cientistas criam 'água-viva robótica' em projeto para monitorar oceanos
Apelidada de Cyro, máquina pesa 77 kg e ainda está em fase de testes.
Robô integra programa de US$ 5 milhões financiado pelo governo dos EUA.
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O robô Cyro, construído para imitar uma água-viva (Foto: Divulgação/Amanda Loman/Virginia Tech)
Cientistas da Virginia Tech (nome pelo qual é conhecida a Universidade
Estadual e Instituto Politécnico da Virginia, nos EUA) apresentaram
nesta quinta-feira (28) um robô que imita uma água-viva, funciona de
forma autônoma e pesa cerca de 77 kg.O protótipo, apelidado de Cyro, e foi construído como parte de um projeto de US$ 5 milhões financiado pelo governo dos Estados Unidos com o objetivo de monitoramento ambiental nos oceanos, estudo da vida marinha e das correntes marítimas, entre outras finalidades.
O robô Cyro é um modelo bem maior de uma pequena "água-viva robótica" apresentada em 2012 pela pela mesma equipe de pesquisadores. Conhecida como Robojelly, a máquina anterior possuía o tamanho de um punho, segundo os cientistas.
"Um equipamento maior vai durar por mais tempo e ter um alcance de operação maior", afirmou o pesquisador Alex Villanueva, um dos envolvidos no projeto. A meta do programa é criar máquinas autônomas, que não dependam de fontes de energia, para pesquisas oceânicas.
Cyro foi construído com base na água-viva da espécie Cyanea capillata, segundo os cientistas. Seu nome é uma mistura do gênero Cyanea e da primeira sílaba da palavra "robô". Por ser um protótipo, o aparelho está em fase de testes e precisa ser aperfeiçoado. Ele não deve ser usado nos mares enquanto não tiver melhorias, de acordo com os autores do estudo.
"Nós esperamos aperfeiçoar este robô, reduzir seu consumo de energia e aumentar sua capacidade de movimentação na água, assim como melhorar a 'camuflagem' de água-viva", apontou Villanueva.
A "água-viva robótica" possui autonomia de meses, com sua bateria recarregável de níquel, dizem os cientistas. Além dos pesquisadores da Virginia Tech, diversas instituições tiveram participação no projeto, como a Universidade Stanford, a Universidade do Texas em Dallas e a Universidade da Califórnia em Los Angeles.
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